Variação dialetal das laterais do português europeu
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/10665 |
Resumo: | No presente trabalho, foram obtidos dados acústicos das consoantes laterais do português europeu (/l/ e /ʎ/). No que diz respeito à lateral alveolar, o principal objetivo prendeu-se com a análise da influência da posição silábica nas características acústicas do /l/ nos três dialetos estudados (Aveiro, Bragança, Porto). Pretendeu-se assim verificar se o fenómeno de velarização é comum a todo o território nacional, como parecem sugerir estudos anteriores. Em relação à lateral palatal, os dados disponíveis são extremamente escassos, pelo que este trabalho teve como propósito recolher informação sobre F1, F2, F3 e duração, de modo a caraterizar foneticamente esta consoante do português europeu. Deste modo, para o estudo da lateral alveolar foram recolhidos e analisados acusticamente (F1, F2, F2-F1 e duração), dados de 37 falantes, naturais de Bragança (11), Porto (10) e Aveiro (16). Para o estudo da lateral palatal, recolheram-se e analisaram-se, do ponto de vista acústico (F1, F2, F3 e duração), dados de 21 informantes naturais dos distritos de Bragança (11) e Porto (10). Os resultados obtidos para a lateral alveolar, principalmente os de F2 e F2-F1, apontam para a existência de uma lateral velarizada, independentemente da posição silábica, em todos os dialetos em estudo. O /l/ é influenciado pela vogal adjacente, sofrendo efeitos de coarticulação. Para a lateral palatal, os resultados obtidos, apontam para valores de F1 próximos de 300Hz, F2 cerca dos 2050Hz e F3 a rondar os 2900Hz nos dois dialetos em estudo. A duração obtida para o /ʎ/ é inferior à registada noutros estudos para outras línguas, aproximando-se dos valores conhecidos para o Espanhol. Contrariamente ao esperado verificaram-se alguns efeitos de coarticulação motivados pela vogal adjacente. |
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Variação dialetal das laterais do português europeuProdução da falaLíngua portuguesaArticulação da falaAcústica (Fisiologia)No presente trabalho, foram obtidos dados acústicos das consoantes laterais do português europeu (/l/ e /ʎ/). No que diz respeito à lateral alveolar, o principal objetivo prendeu-se com a análise da influência da posição silábica nas características acústicas do /l/ nos três dialetos estudados (Aveiro, Bragança, Porto). Pretendeu-se assim verificar se o fenómeno de velarização é comum a todo o território nacional, como parecem sugerir estudos anteriores. Em relação à lateral palatal, os dados disponíveis são extremamente escassos, pelo que este trabalho teve como propósito recolher informação sobre F1, F2, F3 e duração, de modo a caraterizar foneticamente esta consoante do português europeu. Deste modo, para o estudo da lateral alveolar foram recolhidos e analisados acusticamente (F1, F2, F2-F1 e duração), dados de 37 falantes, naturais de Bragança (11), Porto (10) e Aveiro (16). Para o estudo da lateral palatal, recolheram-se e analisaram-se, do ponto de vista acústico (F1, F2, F3 e duração), dados de 21 informantes naturais dos distritos de Bragança (11) e Porto (10). Os resultados obtidos para a lateral alveolar, principalmente os de F2 e F2-F1, apontam para a existência de uma lateral velarizada, independentemente da posição silábica, em todos os dialetos em estudo. O /l/ é influenciado pela vogal adjacente, sofrendo efeitos de coarticulação. Para a lateral palatal, os resultados obtidos, apontam para valores de F1 próximos de 300Hz, F2 cerca dos 2050Hz e F3 a rondar os 2900Hz nos dois dialetos em estudo. A duração obtida para o /ʎ/ é inferior à registada noutros estudos para outras línguas, aproximando-se dos valores conhecidos para o Espanhol. Contrariamente ao esperado verificaram-se alguns efeitos de coarticulação motivados pela vogal adjacente.No presente trabalho, foram obtidos dados acústicos das consoantes laterais do português europeu (/l/ e /ʎ/). No que diz respeito à lateral alveolar, o principal objetivo prendeu-se com a análise da influência da posição silábica nas características acústicas do /l/ nos três dialetos estudados (Aveiro, Bragança, Porto). Pretendeu-se assim verificar se o fenómeno de velarização é comum a todo o território nacional, como parecem sugerir estudos anteriores. Em relação à lateral palatal, os dados disponíveis são extremamente escassos, pelo que este trabalho teve como propósito recolher informação sobre F1, F2, F3 e duração, de modo a caraterizar foneticamente esta consoante do português europeu. Deste modo, para o estudo da lateral alveolar foram recolhidos e analisados acusticamente (F1, F2, F2-F1 e duração), dados de 37 falantes, naturais de Bragança (11), Porto (10) e Aveiro (16). Para o estudo da lateral palatal, recolheram-se e analisaram-se, do ponto de vista acústico (F1, F2, F3 e duração), dados de 21 informantes naturais dos distritos de Bragança (11) e Porto (10). Os resultados obtidos para a lateral alveolar, principalmente os de F2 e F2-F1, apontam para a existência de uma lateral velarizada, independentemente da posição silábica, em todos os dialetos em estudo. O /l/ é influenciado pela vogal adjacente, sofrendo efeitos de coarticulação. Para a lateral palatal, os resultados obtidos, apontam para valores de F1 próximos de 300Hz, F2 cerca dos 2050Hz e F3 a rondar os 2900Hz nos dois dialetos em estudo. A duração obtida para o /ʎ/ é inferior à registada noutros estudos para outras línguas, aproximando-se dos valores conhecidos para o Espanhol. Contrariamente ao esperado verificaram-se alguns efeitos de coarticulação motivados pela vogal adjacente.Universidade de Aveiro2013-06-27T13:41:46Z2012-01-01T00:00:00Z2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/10665porMonteiro, Diana Rita Vasconcelosinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-17T03:32:44ZPortal AgregadorONG |
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No presente trabalho, foram obtidos dados acústicos das consoantes laterais do português europeu (/l/ e /ʎ/). No que diz respeito à lateral alveolar, o principal objetivo prendeu-se com a análise da influência da posição silábica nas características acústicas do /l/ nos três dialetos estudados (Aveiro, Bragança, Porto). Pretendeu-se assim verificar se o fenómeno de velarização é comum a todo o território nacional, como parecem sugerir estudos anteriores. Em relação à lateral palatal, os dados disponíveis são extremamente escassos, pelo que este trabalho teve como propósito recolher informação sobre F1, F2, F3 e duração, de modo a caraterizar foneticamente esta consoante do português europeu. Deste modo, para o estudo da lateral alveolar foram recolhidos e analisados acusticamente (F1, F2, F2-F1 e duração), dados de 37 falantes, naturais de Bragança (11), Porto (10) e Aveiro (16). Para o estudo da lateral palatal, recolheram-se e analisaram-se, do ponto de vista acústico (F1, F2, F3 e duração), dados de 21 informantes naturais dos distritos de Bragança (11) e Porto (10). Os resultados obtidos para a lateral alveolar, principalmente os de F2 e F2-F1, apontam para a existência de uma lateral velarizada, independentemente da posição silábica, em todos os dialetos em estudo. O /l/ é influenciado pela vogal adjacente, sofrendo efeitos de coarticulação. Para a lateral palatal, os resultados obtidos, apontam para valores de F1 próximos de 300Hz, F2 cerca dos 2050Hz e F3 a rondar os 2900Hz nos dois dialetos em estudo. A duração obtida para o /ʎ/ é inferior à registada noutros estudos para outras línguas, aproximando-se dos valores conhecidos para o Espanhol. Contrariamente ao esperado verificaram-se alguns efeitos de coarticulação motivados pela vogal adjacente. |
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