Caracterização do perfil de iodo em alimentos consumidos por vegetarianos
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Data de Publicação: | 2022 |
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Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.18/8262 |
Resumo: | A dieta vegetariana é um padrão alimentar que tem ganho popularidade na última década em todo o mundo, por motivos éticos, de saúde, religiosos e também ambientais. No entanto, a preocupação com a escolha desta dieta e a supressão de todas as necessidades nutricionais tem vindo a ganhar relevância. Assim, as carências nutricionais, nomeadamente de iodo, na população vegetariana, têm sido alvo de estudos no sentido de entender se a alimentação, por si só, consegue fornecer os valores diários recomendados para este elemento. Neste estudo, determinou-se o teor de iodo, por espectrometria de massa com plasma indutivo acoplado ( ICP-MS), em 37 alimentos mais consumidos pela população vegetariana. A seleção dos alimentos foi feita tendo por base o Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física. Entre os alimentos analisados as algas Nori apresentam os valores mais elevados de iodo com cerca de 6511 ± 321 μg/100 g, podendo ser um alimento que se consumido na quantidade de cerca de 2,3 g/dia (equivalente a 1 folha) poderá suprir as necessidades nutricionais deste elemento. Também os lacticínios, nomeadamente os queijos (entre 53,4 ± 0,4 e 28,0 ± 0,9 μg/100 g) e os iogurtes (entre 17,2 ± 0,2 e 14,4 ± 0,1 μg/100 g), são alimentos com teores de iodo relevantes. Apenas com a alimentação, a população vegetariana e vegan poderá ter dificuldade em alcançar as necessidades diárias de iodo (150 μg/dia ), sendo assim necessário criar alternativas para aumentar os teores de iodo na alimentação. A fortificação das plantações e também dos alimentos, a utilização de sal iodado na confeção ou, se necessário, a suplementação desta população mais suscetível, são estratégias alternativas possíveis. É essencial perceber mais sobre o padrão de alimentação desta população a fim de perceber a melhor forma de mitigar este tipo de carência. |
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Caracterização do perfil de iodo em alimentos consumidos por vegetarianosCharacterization of the iodine profile in foods consumed by vegetariansDieta VegetarianaIodoComposição dos AlimentosAlimentação e NutriçãoA dieta vegetariana é um padrão alimentar que tem ganho popularidade na última década em todo o mundo, por motivos éticos, de saúde, religiosos e também ambientais. No entanto, a preocupação com a escolha desta dieta e a supressão de todas as necessidades nutricionais tem vindo a ganhar relevância. Assim, as carências nutricionais, nomeadamente de iodo, na população vegetariana, têm sido alvo de estudos no sentido de entender se a alimentação, por si só, consegue fornecer os valores diários recomendados para este elemento. Neste estudo, determinou-se o teor de iodo, por espectrometria de massa com plasma indutivo acoplado ( ICP-MS), em 37 alimentos mais consumidos pela população vegetariana. A seleção dos alimentos foi feita tendo por base o Inquérito Alimentar Nacional e de Atividade Física. Entre os alimentos analisados as algas Nori apresentam os valores mais elevados de iodo com cerca de 6511 ± 321 μg/100 g, podendo ser um alimento que se consumido na quantidade de cerca de 2,3 g/dia (equivalente a 1 folha) poderá suprir as necessidades nutricionais deste elemento. Também os lacticínios, nomeadamente os queijos (entre 53,4 ± 0,4 e 28,0 ± 0,9 μg/100 g) e os iogurtes (entre 17,2 ± 0,2 e 14,4 ± 0,1 μg/100 g), são alimentos com teores de iodo relevantes. Apenas com a alimentação, a população vegetariana e vegan poderá ter dificuldade em alcançar as necessidades diárias de iodo (150 μg/dia ), sendo assim necessário criar alternativas para aumentar os teores de iodo na alimentação. A fortificação das plantações e também dos alimentos, a utilização de sal iodado na confeção ou, se necessário, a suplementação desta população mais suscetível, são estratégias alternativas possíveis. É essencial perceber mais sobre o padrão de alimentação desta população a fim de perceber a melhor forma de mitigar este tipo de carência.The vegetarian diet is a dietary pattern that has gained popularity in the last decade around the world, due to ethical, health, religious and environmental reasons. However, the concern with the choice of this diet and the suppression of all nutritional needs has gained relevance. Nutritional deficiencies, namely iodine in this population, have been the subject of studies to understand whether diet by itself can provide the recommended daily values for this element. Thus, the iodine content was determined by inductively coupled plasma mass spectrometry ( ICP-MS ) in thirty-seven foods most consumed by the vegetarian population. The selection of foods was based on the National Food and Physical Activity Survey of Portugal. Among the analysed foods, Nori seaweeds have the highest levels of iodine with about 6511 ± 321 μg/100 g, which may be a way to meet the nutritional needs of this element, consuming about 2.3 g/day (equivalent to 1 leaf), followed by dairy products, namely cheeses (between 53.4 ± 0.4 and 28.0 ± 0.9 μg/100 g) and yoghur ts (between 17.2 ± 0.2 and 14.4 ± 0.1 μg /100 g). Just with food, the vegetarian and vegan population may have difficulty to achieve the daily iodine requirement (150 μg/day). Therefore, it is necessary to create alternatives to increase the levels of iodine in the diet, such as, for example, the fortification of crops and also of foods, the use of iodized salt in the preparation of food or, if necessary, through the supplementation of this more susceptible population. It is essential to understand more about the eating pattern of this population in order to understand the best way to mitigate this type of deficiency.Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, IPRepositório Científico do Instituto Nacional de SaúdeDelgado, InêsPatrício, CátiaRibeiro, DinaVentura, MartaGueifão, SandraRego, AndreiaRibeiro, MarianaCastanheira, IsabelCoelho, Inês2022-10-10T12:50:13Z2022-092022-09-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.18/8262porBoletim Epidemiológico Observações. 2022 mai-ago;11(32):47-500874-2928info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-20T15:42:30Zoai:repositorio.insa.pt:10400.18/8262Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:42:58.184136Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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