Capacidade para amar, saúde mental e bem-estar: que relações?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10284/10508 |
Resumo: | Existe uma enorme importância em estudar o amor como uma das maiores expressões do comportamento humano pelo facto de este ser um sentimento universal, que nos une enquanto raça humana e pelo qual passamos uma vida a tentar decifrá-lo e principalmente a senti-lo de uma forma mais verdadeira. O amor e os relacionamentos são aspetos universais da vida humana e trazem um impacto significativo nas nossas vidas. Além disso, a qualidade do relacionamento também foi vinculada positivamente ao bem-estar (Carr et al., 2014). A capacidade para amar centra-se na competência de um indivíduo para se envolver num relacionamento romântico (Busch & Kapusta, 2017; Kapusta et al., 2018). Acredita-se que a capacidade para amar tem uma vantagem clínica como preditor do resultado terapêutico e o indicador de risco de um indivíduo (Margherita et al., 2018). Estes estudos mostraram diversas possibilidades e oportunidades para entender o amor como uma experiência fundamental para o ser humano (Surijah et al., 2020). A saúde mental é conceptualizada como um completo estado em que os indivíduos estão livres de psicopatologia e em flourishing (Keyes, 2002) com altos níveis de bem-estar emocional, psicológico e social. Neste sentido pensamos que este estudo se torna pertinente na medida em que tenta perceber qual a relação que a capacidade para amar, a saúde e o bem-estar têm e como é que essa relação pode ser benéfica para os indivíduos. Nesta dissertação o estudo apresentado que tem como principal objetivo analisar a relação entre a capacidade para amar e a saúde mental e o bem-estar em adultos. A análise dos dados foi realizada tendo por base uma amostra de 473 participantes, 98 do sexo masculino, os quais representam 20,7% da amostra total e 375 do sexo feminino, representativos de 79,3% do total de participantes. Nesta amostra, os participantes têm idades compreendidas entre os 18 e os 74 anos. Os dados para este estudo foram recolhidos através da aplicação de um protocolo constituído pelos seguintes instrumentos: o Questionário Sociodemográfico, o Inventário da Capacidade para Amar (ICA-I) e a Escala Continuum de Saúde Mental (MHC-SF). Da análise dos resultados, concluiu-se que a capacidade para amar está globalmente associada à saúde mental e ao bem-estar, constatando-se que quanto mais elevada e presente está a capacidade para amar, maiores são também os níveis de bem-estar. Ainda relativamente à capacidade para amar, esta diminui à medida que a idade aumenta e é maior nos indivíduos solteiros, nos indivíduos com filhos e naqueles que apresentam maiores níveis de bem-estar psicológico. Outras das conclusões foram que os participantes que têm o ensino superior apresentam maiores níveis de bem-estar emocional, social e psicológico, que os indivíduos que não têm filhos apresentam níveis inferiores de bem-estar social, que o bem-estar social é maior quanta mais idade têm os sujeitos e que os indivíduos solteiros apresentam menores níveis deste bem-estar. Pode, portanto, concluir-se que este estudo vem reforçar a importância que existe na capacidade individual para amar, sendo que esta pode funcionar como um fator de proteção para a saúde mental e o bem-estar. |
id |
RCAP_29c66f0dd8032b786b7721578117fd3a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:bdigital.ufp.pt:10284/10508 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Capacidade para amar, saúde mental e bem-estar: que relações?AmorCapacidade para amarRelação amorosaSaúde mentalBem-estar emocionalBem-estar psicológicoBem-estar socialLoveCapacity to loveLoving relationshipMental healthEmotional well-beingPsychological well-beingSocial well-beingDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::PsicologiaExiste uma enorme importância em estudar o amor como uma das maiores expressões do comportamento humano pelo facto de este ser um sentimento universal, que nos une enquanto raça humana e pelo qual passamos uma vida a tentar decifrá-lo e principalmente a senti-lo de uma forma mais verdadeira. O amor e os relacionamentos são aspetos universais da vida humana e trazem um impacto significativo nas nossas vidas. Além disso, a qualidade do relacionamento também foi vinculada positivamente ao bem-estar (Carr et al., 2014). A capacidade para amar centra-se na competência de um indivíduo para se envolver num relacionamento romântico (Busch & Kapusta, 2017; Kapusta et al., 2018). Acredita-se que a capacidade para amar tem uma vantagem clínica como preditor do resultado terapêutico e o indicador de risco de um indivíduo (Margherita et al., 2018). Estes estudos mostraram diversas possibilidades e oportunidades para entender o amor como uma experiência fundamental para o ser humano (Surijah et al., 2020). A saúde mental é conceptualizada como um completo estado em que os indivíduos estão livres de psicopatologia e em flourishing (Keyes, 2002) com altos níveis de bem-estar emocional, psicológico e social. Neste sentido pensamos que este estudo se torna pertinente na medida em que tenta perceber qual a relação que a capacidade para amar, a saúde e o bem-estar têm e como é que essa relação pode ser benéfica para os indivíduos. Nesta dissertação o estudo apresentado que tem como principal objetivo analisar a relação entre a capacidade para amar e a saúde mental e o bem-estar em adultos. A análise dos dados foi realizada tendo por base uma amostra de 473 participantes, 98 do sexo masculino, os quais representam 20,7% da amostra total e 375 do sexo feminino, representativos de 79,3% do total de participantes. Nesta amostra, os participantes têm idades compreendidas entre os 18 e os 74 anos. Os dados para este estudo foram recolhidos através da aplicação de um protocolo constituído pelos seguintes instrumentos: o Questionário Sociodemográfico, o Inventário da Capacidade para Amar (ICA-I) e a Escala Continuum de Saúde Mental (MHC-SF). Da análise dos resultados, concluiu-se que a capacidade para amar está globalmente associada à saúde mental e ao bem-estar, constatando-se que quanto mais elevada e presente está a capacidade para amar, maiores são também os níveis de bem-estar. Ainda relativamente à capacidade para amar, esta diminui à medida que a idade aumenta e é maior nos indivíduos solteiros, nos indivíduos com filhos e naqueles que apresentam maiores níveis de bem-estar psicológico. Outras das conclusões foram que os participantes que têm o ensino superior apresentam maiores níveis de bem-estar emocional, social e psicológico, que os indivíduos que não têm filhos apresentam níveis inferiores de bem-estar social, que o bem-estar social é maior quanta mais idade têm os sujeitos e que os indivíduos solteiros apresentam menores níveis deste bem-estar. Pode, portanto, concluir-se que este estudo vem reforçar a importância que existe na capacidade individual para amar, sendo que esta pode funcionar como um fator de proteção para a saúde mental e o bem-estar.There is a huge importance in studying love as one of the greatest expressions of human behavior because it is a universal feeling, which unites us as a human race and through which we spend a lifetime trying to decipher it and specially to feel it from a truer way. Love and relationships are universal aspects of human life and have a significant impact on our lives. In addition, relationship quality was also positively linked to well-being (Carr et al., 2014). The capacity to love focuses on an individual's ability to engage in a romantic relationship (Busch & Kapusta, 2017; Kapusta et al., 2018). The capacity to love is believed to have a clinical advantage as a predictor of therapeutic outcome and an individual's risk indicator (Margherita et al., 2018). These studies showed several possibilities and opportunities to understand love as a fundamental experience for the human being (Surijah et al., 2020). Mental health is conceptualized as a complete state in which individuals are free from psychopathology and flourishing (Keyes, 2002) with high levels of emotional, psychological and social well-being. In this sense, we think that this study becomes relevant as it tries to understand the relationship that the capacity to love, health and well-being have and how this relationship can be beneficial to individuals. In this dissertation, the study presented has as main objective to analyze the relationship between the capacity to love and mental health and well-being in adults. Data analysis was based on a sample of 473 participants, 98 males, representing 20.7% of the total sample and 375 females, representing 79.3% of the total number of participants. In this sample, participants are aged between 18 and 74 years. Data for this study were collected through the application of a protocol consisting of the following instruments: the Sociodemographic Questionnaire, the Capacity to Love Inventory (CTL) and the Mental Health Continuum Scale (MHC-SF). From the analysis of the results, it was concluded that the capacity to love is globally associated with mental health and well-being, noting that the higher and more present the capacity to love, the higher the levels of well-being. Also regarding the capacity to love, this decreases as age increases and is greater in single individuals, individuals with children and those with higher levels of psychological well-being. Other conclusions were that participants who have higher education have higher levels of emocional, social and psychological well-being, that individuals who do not have children have lower levels of social well-being, that social well-being is greater in the older participants and single individuals have lower levels of this well-being. It can therefore be concluded that this study reinforces the importance that exists in the individual capacity to love, which can function as a protective factor for mental health and well-being.Fonte, CarlaRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaFernandes, Joana Lima2021-12-03T16:42:34Z2021-11-19T00:00:00Z2021-11-19T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/10508pormetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T02:09:47Zoai:bdigital.ufp.pt:10284/10508Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:47:16.834071Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Capacidade para amar, saúde mental e bem-estar: que relações? |
title |
Capacidade para amar, saúde mental e bem-estar: que relações? |
spellingShingle |
Capacidade para amar, saúde mental e bem-estar: que relações? Fernandes, Joana Lima Amor Capacidade para amar Relação amorosa Saúde mental Bem-estar emocional Bem-estar psicológico Bem-estar social Love Capacity to love Loving relationship Mental health Emotional well-being Psychological well-being Social well-being Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Psicologia |
title_short |
Capacidade para amar, saúde mental e bem-estar: que relações? |
title_full |
Capacidade para amar, saúde mental e bem-estar: que relações? |
title_fullStr |
Capacidade para amar, saúde mental e bem-estar: que relações? |
title_full_unstemmed |
Capacidade para amar, saúde mental e bem-estar: que relações? |
title_sort |
Capacidade para amar, saúde mental e bem-estar: que relações? |
author |
Fernandes, Joana Lima |
author_facet |
Fernandes, Joana Lima |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Fonte, Carla Repositório Institucional da Universidade Fernando Pessoa |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Fernandes, Joana Lima |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Amor Capacidade para amar Relação amorosa Saúde mental Bem-estar emocional Bem-estar psicológico Bem-estar social Love Capacity to love Loving relationship Mental health Emotional well-being Psychological well-being Social well-being Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Psicologia |
topic |
Amor Capacidade para amar Relação amorosa Saúde mental Bem-estar emocional Bem-estar psicológico Bem-estar social Love Capacity to love Loving relationship Mental health Emotional well-being Psychological well-being Social well-being Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Psicologia |
description |
Existe uma enorme importância em estudar o amor como uma das maiores expressões do comportamento humano pelo facto de este ser um sentimento universal, que nos une enquanto raça humana e pelo qual passamos uma vida a tentar decifrá-lo e principalmente a senti-lo de uma forma mais verdadeira. O amor e os relacionamentos são aspetos universais da vida humana e trazem um impacto significativo nas nossas vidas. Além disso, a qualidade do relacionamento também foi vinculada positivamente ao bem-estar (Carr et al., 2014). A capacidade para amar centra-se na competência de um indivíduo para se envolver num relacionamento romântico (Busch & Kapusta, 2017; Kapusta et al., 2018). Acredita-se que a capacidade para amar tem uma vantagem clínica como preditor do resultado terapêutico e o indicador de risco de um indivíduo (Margherita et al., 2018). Estes estudos mostraram diversas possibilidades e oportunidades para entender o amor como uma experiência fundamental para o ser humano (Surijah et al., 2020). A saúde mental é conceptualizada como um completo estado em que os indivíduos estão livres de psicopatologia e em flourishing (Keyes, 2002) com altos níveis de bem-estar emocional, psicológico e social. Neste sentido pensamos que este estudo se torna pertinente na medida em que tenta perceber qual a relação que a capacidade para amar, a saúde e o bem-estar têm e como é que essa relação pode ser benéfica para os indivíduos. Nesta dissertação o estudo apresentado que tem como principal objetivo analisar a relação entre a capacidade para amar e a saúde mental e o bem-estar em adultos. A análise dos dados foi realizada tendo por base uma amostra de 473 participantes, 98 do sexo masculino, os quais representam 20,7% da amostra total e 375 do sexo feminino, representativos de 79,3% do total de participantes. Nesta amostra, os participantes têm idades compreendidas entre os 18 e os 74 anos. Os dados para este estudo foram recolhidos através da aplicação de um protocolo constituído pelos seguintes instrumentos: o Questionário Sociodemográfico, o Inventário da Capacidade para Amar (ICA-I) e a Escala Continuum de Saúde Mental (MHC-SF). Da análise dos resultados, concluiu-se que a capacidade para amar está globalmente associada à saúde mental e ao bem-estar, constatando-se que quanto mais elevada e presente está a capacidade para amar, maiores são também os níveis de bem-estar. Ainda relativamente à capacidade para amar, esta diminui à medida que a idade aumenta e é maior nos indivíduos solteiros, nos indivíduos com filhos e naqueles que apresentam maiores níveis de bem-estar psicológico. Outras das conclusões foram que os participantes que têm o ensino superior apresentam maiores níveis de bem-estar emocional, social e psicológico, que os indivíduos que não têm filhos apresentam níveis inferiores de bem-estar social, que o bem-estar social é maior quanta mais idade têm os sujeitos e que os indivíduos solteiros apresentam menores níveis deste bem-estar. Pode, portanto, concluir-se que este estudo vem reforçar a importância que existe na capacidade individual para amar, sendo que esta pode funcionar como um fator de proteção para a saúde mental e o bem-estar. |
publishDate |
2021 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2021-12-03T16:42:34Z 2021-11-19T00:00:00Z 2021-11-19T00:00:00Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10284/10508 |
url |
http://hdl.handle.net/10284/10508 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
metadata only access info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
metadata only access |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799130339218554880 |