Inteligência emocional, bem-estar e saúde mental: um estudo com técnicos de apoio à vítima
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10284/6429 |
Resumo: | A saúde mental pode ser percebida como não sendo somente a ausência de doença mental, mas também como a presença de bem-estar, sendo um aspeto elementar da qualidade de vida (Keyes, 2006). A investigação efetuada à volta deste construto permite considerar que se trata de um estado de funcionamento pleno (Keyes, Dhingra & Simões, 2010). A operacionalização da saúde mental positiva sugerida por Keyes (2002) é consistente com as componentes que originam o conceito de saúde mental, formulado pela Organização Mundial de Saúde, nomeadamente o sentimento de bem-estar, o funcionamento individual eficiente e o funcionamento eficaz em comunidade (Westerhof & Keyes, 2010, citados por Machado & Bandeira, 2015). Neste sentido, esta investigação procurou verificar a possibilidade da Inteligência Emocional se apresentar como um fator protetor da saúde mental dos técnicos de apoio à vitima, da Associação Portuguesa de Apoio à Vitima. Esta investigação é composta por um total de 50 participantes, com idade média de 32,02 anos (dp=11,415), onde 94% são do sexo feminino e 6% do sexo masculino. Para recolha de dados foram utilizadas a Versão Portuguesa da Escala de Inteligência Emocional de Wong & Law (2002) e o Mental Health Continuum- Short Form: o continuum de saúde mental- versão reduzida (Keyes,2002) versão portuguesa. No decorrer desta investigação foi percetível que os níveis de inteligência emocional nesta amostra estão equilibrados, significando assim que a amostra apresenta bons resultados no que respeita a estas capacidades, bem como que a inteligência emocional está associada à saúde mental dos/as técnicos/as. Esta afirmação é evidenciada pelos resultados, na medida em que o bem-estar emocional, bem-estar social e o bem-estar psicológico da amostra aumenta, em função do aumento das capacidades em avaliar as próprias emoções, avaliar as emoções nos outros, usar as emoções e regular as emoções. Globalmente os resultados permitem identificar uma associação positiva e significativa entre a inteligência emocional e a saúde mental dos técnicos/as de apoio à vítima, evidenciando assim que o bem-estar aumenta conforme a sua relação com as devidas dimensões da inteligência emocional e, ainda, permitem-nos considerar este conjunto de participantes como emocionalmente inteligentes. Os sujeitos que apresentem maiores níveis de inteligência emocional, apresentam maior capacidade em regular as suas emoções de forma adaptativa e funcional, mesmo quando inseridos em situações que dificultam esta regulação. Assim, ao ser condicionada a regulação emocional, esta vai influenciar o bem-estar (Mendes, 2014). Os dados obtidos permitem-nos assim considerar a inteligência emocional como um fator protetor da saúde mental. |
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A operacionalização da saúde mental positiva sugerida por Keyes (2002) é consistente com as componentes que originam o conceito de saúde mental, formulado pela Organização Mundial de Saúde, nomeadamente o sentimento de bem-estar, o funcionamento individual eficiente e o funcionamento eficaz em comunidade (Westerhof & Keyes, 2010, citados por Machado & Bandeira, 2015). Neste sentido, esta investigação procurou verificar a possibilidade da Inteligência Emocional se apresentar como um fator protetor da saúde mental dos técnicos de apoio à vitima, da Associação Portuguesa de Apoio à Vitima. Esta investigação é composta por um total de 50 participantes, com idade média de 32,02 anos (dp=11,415), onde 94% são do sexo feminino e 6% do sexo masculino. Para recolha de dados foram utilizadas a Versão Portuguesa da Escala de Inteligência Emocional de Wong & Law (2002) e o Mental Health Continuum- Short Form: o continuum de saúde mental- versão reduzida (Keyes,2002) versão portuguesa. No decorrer desta investigação foi percetível que os níveis de inteligência emocional nesta amostra estão equilibrados, significando assim que a amostra apresenta bons resultados no que respeita a estas capacidades, bem como que a inteligência emocional está associada à saúde mental dos/as técnicos/as. Esta afirmação é evidenciada pelos resultados, na medida em que o bem-estar emocional, bem-estar social e o bem-estar psicológico da amostra aumenta, em função do aumento das capacidades em avaliar as próprias emoções, avaliar as emoções nos outros, usar as emoções e regular as emoções. Globalmente os resultados permitem identificar uma associação positiva e significativa entre a inteligência emocional e a saúde mental dos técnicos/as de apoio à vítima, evidenciando assim que o bem-estar aumenta conforme a sua relação com as devidas dimensões da inteligência emocional e, ainda, permitem-nos considerar este conjunto de participantes como emocionalmente inteligentes. Os sujeitos que apresentem maiores níveis de inteligência emocional, apresentam maior capacidade em regular as suas emoções de forma adaptativa e funcional, mesmo quando inseridos em situações que dificultam esta regulação. Assim, ao ser condicionada a regulação emocional, esta vai influenciar o bem-estar (Mendes, 2014). Os dados obtidos permitem-nos assim considerar a inteligência emocional como um fator protetor da saúde mental.Mental health can be perceived as being not only the absence of mental illness, but also as the presence of well-being, being an elemental aspect of quality of life (Keyes, 2006). The investigation carried out around this construct allows to consider that this is a state of full operation (Keyes, Dhingra & Simões, 2010). The operationalization of positive mental health suggested by Keyes (2002) is consistent with the components that give rise to the concept of mental health formulated by the World Health Organization, namely the feeling of well-being, efficient individual functioning and effective functioning in community (Westerhof & Keyes, 2010, cited by Machado & Bandeira, 2015). In this regard, this investigation sought to verify the possibility of Emotional Intelligence being presented as a protective factor of the mental health of the support technicians to the victim of the Associação Portuguesa de Apoio à Vítima. This research is composed of a total of 50 participants, with a mean age of 32.02 years (SD = 11,415), where 94% are female and 6% are male. The Portuguese Version of the Wong & Law Emotional Intelligence Scale (2002) and the Mental Health Continuum - Short Form: the mental health continuum - reduced version, were used for data collection. During this investigation, it was perceptible that the levels of emotional intelligence in this sample are balanced, meaning that the sample shows good results in relation to these abilities, as well as that emotional intelligence is associated with the mental health of the technicians. This is evidenced by the results, as the emotional well-being, social well-being and psychological well-being of the sample increases, as a result of the increase of the abilities to evaluate one's own emotions, to evaluate emotions in others and to use and regulate emotions. Overall, the results allow us to identify a positive and significant association between emotional intelligence and the mental health of the victim support technicians, thus showing that well-being increases according to its relation with the appropriate dimensions of emotional intelligence, allowing us to consider this set of participants as emotionally intelligent. Subjects with higher levels of emotional intelligence have a greater ability to regulate their emotions in an adaptive and functional way, even when inserted in situations that make this regulation difficult., when emotional regulation is conditioned, it will influence well-being (Mendes, 2014). The obtained data allow us to consider emotional intelligence as a protective factor of mental health.Fonte, CarlaRepositório Institucional da Universidade Fernando PessoaPrior, Ana Inês Santos2018-02-05T15:03:36Z2018-02-01T00:00:00Z2018-02-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10284/6429porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-06T02:05:49ZPortal AgregadorONG |
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A saúde mental pode ser percebida como não sendo somente a ausência de doença mental, mas também como a presença de bem-estar, sendo um aspeto elementar da qualidade de vida (Keyes, 2006). A investigação efetuada à volta deste construto permite considerar que se trata de um estado de funcionamento pleno (Keyes, Dhingra & Simões, 2010). A operacionalização da saúde mental positiva sugerida por Keyes (2002) é consistente com as componentes que originam o conceito de saúde mental, formulado pela Organização Mundial de Saúde, nomeadamente o sentimento de bem-estar, o funcionamento individual eficiente e o funcionamento eficaz em comunidade (Westerhof & Keyes, 2010, citados por Machado & Bandeira, 2015). Neste sentido, esta investigação procurou verificar a possibilidade da Inteligência Emocional se apresentar como um fator protetor da saúde mental dos técnicos de apoio à vitima, da Associação Portuguesa de Apoio à Vitima. Esta investigação é composta por um total de 50 participantes, com idade média de 32,02 anos (dp=11,415), onde 94% são do sexo feminino e 6% do sexo masculino. Para recolha de dados foram utilizadas a Versão Portuguesa da Escala de Inteligência Emocional de Wong & Law (2002) e o Mental Health Continuum- Short Form: o continuum de saúde mental- versão reduzida (Keyes,2002) versão portuguesa. No decorrer desta investigação foi percetível que os níveis de inteligência emocional nesta amostra estão equilibrados, significando assim que a amostra apresenta bons resultados no que respeita a estas capacidades, bem como que a inteligência emocional está associada à saúde mental dos/as técnicos/as. Esta afirmação é evidenciada pelos resultados, na medida em que o bem-estar emocional, bem-estar social e o bem-estar psicológico da amostra aumenta, em função do aumento das capacidades em avaliar as próprias emoções, avaliar as emoções nos outros, usar as emoções e regular as emoções. Globalmente os resultados permitem identificar uma associação positiva e significativa entre a inteligência emocional e a saúde mental dos técnicos/as de apoio à vítima, evidenciando assim que o bem-estar aumenta conforme a sua relação com as devidas dimensões da inteligência emocional e, ainda, permitem-nos considerar este conjunto de participantes como emocionalmente inteligentes. Os sujeitos que apresentem maiores níveis de inteligência emocional, apresentam maior capacidade em regular as suas emoções de forma adaptativa e funcional, mesmo quando inseridos em situações que dificultam esta regulação. Assim, ao ser condicionada a regulação emocional, esta vai influenciar o bem-estar (Mendes, 2014). Os dados obtidos permitem-nos assim considerar a inteligência emocional como um fator protetor da saúde mental. |
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