A Questão do Desempenho das Organizações Sem Fins Lucrativos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Roberto, José
Data de Publicação: 2006
Outros Autores: Serrano, António
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/2881
Resumo: Este artigo centra-se na problemática relativa ao modo como decorrem os processos de criação e distribuição de valor numa organização sem fins lucrativos, tendo em conta que qualquer avaliação do respectivo desempenho depende, em última análise, dos critérios adoptados para o efeito, ou seja, das expectativas dos stakeholders relevantes. Com base numa breve revisão de literatura centrada em dois pólos – particularidades das instituições não vocacionadas para o lucro; e teoria dos stakeholders – é analisado o caso de uma organização cooperativa sedeada no Alentejo, tendo em vista traçar o respectivo perfil comportamental e compreender quais são os principais factores que determinam as formas de relacionamento entre aquela entidade e as suas audiências mais significativas. No quadro conceptual de referência, assumem especial importância os atributos “poder”, “legitimidade” e “urgência” (Mitchell et al., 1997), e os vectores “cooperação” e “ameaça” (Savage et al., 1991). Adoptando uma perspectiva epistemológica “pragmatista” (Wicks e Freeman, 1998), a investigação empírica enquadra-se metodologicamente na categoria dos “single case studies” Yin (1994). Na recolha de dados foi privilegiada a informação primária, por via de entrevistas semi-estruturadas, e foi realizada a desejável triangulação à custa de observação directa e análise documental. Da análise dos dados resulta que a organização em apreço valoriza intrinsecamente os relacionamentos que mantém com certos “grupos” que considera mais relevantes, não se limitando a usá-los como veículos para melhor alcançar objectivos pré-definidos. As razões de fundo para esse comportamento parecem radicar-se, por um lado, num elevado grau de consciência social por parte dos dirigentes, e por outro, numa fortíssima interpenetração dos interesses da organização com os da comunidade envolvente.
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