O Marquês de Pombal e a Invenção do Brasil: Reformas coloniais iluministas e a protogênese da nação brasileira

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Franco, José Eduardo
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/29113
Resumo: A política da língua, a gestão dos recursos econômicos, a reorganização administrativa colonial, dos meios de educação e cultura, foram quatro campos de intervenção reformista essenciais para se perceber hoje o quanto a ação de Marquês de Pombal foi tão decisiva e protofundadora do Brasil que hoje temos. O reinado de D. José suportado pelo Ministro Ultra-absolutista Marquês de Pombal reforça a política centralista e antiautonomista em relação aos territórios coloniais na linha dos reinados portugueses anteriores. Num tempo em que por toda a Europa e em alguns territórios da América Espanhola proliferavam iniciativas, órgãos, instituições educativas e culturais que favoreciam a assunção de elites fortes com massa crítica, no Brasil acentuou-se a impossibilidade de acesso a esses instrumentos de formação de uma massa cultural com capacidade de pensar autonomamente os seus destinos. Na segunda metade do Século das Luzes, Sebastião José de Carvalho e Melo e a sua política de reforço da fidelidade das colônias à metrópole aprofundaram o processo de unificação das terras de Vera Cruz, prevenindo cisões e desuniões. Sem o braço forte da política pombalina não teríamos um Brasil imenso, unido pela fala de uma só língua como atualmente observamos, independentemente do julgamento que possamos fazer das consequências antropológicas e culturais desta gigantesca construção.
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