Hipotensão Ortostática e Polimedicação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Paulo Sérgio Martins
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/8631
Resumo: A Hipotensão Ortostática é definida como uma redução da pressão arterial sistólica igual ou superior a 20mmHg ou da pressão arterial diastólica igual ou superior a 10mmHg, nos 3 minutos após a passagem de decúbito para ortostatismo. Esta síndrome pode ter na sua génese variadas etiologias e tem uma elevada prevalência na população idosa com múltiplas comorbilidades. A presença de disautonomia (como a Diabetes Mellitus ou a Doença de Parkinson), doenças cardiovasculares, a toma de determinados fármacos ou até mesmo as alterações fisiológicas associadas à idade avançada podem predispor o desenvolvimento desta síndrome. A hipotensão ortostática é também um preditor independente do aumento de mortalidade e da incidência de doenças cardiovasculares e cerebrovasculares. O termo polimedicação pode ter múltiplas definições, sendo comum que seja definido como o uso de “5 ou mais”, “9 ou mais” ou “10 ou mais medicamentos”. Independentemente do conceito usado, a prevalência de idosos polimedicados é cada vez mais alta. Foi feita uma pesquisa em várias fontes bibliográficas com o objetivo de entender se existe uma relação entre a hipotensão ortostática e a polimedicação, e identificar quais os fármacos mais associados a esta síndrome. Apesar de haver alguma inconsistência nos estudos analisados, vários deles associaram a toma de múltiplos fármacos em simultâneo ao desenvolvimento de hipotensão ortostática, principalmente em pacientes idosos com várias patologias de base. Um dos principais fatores de viés nestes resultados pode estar relacionado com o facto de não haver uma definição consensual para o termo “polimedicação”, sendo este definido de diferentes formas nos estudos analisados. Foram identificadas várias classes de fármacos associadas a esta síndrome, como os anti-hipertensores, diuréticos, antidepressivos, antipsicóticos, agonistas dopaminérgicos e bloqueadores a-adrenérgicos. No caso de pacientes hipertensos, tanto o não-controlo da hipertensão como a sua terapêutica farmacológica podem predispor ao desenvolvimento de hipotensão ortostática. Assim, a abordagem terapêutica deve ser individualizada consoante a clínica de cada paciente.
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