Epilepsia benigna infantil com pontas centro-temporais: análise quantitativa do EEG de alta densidade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia, Lurdes Cristina Fernandes
Data de Publicação: 2010
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/905
Resumo: A Epilepsia Infantil com Pontas Centro-temporais (EBIPC) é a síndrome epiléptica mais frequente na infância. A International League Against Epilepsy (ILAE) classifica esta doença como sendo uma Epilepsia benigna focal idiopática, relacionada com a idade e de origem focal. Esta síndrome surge tipicamente entre os 3 e os 13 anos de idade, sendo que a sua remissão ocorre habitualmente na puberdade, por este motivo é considerada uma epilepsia benigna. O electroencefalograma (EEG) é um exame indispensável ao diagnóstico da epilepsia. No caso da EBIPC, o EEG inter-crítico mostra, para além de uma actividade de base normal, paroxismos epilépticos centro-temporais (região Rolândica) típicos, habitualmente visualizadas nos eléctrodos centrais (à volta de C3, C4, Cz), bem como, temporais médios (T3, T4,) com o envolvimento ocasional dos eléctrodos frontais (F3 e F4), temporais posteriores (T5 e T6) e parietais (P3 e P4). O EEG quantitativo (EEGq) permite uma análise mais detalhada e com maior grau de sensibilidade dos componentes do sinal. O que difere o EEG do EEGq é, neste último, depois de serem seleccionados os períodos a serem estudados, é realizada a transformada de Fourier, decompondo o sinal nas diversas frequências que o compõe. Nesta investigação, abordam-se parâmetros quantitativos do electroencefalograma em crianças com epilepsia benigna infantil com pontas centro-temporais (EBIPC). Foram estudadas 6 crianças com diagnóstico de epilepsia Rolândica. Foi realizado o electroencefalograma durante a vigília e o sono e seleccionadas cerca de 10 janelas com 2 segundos. Foram calculados valores de potência absoluta na faixa gama. A potência absoluta foi significativamente menor no hemisfério com pontas centro-temporais relativamente ao hemisfério sem pontas centro-temporais. Estes resultados revelam alterações da actividade de base na banda gama que podem indicar disfunção no hemisfério com pontas centro-temporais.
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