O enfermeiro como promotor da qualidade segurança nos cuidados: gestão do erro
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.8/3068 |
Resumo: | Enquadramento: A segurança do doente conquistou um lugar de destaque na esfera da saúde, reconhecida como tema fundamental na procura de processos mais seguros, e na redução de danos na prestação de cuidados de saúde. Objetivo: Contribuir para o reforço da cultura de segurança nos enfermeiros prestadores de cuidados de saúde: caraterizar a atitude dos enfermeiros portugueses perante a gestão do erro; identificar os erros/eventos adversos mais comuns que ocorrem nas instituições de prestação de cuidados de saúde; caraterizar a política educacional/formativa dos enfermeiros portugueses, à luz da qualidade e segurança em saúde; caraterizar a política de notificação do erro/eventos adversos; identificar propostas de intervenção na prevenção do erro/eventos adversos. Metodologia: procedeu-se à aplicação de um questionário, durante o mês de julho, composto por vinte e sete questões e difundido via online. O presente estudo contou com a participação de 94 enfermeiros a nível nacional, sem prejuízo do contexto de prestação de cuidados ou categoria profissional. Foi realizada a análise estatística das variáveis, bem como o estudo psicométrico das escalas de avaliação aplicadas, que ganham o significado de Escala de Atitudes sobre Notificação do Erro (consistência interna boa com alfa de cronbach = 0,832) e Escala de Perceção sobre Segurança e Gestão do Erro (consistência interna fraca com alfa de cronbach = 0,640). Da análise fatorial das escalas, a primeira apenas saturou um fator, enquanto que a escala de perceção saturou dois fatores: fator 1 ganha o significado de identificação e reconhecimento do erro como melhoria dos cuidados e o fator 2 como comportamento punitivo na gestão do erro. Resultados: do estudo psicométrico das escalas, constatou-se que a atitude e perceção dos enfermeiros não tem correlação com variáveis como idade, sexo, formação pré/pósgraduada, categoria profissional, responsabilidade de gestão, tempo de experiência profissional ou tempo de experiência na instituição onde exercem funções. Existe correlação negativa entre as atitudes dos enfermeiros sobre notificação do erro e a perceção dos enfermeiros sobre segurança e gestão do erro na globalidade, e com a perceção da identificação e reconhecimento do erro com a melhoria de cuidados. Constata-se também que existe uma correlação positiva entre as atitudes dos enfermeiros sobre notificação do erro e a perceção de um comportamento punitivo na gestão do erro. Conclusão: é unânime entre autores que qualidade e segurança são imperativos na prestação de cuidados de saúde. As falhas decorrentes da prática clínica devem ser um imperativo nas agendas das organizações e dos grupos de trabalho; erros e eventos adversos devem ser tratados como desvios a um plano, com o intuito de aprendizagem coletiva e não com visão punitiva. Os enfermeiros devem reconhecer a importância da sua intervenção na garantia de cuidados seguros, identificando focos e desenvolvendo mudanças. |
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