Sépsis Neonatal
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2014 |
Outros Autores: | , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | https://doi.org/10.25754/pjp.2000.5397 |
Resumo: | Introdução: A infecção é unia causa importante de mortalidade e morbilidade no recém-nascido (RN). Os sinais e sintomas são frequentemente inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico. Geralmente o tratamento é iniciado antes da identificação do agente infeccioso, pelo que é fundamental o conhecimento dos microrganismos etiológicos mais frequentes para unia adequada opção terapêutica. Objectivos: Avaliar a incidência de sépsis na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN) e sua relação com factores de risco materno, idade gestacional e peso ao nascer, analisar as alterações laboratoriais associadas; identificar os agentes microbiológicos mais frequentes e sua sensibilidade aos antibióticos, de forma a avaliar a adequação da terapêutica instituída. Material e Métodos: Revisão dos processos clínicos dos RNs internados na UCIN durante 1997. Incluiram-se os RNs com clínica e alterações laboratoriais compatíveis com sépsis, tivessem ou não hemoculturas positivas. Resultados: Diagnosticaram-se 108 episódios de sépsis em 99 dos 454 RNs internados (incidência de 21.8%). A incidência de sépsis comprovada (com agente isolado na hemocultura) foi de 7.9%. Esta não variou significativamente com a idade gestacional, mas predominou nos RNs com menor peso ao nascer (valor estatisticamente significativo). Houve sinais precoces em 64.8% dos episódios e 38.4% dos RNs tinham um ou mais factores de risco materno. As alterações analíticas mais frequentemente encontradas foram o aumento da relação neutrófilos não segmentados/neutrófilos segmentados e a proteína C reactiva positiva. O Staphylococcus epidermidis foi o microrganismo identificado mais frequentemente, tanto na sépsis precoce como na tardia; seguiu-se a Klebsiella pneumoniae (apenas na tardia) e o Streptococcus do grupo B (apenas na precoce). Conclusões: Constatou-se unia incidência de sépsis de 21.8%. Foi estatisticamente significativa a influência do peso ao nascer sobre a incidência de sépsis. Foram particularmente significativas, a existência de prematuridade nos RNs com sépsis tardia e a presença de factores de risco infeccioso materno na sépsis precoce (principalmente nos RNs de termo). O Staphylococcus epidermidis foi o agente etiológico mais frequente tanto na sépsis precoce como na tardia. Seguiu-se a Klebsiella pnewnoniae e o Streptococcus do grupo B. A terapêutica empírica adoptada na UCIN mostrou-se eficaz contra estes agentes. |
id |
RCAP_9f7df50693a4b6d52c000aded3905713 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/5397 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Sépsis NeonatalOriginal articlesIntrodução: A infecção é unia causa importante de mortalidade e morbilidade no recém-nascido (RN). Os sinais e sintomas são frequentemente inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico. Geralmente o tratamento é iniciado antes da identificação do agente infeccioso, pelo que é fundamental o conhecimento dos microrganismos etiológicos mais frequentes para unia adequada opção terapêutica. Objectivos: Avaliar a incidência de sépsis na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN) e sua relação com factores de risco materno, idade gestacional e peso ao nascer, analisar as alterações laboratoriais associadas; identificar os agentes microbiológicos mais frequentes e sua sensibilidade aos antibióticos, de forma a avaliar a adequação da terapêutica instituída. Material e Métodos: Revisão dos processos clínicos dos RNs internados na UCIN durante 1997. Incluiram-se os RNs com clínica e alterações laboratoriais compatíveis com sépsis, tivessem ou não hemoculturas positivas. Resultados: Diagnosticaram-se 108 episódios de sépsis em 99 dos 454 RNs internados (incidência de 21.8%). A incidência de sépsis comprovada (com agente isolado na hemocultura) foi de 7.9%. Esta não variou significativamente com a idade gestacional, mas predominou nos RNs com menor peso ao nascer (valor estatisticamente significativo). Houve sinais precoces em 64.8% dos episódios e 38.4% dos RNs tinham um ou mais factores de risco materno. As alterações analíticas mais frequentemente encontradas foram o aumento da relação neutrófilos não segmentados/neutrófilos segmentados e a proteína C reactiva positiva. O Staphylococcus epidermidis foi o microrganismo identificado mais frequentemente, tanto na sépsis precoce como na tardia; seguiu-se a Klebsiella pneumoniae (apenas na tardia) e o Streptococcus do grupo B (apenas na precoce). Conclusões: Constatou-se unia incidência de sépsis de 21.8%. Foi estatisticamente significativa a influência do peso ao nascer sobre a incidência de sépsis. Foram particularmente significativas, a existência de prematuridade nos RNs com sépsis tardia e a presença de factores de risco infeccioso materno na sépsis precoce (principalmente nos RNs de termo). O Staphylococcus epidermidis foi o agente etiológico mais frequente tanto na sépsis precoce como na tardia. Seguiu-se a Klebsiella pnewnoniae e o Streptococcus do grupo B. A terapêutica empírica adoptada na UCIN mostrou-se eficaz contra estes agentes.Sociedade Portuguesa de Pediatria2014-09-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.25754/pjp.2000.5397por2184-44532184-3333Barreirinho, M. SarreiroGuedes, AnaSoares, PaulaBraga, Ana CristinaC. Braga, AnaOliveira, Pedroinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-08-03T02:55:59Zoai:ojs.revistas.rcaap.pt:article/5397Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:24:52.154266Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Sépsis Neonatal |
title |
Sépsis Neonatal |
spellingShingle |
Sépsis Neonatal Barreirinho, M. Sarreiro Original articles |
title_short |
Sépsis Neonatal |
title_full |
Sépsis Neonatal |
title_fullStr |
Sépsis Neonatal |
title_full_unstemmed |
Sépsis Neonatal |
title_sort |
Sépsis Neonatal |
author |
Barreirinho, M. Sarreiro |
author_facet |
Barreirinho, M. Sarreiro Guedes, Ana Soares, Paula Braga, Ana Cristina C. Braga, Ana Oliveira, Pedro |
author_role |
author |
author2 |
Guedes, Ana Soares, Paula Braga, Ana Cristina C. Braga, Ana Oliveira, Pedro |
author2_role |
author author author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Barreirinho, M. Sarreiro Guedes, Ana Soares, Paula Braga, Ana Cristina C. Braga, Ana Oliveira, Pedro |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Original articles |
topic |
Original articles |
description |
Introdução: A infecção é unia causa importante de mortalidade e morbilidade no recém-nascido (RN). Os sinais e sintomas são frequentemente inespecíficos, o que dificulta o diagnóstico. Geralmente o tratamento é iniciado antes da identificação do agente infeccioso, pelo que é fundamental o conhecimento dos microrganismos etiológicos mais frequentes para unia adequada opção terapêutica. Objectivos: Avaliar a incidência de sépsis na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais (UCIN) e sua relação com factores de risco materno, idade gestacional e peso ao nascer, analisar as alterações laboratoriais associadas; identificar os agentes microbiológicos mais frequentes e sua sensibilidade aos antibióticos, de forma a avaliar a adequação da terapêutica instituída. Material e Métodos: Revisão dos processos clínicos dos RNs internados na UCIN durante 1997. Incluiram-se os RNs com clínica e alterações laboratoriais compatíveis com sépsis, tivessem ou não hemoculturas positivas. Resultados: Diagnosticaram-se 108 episódios de sépsis em 99 dos 454 RNs internados (incidência de 21.8%). A incidência de sépsis comprovada (com agente isolado na hemocultura) foi de 7.9%. Esta não variou significativamente com a idade gestacional, mas predominou nos RNs com menor peso ao nascer (valor estatisticamente significativo). Houve sinais precoces em 64.8% dos episódios e 38.4% dos RNs tinham um ou mais factores de risco materno. As alterações analíticas mais frequentemente encontradas foram o aumento da relação neutrófilos não segmentados/neutrófilos segmentados e a proteína C reactiva positiva. O Staphylococcus epidermidis foi o microrganismo identificado mais frequentemente, tanto na sépsis precoce como na tardia; seguiu-se a Klebsiella pneumoniae (apenas na tardia) e o Streptococcus do grupo B (apenas na precoce). Conclusões: Constatou-se unia incidência de sépsis de 21.8%. Foi estatisticamente significativa a influência do peso ao nascer sobre a incidência de sépsis. Foram particularmente significativas, a existência de prematuridade nos RNs com sépsis tardia e a presença de factores de risco infeccioso materno na sépsis precoce (principalmente nos RNs de termo). O Staphylococcus epidermidis foi o agente etiológico mais frequente tanto na sépsis precoce como na tardia. Seguiu-se a Klebsiella pnewnoniae e o Streptococcus do grupo B. A terapêutica empírica adoptada na UCIN mostrou-se eficaz contra estes agentes. |
publishDate |
2014 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2014-09-22 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://doi.org/10.25754/pjp.2000.5397 |
url |
https://doi.org/10.25754/pjp.2000.5397 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
2184-4453 2184-3333 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Pediatria |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Portuguesa de Pediatria |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799133519211921408 |