Intervenção coronária percutânea: abordagem femoral VS abordagem radial

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sá, C.F.R.
Data de Publicação: 2015
Outros Autores: Lobo, Joana, Pereira, J.M., Almeida, M.C.C.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.11/2805
Resumo: Introdução: A intervenção coronária percutânea é o procedimento de eleição para tratamento de doença arterial coronária, demonstrando ser um método efetivo utilizado para a reperfusão coronária em indivíduos com doença arterial coronária. Apesar de apresentar taxas de sucesso elevadas, 98,1%, ocorrem 3,3% de complicações vasculares. O acesso arterial ideal deverá proporcionar a abordagem à circulação sanguínea de forma rápida e fácil, promovendo hemostase eficaz, a fim de minimizar as complicações vasculares. Assim, pretende-se averiguar qual das abordagens, se femoral se radial, é passível de uma menor taxa de complicações vasculares. Objetivo: Averiguar qual das abordagens, se femoral ou a radial, é passível de uma menor taxa de complicações vasculares. Metodologia: foram avaliados, retrospetivamente, indivíduos que realizaram a intervenção coronária percutânea no Serviço de Cardiologia de Intervenção no Hospital dos Covões em Coimbra no período de Janeiro a Junho de 2008 e Janeiro de 2009 a Dezembro de 2010 pela abordagem femoral e radial. A amostra é constituída por 3778 indivíduos dos quais 67,1% são do género masculino e 32,9% do género feminino com uma idade média de 66,4 ± 11,7 anos encontrando-se dividida em 2 grupos: com e sem complicações vasculares. Resultados: No presente estudo foram registadas, apenas, 2,44% de complicações vasculares, tratando-se de uma taxa muito reduzida quando comparado com outros estudos. Tais complicações ocorrem com maior frequência pela via femoral (61,8%). Foi avaliada a prevalência das diferentes complicações vasculares, tendo os hematomas sido a complicação mais prevalente com 89,1%. Este tipo de complicação foi a mais frequente em ambas as vias de acesso, existindo, no entanto, um predomínio no acesso femoral com 56,5% comparativamente com os 32,6% no acesso radial. Quanto à forma de encerramento, 100% dos indivíduos abordados pela via radial utilizaram o Tr Band® e na abordagem femoral 36,96% utilizaram dispositivos de encerramento vascular e compressão manual em 14,13%. Conclusão: A abordagem radial apresenta benefícios evidentes, minimizando a ocorrência de complicações vasculares, tornando a intervenção coronária percutânea um procedimento mais cómodo e seguro para o paciente proporcionando deambulação e alta hospitalar precoce com redução dos custos hospitalares.
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Objetivo: Averiguar qual das abordagens, se femoral ou a radial, é passível de uma menor taxa de complicações vasculares. Metodologia: foram avaliados, retrospetivamente, indivíduos que realizaram a intervenção coronária percutânea no Serviço de Cardiologia de Intervenção no Hospital dos Covões em Coimbra no período de Janeiro a Junho de 2008 e Janeiro de 2009 a Dezembro de 2010 pela abordagem femoral e radial. A amostra é constituída por 3778 indivíduos dos quais 67,1% são do género masculino e 32,9% do género feminino com uma idade média de 66,4 ± 11,7 anos encontrando-se dividida em 2 grupos: com e sem complicações vasculares. Resultados: No presente estudo foram registadas, apenas, 2,44% de complicações vasculares, tratando-se de uma taxa muito reduzida quando comparado com outros estudos. Tais complicações ocorrem com maior frequência pela via femoral (61,8%). Foi avaliada a prevalência das diferentes complicações vasculares, tendo os hematomas sido a complicação mais prevalente com 89,1%. Este tipo de complicação foi a mais frequente em ambas as vias de acesso, existindo, no entanto, um predomínio no acesso femoral com 56,5% comparativamente com os 32,6% no acesso radial. Quanto à forma de encerramento, 100% dos indivíduos abordados pela via radial utilizaram o Tr Band® e na abordagem femoral 36,96% utilizaram dispositivos de encerramento vascular e compressão manual em 14,13%. Conclusão: A abordagem radial apresenta benefícios evidentes, minimizando a ocorrência de complicações vasculares, tornando a intervenção coronária percutânea um procedimento mais cómodo e seguro para o paciente proporcionando deambulação e alta hospitalar precoce com redução dos custos hospitalares.ABSTRACT: Background: Percutaneous coronary intervention (PCI) is the election procedure for coronary artery disease treatment, proven to be an effective method used for coronary reperfusion in patients with coronary artery disease. Despite percutaneous coronary intervention presents a high success rate of 98,1%, there are 3,3% of vascular complications. The arterial access ideal should provide an approach to the bloodstream quickly and easily, promoting effective hemostasis in order to minimize vascular complications. Therefore, we intend to determine which approach, if the femoral or radial, is subject to a lower complications. Objective: Determinate which approach, femoral or radial, is liable to a lower rate of vascular complications. Methods: Was carried out a cross-sectional retrospective study with subjects who underwent to percutaneous coronary intervention at the Department of Interventional Cardiology of Hospital dos Covões in Coimbra from January till June 2008 and from January 2009 till December 2010 by femoral and radial approach. The sample consist of 3778 individuals whom 67,1% are male and 32, 9% female with a mean age of 66,4 ± 11,7 years, finding themselves divided into two groups: with and without vascular complications. Results: In this study, only 2,44% of vascular complications were registered, a very low rate when compared with other studies. These complications occurred, mostly, by the femoral access (61,8%). Such complications occur more frequently by femoral approach (61,8%) . Was evaluated prevalence of the different vascular complications being the bruises the most prevalent complication with 89,1%. This complication was the most frequent in both access routes, existing, however, a predominance of the femoral approach with 56,5% compared with the 32,6% in the radial access. For the closing procedure, 100% of the individuals intervened trough the radial access used TR Band® and through the femoral access, (36,69%) used vascular closing devices and manual compression in 14,13% of the cases. Conclusion: Radial approach presents obvious benefits, minimizing the occurrence of vascular complications, making percutaneous coronary intervention more convenient and safer for patient care by providing early hospital discharge with reduced hospital costs.Associação Portuguesa de CardiopneumologistasRepositório Científico do Instituto Politécnico de Castelo BrancoSá, C.F.R.Lobo, JoanaPereira, J.M.Almeida, M.C.C.2015-05-11T14:33:59Z2015-022015-02-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.11/2805porSÁ, C.F.R. [et al.] (2015) - Intervenção coronária percutânea: abordagem femoral VS abordagem radial. Cardiopulmonar. Ano XXVI, nº 1. p. 25-30info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-01-16T11:40:58ZPortal AgregadorONG
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