Análise comparativa de segurança e eficácia entre as vias de acesso radial e femoral na realização de intervenção coronária percutânea no infarto agudo do miocárdio

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Salles,José Ary Boechat e
Data de Publicação: 2009
Outros Autores: Andrea,Júlio César Machado, Cortes,Leandro Assumpção, Carestiato,Lilian Vieira, Santos,Luis Felipe Camillis dos, Figueira,Hélio Roque
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972009000400013
Resumo: INTRODUÇÃO: A intervenção coronária percutânea é a estratégia mais adequada de reperfusão no infarto agudo do miocárdio. A intervenção coronária percutânea pela via radial nas síndromes estáveis é uma alternativa efetiva, comparativamente ao acesso pela via femoral, com redução do risco de complicações hemorrágicas e vasculares. Este estudo teve como objetivo avaliar a segurança e a efetividade da intervenção coronária percutânea pela via radial no infarto agudo do miocárdio em uma série consecutiva de pacientes. MÉTODO: Entre janeiro de 1997 e julho de 2009, 387 pacientes foram tratados por intervenção coronária percutânea nas primeiras 12 horas de infarto agudo do miocárdio, sendo excluídos os pacientes em choque cardiogênico e aqueles submetidos a angioplastia de ponte de safena e angioplastia com balão. Foram realizadas 132 angioplastias transluminais coronárias por via radial (34,8%) e 247 por via femoral (65,2%). RESULTADOS: Obteve-se elevado sucesso angiográfico (95,6% vs. 96,8%; P = 0,57), com o mesmo porcentual de perfusão miocárdica pós-procedimento, independentemente da via de acesso utilizada. Aos 30 dias de evolução, observou-se tendência a menor incidência de eventos no grupo em que foi utilizada a via radial (1,5% vs. 6,9%; P = 0,07), possivelmente pela menor ocorrência de trombose do stent nesse grupo (0,8% vs. 4,9%; P = 0,04) e pela menor necessidade de nova revascularização percutânea do vaso-alvo (0,8% vs. 4,9%; P = 0,04). Não foram observadas diferenças na incidência de hemorragias maiores entre os dois grupos (2,3% vs. 2%; P > 0,99). CONCLUSÕES: O presente estudo sugere que o acesso pela via radial na angioplastia primária em pacientes elegíveis é seguro e eficaz quando o procedimento é realizado por intervencionistas "radialistas", sendo uma alternativa atrativa ao acesso femoral, especialmente naqueles pacientes com alto risco de complicações vasculares associadas à via de acesso, como os obesos e os que recebem inibidores da glicoproteína IIb/IIIa e trombolíticos.
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