A criança e o brincar nos limites institucionais numa escola em Maceió

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Solange Tavares da
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/9972
Resumo: No âmbito do cenário mundial, verificam-se profundas mudanças nos setores econômico, social e cultural, o que implica a necessidade das organizações políticas e administrativas repensarem suas formas de gestão. Nesse contexto, encontram-se as instituições escolares que perante as novas posturas estabelecidas, tanto pela educação como pela comunidade, requerem novas respostas dos regentes educativos. Esses devem considerar as crianças com quem trabalham, enquanto seres detentores de direitos, favorecendo-lhes a oportunidade de participação plena como membro de uma sociedade. Para isso, a instituição precisa assumir-se como espaço favorecedor de envolvimento das crianças, onde o brincar surge como uma das necessidades mais prementes na medida em que não será visto como algo negativo, associado à perda de tempo, mas sim, como algo prazeroso que enriquece e fortalece a cultura lúdica das crianças. É percebido que esse tipo de postura é reconhecido sob o ponto de vista legal, fazendo-se presente na Convenção dos Direitos das Crianças (1989), e no Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), que consideram o brincar um direito da criança, apesar de nem sempre ser assegurada a sua plenitude. É no contexto dessa discussão que desenvolveu-se esse estudo cujo objetivo principal foi: Promover a participação das crianças na criação de condições do exercício de seus direitos no contexto escolar, objetivando sobretudo o direito de brincar. Participaram da pesquisa 10 crianças com idades compreendidas entre oito e quatorze anos, provenientes de uma escola pública, inserida no bairro da Serraria no município de Maceió, capital do estado de Alagoas-Brasil. O trabalho empírico ocorreu entre os meses de fevereiro e abril de 2011, tendo sido realizado um total de 14 encontros com o grupo de crianças participantes. A abordagem metodológica usada na pesquisa foi a investigação participativa com crianças e para a recolha dos dados recorreu-se às conversas com crianças, a observação participante/notas de campo e a utilização do questionário. Com esse projeto de intervenção comunitária permitiu-se a participação ativa das crianças, privilegiando-as como elementos constituintes do processo empírico, onde foi possível a escuta de suas vozes como sujeitos de plenos direitos. Em seu contexto verificou-se a existência de uma cultura lúdica, mesmo que não seja vivida em sua plenitude, em virtude de algumas implicações impostas pelos adultos seus guardiões, ou ainda, devido ao não cumprimento da garantia do direito de brincar estabelecido nas legislações vigentes.
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Para isso, a instituição precisa assumir-se como espaço favorecedor de envolvimento das crianças, onde o brincar surge como uma das necessidades mais prementes na medida em que não será visto como algo negativo, associado à perda de tempo, mas sim, como algo prazeroso que enriquece e fortalece a cultura lúdica das crianças. É percebido que esse tipo de postura é reconhecido sob o ponto de vista legal, fazendo-se presente na Convenção dos Direitos das Crianças (1989), e no Estatuto da Criança e do Adolescente (1990), que consideram o brincar um direito da criança, apesar de nem sempre ser assegurada a sua plenitude. É no contexto dessa discussão que desenvolveu-se esse estudo cujo objetivo principal foi: Promover a participação das crianças na criação de condições do exercício de seus direitos no contexto escolar, objetivando sobretudo o direito de brincar. Participaram da pesquisa 10 crianças com idades compreendidas entre oito e quatorze anos, provenientes de uma escola pública, inserida no bairro da Serraria no município de Maceió, capital do estado de Alagoas-Brasil. O trabalho empírico ocorreu entre os meses de fevereiro e abril de 2011, tendo sido realizado um total de 14 encontros com o grupo de crianças participantes. A abordagem metodológica usada na pesquisa foi a investigação participativa com crianças e para a recolha dos dados recorreu-se às conversas com crianças, a observação participante/notas de campo e a utilização do questionário. Com esse projeto de intervenção comunitária permitiu-se a participação ativa das crianças, privilegiando-as como elementos constituintes do processo empírico, onde foi possível a escuta de suas vozes como sujeitos de plenos direitos. Em seu contexto verificou-se a existência de uma cultura lúdica, mesmo que não seja vivida em sua plenitude, em virtude de algumas implicações impostas pelos adultos seus guardiões, ou ainda, devido ao não cumprimento da garantia do direito de brincar estabelecido nas legislações vigentes.Within the framework of the world stage, there are profound changes in the economic, social and cultural sectors, which implies the need of political and administrative organizations rethink their ways of management. In this context, the educational institutions are faced with new postures established, both by education and community, requiring new responses from the Regents. These should consider the children with whom they work, while rights holders beings, favouring to them the opportunity to participate fully as a member of a society. In order to achieve this goal, the institution needs to be assumed as a space of possible involvement of children, where the play emerges as one of the most pressing needs, considering that it will not be seen as something negative, associated with the loss of time, but rather as something pleasurable that enriches and strengthens the playful culture of children. It is realized that even this being recognized under the legal point of view, making himself present at the Convention of the rights of the child (1989), and in the Statute of the child and adolescent (1990), which consider the child's right to play, is not always ensured its fullness. It was in context of this discussion that emerged this study whose main objective was: to promote the participation of children in creating conditions for the practice of their rights in the school context, aiming mainly the right to play. In this research study, were taken 10 children aged between eight and fourteen years, from a public school, located in the neighbourhood of the Sawmill in the municipality of Maceió, capital of Alagoas-Brazil. The empirical work took place between February and April 2011, performed with a total of 15 meetings with the Group of children. Participatory methodological approach was used in the research, with data collection using conversation with children, participant observation, field notes and use of the questionnaire. This community intervention project allowed the active participation of children, promoting them as constituent elements of the empirical process, where it was possible to listen to their voices as full subjects of rights. There was a playful culture found, even if it's not lived in its fullness, due to some implications imposed by their adult guardians, or due to failure to comply with the guarantee of the right to play existing legislations established.Universidade de Aveiro2013-03-22T15:24:52Z2013-01-01T00:00:00Z2013info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/9972porSilva, Solange Tavares dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-17T03:31:37ZPortal AgregadorONG
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