O Instituto Politécnico de Bragança. Análise socioeconómica dos anos 2007-2012

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, Joana
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Cunha, Jorge, Oliveira, Pedro Nuno Ferreira Pinto de
Tipo de documento: Livro
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10198/14459
Resumo: Atualmente existe um grande interesse por parte das instituições do ensino superior (IES) em conseguir estimar o impacto económico que têm nas regiões onde se encontram inseridas. De facto, este interesse tem aumentado significativamente nos últimos anos, verificando-se que, não só as instituições se empenham em determinar o impacto nas regiões, também as próprias regiões e o grande público manifestam interesse em conhecer esses valores. Nesse sentido, já em 2007, tinha sido feita uma estimativa do impacto do Instituto Politécnico de Bragança (IPB) na região (Fernandes, 2009). Em 2012, iniciou-se um projeto conjunto entre sete institutos politécnicos nacionais - Instituto Politécnico de Bragança, Instituto Politécnico de Castelo Branco, Instituto Politécnico de Leiria, Instituto Politécnico de Portalegre, Instituto Politécnico de Setúbal, Instituto Politécnico de Viana do Castelo, e Instituto Politécnico de Viseu - para estimar de forma mais abrangente o impacto destas instituições do ensino superior politécnico nas respetivas regiões de influência. Este trabalho descreve parte do estudo que foi realizada no Instituto Politécnico de Bragança. Para isso, procedeu-se a uma recolha de dados através de um inquérito por questionário que possibilitou a caracterização socioeconómica dos indivíduos diretamente relacionados com a instituição, nomeadamente os funcionários docentes e não docentes e os alunos. Após a obtenção desses dados foi possível estimar o impacto do IPB na região, mediante a aplicação do modelo simplificado de Fernandes (2009). O impacto total do IPB nas regiões de Bragança e Mirandela, englobando o impacto direto, indireto e induzido, considerando um multiplicador de 1,7, em 2012, foi de 66,2 milhões de euros , o que corresponde a 11,02% do PIB das regiões em análise. Considerando que o orçamento transferido pelo estado para o IPB, referente a 2012, foi de 16,0 milhões de euros, pode-se afirmar que por cada euro gasto pelo Estado no financiamento do IPB, gerou-se um nível de atividade económica nos concelhos de Bragança e Mirandela, numa perspetiva pessimista (multiplicador 1,0) de 2,43 e numa perspetiva otimista (multiplicador 1,7) de 4,13 euros. Utilizando o conceito de produtividade aparente da região NUT III Alto Trás-os-Montes é possível converter o impacto económico em número de empregos gerados. Desta forma, o número de empregos associados à existência do IPB ascende aos 1.910, na perspetiva pessimista (considerando o multiplicador 1,0), e, aos 3.247, na perspetiva otimista (com o multiplicador de 1,7). Verifica-se que, em 2012, o número de indivíduos com atividade profissional atribuída à presença do IPB corresponde entre 7,6% e 12,9% da população ativa dos concelhos de Bragança e Mirandela. Foi ainda possível comparar a evolução verificada nos padrões de gastos dos indivíduos do IPB e no impacto da instituição nos anos 2007 e 2012. Verificou-se que o IPB aumentou o seu impacto no PIB regional (passando de 8,23% para 11,02% do PIB regional) e aumentou o nível de atividade económica gerada na região por cada euro financiado pelo Estado tendo passado de 2,33 em 2007 para 4,13 euros em 2012. De uma forma geral, o peso relativo da atividade económica relacionada com a existência do IPB no PIB local aumentou quase 27%.
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