Imunoterapia específica e controlo da asma

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Santos,Amélia Spínola
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Ferreira,Manuel Branco, Barbosa,Manuel Pereira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-97212012000200003
Resumo: Fundamentos: A imunoterapia específica (ITE) associa -se a uma modulação imunológica, podendo permitir, nos asmáticos alérgicos, melhorias clínicas progressivas e mantidas. Objectivo: Avaliar os efeitos da ITE na manutenção do controlo da asma. Material e métodos: Em Março/2007 foi preenchido, na presença do alergologista assistente, um questionário clínico e o Asthma Control Test (ACT) por 252 doentes asmáticos, já seguidos em consulta hospitalar de Alergologia. Em Março/2010 enviámos pelo correio aos 252 doentes um novo questionário clínico e o ACT, comparando -se as respostas entre os doentes tratados com ITE+farmacoterapia e os que receberam apenas farmacoterapia. Resultados: Obtivemos 96 respostas, 29 das quais de asmáticos que tinham recebido pelo menos quatro anos de ITE e 67 sem ITE. Os dois grupos de doentes apresentavam em 2010 uma média de pontuações ACT ligeiramente inferior a 2007 (22,2 versus 22,7 no grupo sob ITE e 20,9 versus 21,2 no grupo sem ITE), mas sem diferenças significativas. Contudo, em 2010, apenas 30% dos doentes que receberam ITE referiram utilizar corticoterapia inalada diária, contra 62% do grupo sem ITE (p<0,01). De forma semelhante, a utilização de corticosteróides sistémicos não ocorreu em nenhum doente do grupo ITE, contra 17% do grupo sem ITE (p=0,03). No grupo ITE também se registou um menor número de idas ao serviço de urgência (1,5 vs. 3,2; p=0,02) e uma menor frequência de diabetes auto -reportada (0 vs. 10%; p=0,03). Apesar de haver um bom nível de controlo da asma em ambos os grupos, salienta-se que cerca de 30% dos doentes dos dois grupos refere algumas limitações à sua vida diária por causa da asma. Conclusões: A maior parte dos doentes sob seguimento especializado mantém, em três anos, bons níveis de controlo da asma. No grupo sob ITE há melhorias adicionais de outros parâmetros, reflectindo a relevante acção imunomoduladora da ITE.
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