Avaliação do eixo hipotálamo-hipófise-gônada e prevalência de hipogonadismo central em homens e mulheres com cirrose hepática
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Data de Publicação: | 2003 |
Outros Autores: | , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302003000500014 |
Resumo: | A cirrose hepática (CH) é uma das doenças crônicas associadas ao hipogonadismo (HG), o qual tem etiologia variada em relação ao órgão-alvo do eixo gonadal que é acometido. Neste estudo avaliamos o HG intercorrente na CH de diferentes etiologias, em 82 pacientes (49 M/33 F). O diagnóstico de HG foi estabelecido em bases clínicas e hormonais e correlacionado com a gravidade da doença hepática. HG não fisiológico foi diagnosticado em 63 casos (76,8%). Nos homens, detectou-se diminuição da libido (68,8%), disfunção erétil (53,8%), pêlos de distribuição ginecóide (53,1%), atrofia testicular (55,3%) e ginecomastia (48%); entre as mulheres, 18 (78,2%) apresentavam amenorréia em idade fértil. HG foi confirmado por níveis baixos de testosterona livre nos homens e de estradiol nas mulheres. Níveis altos de gonadotrofinas basais estabeleceram a etiologia gonadal do HG. O diagnóstico de alteração hipotálamo-hipofisária só foi possível através do teste do GnRH, onde o valor de pico do LH foi significativamente menor nos hipogonádicos. HG central foi predominante: 90,4% dos casos. A duração da hepatopatia não diferiu entre hipo e eugonádicos. A gravidade da CH, avaliada através da classificação de CHILD, mostrou correlação significativa com o HG. Não houve associação significativa entre HG e sintomas isolados como diminuição da libido ou ginecomastia, concomitância de outras doenças, hiperprolactinemia ou uso de drogas. Em conclusão, foram proeminentes os achados em relação à freqüência de HG, especialmente nas mulheres, e a predominância da etiologia central do mesmo, possivelmente em resposta às más condições metabólicas dos pacientes. O diagnóstico de HG nos pacientes com CH demanda atenção médica contínua. |
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Avaliação do eixo hipotálamo-hipófise-gônada e prevalência de hipogonadismo central em homens e mulheres com cirrose hepáticaCirrose hepáticaHipogonadismoHipogonadismo centralTestosteronaAmenorréiaA cirrose hepática (CH) é uma das doenças crônicas associadas ao hipogonadismo (HG), o qual tem etiologia variada em relação ao órgão-alvo do eixo gonadal que é acometido. Neste estudo avaliamos o HG intercorrente na CH de diferentes etiologias, em 82 pacientes (49 M/33 F). O diagnóstico de HG foi estabelecido em bases clínicas e hormonais e correlacionado com a gravidade da doença hepática. HG não fisiológico foi diagnosticado em 63 casos (76,8%). Nos homens, detectou-se diminuição da libido (68,8%), disfunção erétil (53,8%), pêlos de distribuição ginecóide (53,1%), atrofia testicular (55,3%) e ginecomastia (48%); entre as mulheres, 18 (78,2%) apresentavam amenorréia em idade fértil. HG foi confirmado por níveis baixos de testosterona livre nos homens e de estradiol nas mulheres. Níveis altos de gonadotrofinas basais estabeleceram a etiologia gonadal do HG. O diagnóstico de alteração hipotálamo-hipofisária só foi possível através do teste do GnRH, onde o valor de pico do LH foi significativamente menor nos hipogonádicos. HG central foi predominante: 90,4% dos casos. A duração da hepatopatia não diferiu entre hipo e eugonádicos. A gravidade da CH, avaliada através da classificação de CHILD, mostrou correlação significativa com o HG. Não houve associação significativa entre HG e sintomas isolados como diminuição da libido ou ginecomastia, concomitância de outras doenças, hiperprolactinemia ou uso de drogas. Em conclusão, foram proeminentes os achados em relação à freqüência de HG, especialmente nas mulheres, e a predominância da etiologia central do mesmo, possivelmente em resposta às más condições metabólicas dos pacientes. O diagnóstico de HG nos pacientes com CH demanda atenção médica contínua.Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia2003-10-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-27302003000500014Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia v.47 n.5 2003reponame:Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online)instname:Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)instacron:SBEM10.1590/S0004-27302003000500014info:eu-repo/semantics/openAccessOliveira,Miriam C.Cassal,AlvaroPizarro,Cristina B.por2004-01-21T00:00:00Zoai:scielo:S0004-27302003000500014Revistahttps://www.aem-sbem.com/ONGhttps://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||abem-editoria@endocrino.org.br1677-94870004-2730opendoar:2004-01-21T00:00Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia (Online) - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)false |
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