Química mineral e geotermobarometria do Batólito Serra da Água Limpa, Nappe Socorro-Guaxupé, Faixa Brasília Meridional, Sudeste do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vinagre,Rodrigo
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Trouw,Rudolph Allard Johannes, Mendes,Julio Cezar, Ludka,Isabel
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Brazilian Journal of Geology
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2317-48892014000200387
Resumo: O Batólito Serra da Água Limpa, divisa dos estados de Minas Gerais e São Paulo, está relacionado ao arco magmático da margem ativa do paleocontinente Paranapanema, Faixa Brasília Meridional. Nele ocorrem feições ígneas preservadas e litotipos com foliação tectônica. Aqui são apresentados dados de química mineral, com objetivo de inferir condições de pressão e temperatura reinantes durante e depois da cristalização do batólito. Foram analisados cristais de plagioclásio, anfibólio, biotita e microclina. Temperaturas de cristalização calculadas pelo método de saturação de zircônio em rocha total situam-se entre 863 e 1015ºC. O cálculo da pressão mostrou valores que variam entre 5 e 6 kbar. Já o cálculo da temperatura apresentou valores distintos ao serem utilizadas análises de núcleos e bordas do anfibólio e do plagioclásio: núcleos com temperaturas mais elevadas de formação, 830 - 860ºC, e bordas com temperaturas entre 740 - 770ºC. Logo, existem três hipóteses: (A) os valores de temperatura mais altos, obtidos nos núcleos de anfibólio e plagioclásio (830 - 860ºC), estariam relacionados à cristalização magmática, enquanto que os obtidos nas bordas (740 - 770ºC), estariam associados ao posterior metamorfismo colisional; (B) tanto os núcleos como as bordas dos cristais são produtos do metamorfismo colisional, com ápice entre 830 - 860ºC e retrometamorfismo entre 740 - 770ºC; e (C) os núcleos e bordas dos cristais de anfibólio e plagioclásio mantiveram suas composições ígneas pré-colisionais preservadas, refletindo o processo de cristalização e consolidação magmática. A primeira hipótese parece a mais provável porque é mais consistente com os dados publicados para a região.
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