Perfil de pacientes tratados com cateteres de aspiração de trombos durante intervenção coronária percutânea primária

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Almeida,Roberto Simões de
Data de Publicação: 2012
Outros Autores: Cantarelli,Marcelo José de Carvalho, Castello Jr.,Hélio José, Gioppato,Silvio, Gonçalves,Rosaly, Ribeiro,Evandro Karlo Pracchia, Guimarães,João Batista de Freitas, Vardi,Julio Cesar Francisco, Silva,Patricia Teixeira da, Farinazzo,Marcelo Mendes, Ganassin,Fábio Peixoto, Coelho,Leonardo dos Santos
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972012000100010
Resumo: INTRODUÇÃO: Os benefícios da utilização de cateteres de aspiração de trombos durante intervenção coronária percutânea (ICP) primária, com obtenção de melhor fluxo coronário e perfusão miocárdica e redução da mortalidade tardia, já estão estabelecidos na literatura. No entanto, seu uso na prática clínica parece não estar aplicado a todos os pacientes. Procuramos saber quais variáveis clínicas e angiográficas têm norteado a indicação desses dispositivos na ICP primária em nosso meio. MÉTODOS: No período de agosto de 2006 a novembro de 2010, 558 pacientes foram submetidos consecutivamente a ICP primária. Em 79 pacientes foram utilizados cateteres de aspiração de trombos (grupo 1), comparativamente a 479 pacientes nos quais esses dispositivos não foram aplicados (grupo 2). RESULTADOS: O grupo 1 apresentou predomínio de sexo masculino, tabagistas, infarto agudo do miocárdio (IAM) de maior extensão e lesões trombóticas. O uso de inibidores da glicoproteína IIb/IIIa, da técnica de stent direto e de stents de maior diâmetro e a ocorrência de distúrbios de fluxo coronário transitórios também foram mais frequentes no grupo 1. A taxa de sucesso do procedimento foi alta (93,7% vs. 92,3%; P = 0,4) e similar entre os grupos. Na alta hospitalar, a incidência de eventos cardíacos e cerebrovasculares adversos maiores (6,3% vs. 6,5%; P = 0,6), óbito (5,1% vs. 3,8%; P = 0,58), acidente vascular cerebral (1,3% vs. 0,4%; P = 0,09) e reinfarto (0 vs. 2,3%; P = 0,17) não mostrou diferenças entre os grupos. CONCLUSÕES: Cateteres de aspiração de trombos têm sido utilizados em 15% das ICPs primárias, geralmente nos IAM de maior extensão e com maior carga trombótica. Apesar da maior gravidade clínico-angiográfica desses pacientes, o sucesso do procedimento é alto e semelhante ao dos demais pacientes de menor risco.
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