Impacto da obesidade nos resultados hospitalares da intervenção coronária percutânea: resultados do registro do hospital Bandeirantes

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coelho,Leonardo dos Santos
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Cantarelli,Marcelo José de Carvalho, Castello Jr.,Hélio José, Gioppato,Silvio, Gonçalves,Rosaly, Guimarães,João Batista de Freitas, Ribeiro,Evandro Karlo Pracchia, Silva,Patrícia Teixeira da, Almeida,Roberto Simões de, Vardi,Júlio Cesar Francisco, Barreto,Rodrigo, Gasperi,Ricardo de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972011000400011
Resumo: INTRODUÇÃO: Pacientes obesos podem apresentar melhor evolução pós-intervenção coronária percutânea (ICP) quando comparados àqueles com índice de massa corporal (IMC) normal, o chamado "paradoxo da obesidade". Este estudo teve por objetivo verificar se esse paradoxo ocorre em nosso meio. MÉTODOS: Incluímos neste estudo 4.957 pacientes submetidos consecutivamente a ICP. Os pacientes foram classificados em não-obesos (IMC < 30 kg/m²) e obesos (IMC &gt; 30 kg/m²). Eventos cardíacos e cerebrovasculares adversos maiores (ECCAM) foram registrados na alta hospitalar. RESULTADOS: O grupo de obesos apresentou-se três anos mais jovem, com maior prevalência de fatores de risco para doença arterial coronária, à exceção do tabagismo. A apresentação clínica foi semelhante, prevalecendo os quadros clínicos estáveis. Predominaram os pacientes com acometimento uniarterial, as características de complexidade das lesões não diferiram entre os grupos, à exceção de lesões calcificadas, e a disfunção ventricular esquerda foi menos frequente no grupo de obesos. O diâmetro e a extensão dos stents utilizados foram semelhantes entre os grupos. A taxa de sucesso do procedimento foi alta e similar para obesos e não-obesos. Na alta hospitalar, a incidência de ECCAM (2,5% vs. 2,7%; P = 0,76), óbito hospitalar (1% vs. 1,1%; P = 0,88), acidente vascular cerebral (0,1% vs. 0,1%; P = 0,79), infarto agudo do miocárdio (1,6% vs. 1,8%; P = 0,74) e revascularização miocárdica de emergência (0 vs. 0,1%; P = 0,35) não mostrou diferenças entre os grupos. Idade, diabetes, hipertensão e lesões tipo B2/C foram as variáveis que melhor explicaram a presença de ECCAM. CONCLUSÕES: Em pacientes portadores de doença arterial coronária e submetidos a ICP, o IMC &gt; 30 kg/m² não influenciou o risco de eventos clínicos hospitalares relacionados ao procedimento.
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