Tratamento percutâneo de lesões residuais e complicações em condutos de pacientes submetidos a cirurgia de circuito do tipo Fontan

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Manica,João Luiz
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Bodini,André Luis, Machado,Paulo Renato, Borges,Mônica Scott, Rossi Filho,Raul Ivo
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972010000400014
Resumo: INTRODUÇÃO: A introdução da cirurgia de anastomose cavopulmonar total (ACPT) ou cirurgia de Fontan modificou de forma significativa a história natural de pacientes com cardiopatias complexas não passíveis de reparo biventricular. Entretanto, é conhecido o desenvolvimento de estenoses silenciosas. Além disso, a utilização de condutos fenestrados é uma técnica comumente realizada. O presente estudo relata a experiência de um centro terciário no implante percutâneo de dispositivos em condutos de pacientes com circulação do tipo univentricular. MÉTODO: Entre julho de 2000 e julho de 2010, 12 pacientes receberam dispositivos percutâneos em condutos após cirurgia de Fontan. Os pacientes foram divididos em dois grupos, de acordo com a indicação para o procedimento: 5 pacientes receberam implante de oclusores septais para fechamento de fenestração cirúrgica (grupo 1), 6 pacientes receberam stents para alívio de obstrução de condutos (grupo 2), e 1 paciente recebeu ambos os dispositivos simultaneamente. A média de idade dos pacientes do grupo 1 no momento do procedimento era de 174 ± 53,5 meses e o peso médio era de 30,7 ± 6,8 kg. A média de idade dos pacientes do grupo 2 no momento do procedimento era de 148,5 ± 84,6 meses e o peso médio era de 28,9 ± 19,8 kg. RESULTADOS: No grupo 1, a saturação média passou de 82,6 ± 7,5% para 90,4 ± 7,5% logo após o procedimento (P = 0,001). No grupo 2, a saturação média passou de 81,8 ± 8,9% para 91,3 ± 8,7% (P = 0,01). O menor diâmetro do conduto passou de uma média de 6,9 ± 4,8 mm para 16,6 ± 3,5 mm após o procedimento (P = 0,02). O paciente que realizou ambos os procedimentos simultaneamente teve aumento do menor diâmetro do conduto de 11,7 mm para 16 mm e melhora da saturação sistêmica, passando de 60% para 90%. CONCLUSÃO: O tratamento da obstrução de condutos por meio do implante de stents não-recobertos e a oclusão de fenestrações cirúrgicas com stents recobertos ou dispositivos de AmplatzerTM são procedimentos seguros, com altos índices de sucesso imediato e que se mantêm a médio prazo.
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