Resultados da intervenção coronária percutânea primária em pacientes do Sistema Único de Saúde e da saúde suplementar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Barreto,Rodrigo
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Cantarelli,Marcelo José de Carvalho, Castello Jr.,Hélio José, Gonçalves,Rosaly, Gioppato,Silvio, Guimarães,João Batista de Freitas, Ribeiro,Evandro Karlo Pracchia, Vardi,Júlio César Francisco, Silva,Patricia Teixeira da, Gasperi,Ricardo de, Almeida,Leonardo Cao Cambra de, Coelho,Leonardo dos Santos, Almeida,Roberto Simões de
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2179-83972011000300010
Resumo: INTRODUÇÃO: A intervenção coronária percutânea (ICP) primária é a mais eficaz técnica de reperfusão no infarto agudo do miocárdio (IAM) e seu sucesso depende de múltiplos fatores. Este estudo teve como objetivo avaliar o perfil e comparar os resultados hospitalares da ICP primária entre os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) e da saúde suplementar (SS). MÉTODOS: Entre 2006 e 2010, 493 pacientes foram submetidos a ICP primária, sendo 220 tratados pelo SUS e 273, pela SS. A técnica e a escolha do material ficaram a cargo dos operadores. RESULTADOS: O grupo SUS tinha maior número de pacientes Killip &gt; I. Doença coronária multiarterial, fluxo coronário pré-procedimento TIMI 0/1 e presença de colaterais para o vaso tratado não diferiram entre os grupos. O grupo SS utilizou mais cateteres de aspiração de trombos (10% vs. 20,8%; P < 0,01) e inibidores da glicoproteína IIb/IIIa (24,1% vs. 36,6%; P < 0,01). Não houve diferença em relação ao tempo porta-balão (62,3 minutos vs. 64,2 minutos; P = 0,91). Para os pacientes encaminhados de outros hospitais, no entanto, o tempo de transferência foi maior no SUS (400,8 minutos vs. 262,4 minutos; P < 0,01). O sucesso da ICP e a ocorrência de eventos cardiovasculares e cerebrovasculares maiores (ECCAM) não diferiram entre os grupos (6,3% vs. 6,2%; P = 0,1). Idade, Killip III/IV e tempo de transferência foram as variáveis que melhor explicaram a ocorrência de ECCAM. CONCLUSÕES: As diferenças nos perfis clínico, angiográfico e do procedimento dos pacientes submetidos a ICP primária, atendidos pelo SUS e pela SS, não tiveram impacto nos ECCAM. O tempo de transferência, entretanto, elevado nos dois grupos e maior no grupo SUS, mostrou ser preditor independente de eventos adversos.
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