Avaliação do procedimento de intubação traqueal em unidades de referência de terapia intensiva pediátricas e neonatais
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2004 |
Outros Autores: | , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Jornal de Pediatria (Online) |
Texto Completo: | http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572004000600005 |
Resumo: | OBJETIVO: Descrever a taxa de sucesso e os fenômenos associados ao procedimento de intubação traqueal em duas unidades de terapia intensiva neonatais e duas pediátricas de Porto Alegre. MÉTODOS: Estudo transversal, com etapas retrospectiva e prospectiva, em que foram avaliadas todas as intubações ocorridas durante 6 meses em quatro unidades selecionadas. Realizou-se revisão padronizada de prontuários e entrevista com os médicos responsáveis, para caracterizar o procedimento de intubação. Utilizou-se o teste t para variáveis contínuas com distribuição normal, Mann-Whitney para distribuição assimétrica e o qui-quadrado para variáveis categóricas, com p < 0,05 para comparações entre as unidades. RESULTADOS: Dos 134 procedimentos pediátricos, foram utilizados, respectivamente, sedativos e relaxantes musculares em 89,5 e 3% dos casos contra 24 e 0,9% dos 116 procedimentos neonatais (p < 0,001). Apenas 53,7% das crianças e 31,9% dos recém-nascidos apresentavam relaxamento muscular adequado no momento da intubação. As crianças inadequadamente relaxadas necessitaram mais tentativas de intubação (2,4±1,3 contra 1,7±1,2; p = 0,001), apresentaram mais hipoxemia (20,9% contra 5,5%; p = 0,015) e mais dificuldade para intubação (54,8% versus 25%; p < 0,001). Entre os recém-nascidos inadequadamente relaxados, havia mais casos de urgência e foram necessárias mais tentativas de intubação (2±1,2 versus 1,5±0,9; p = 0,036). Observaram-se dificuldades e complicações em, respectivamente, 38,8 e 28,3% das intubações pediátricas contra 29 e 12% das neonatais. CONCLUSÕES: Observa-se uma grande variabilidade no procedimento de intubação traqueal nas unidades estudadas, sendo marcante o uso infreqüente de relaxantes musculares. O inadequado relaxamento muscular neste procedimento se associa a maior dificuldade, maior número de tentativas de intubação e maior incidência de hipoxemia. |
id |
SBPE-1_3859ed79a83502be8d2ec2e49b2860b4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:scielo:S0021-75572004000600005 |
network_acronym_str |
SBPE-1 |
network_name_str |
Jornal de Pediatria (Online) |
repository_id_str |
|
spelling |
Avaliação do procedimento de intubação traqueal em unidades de referência de terapia intensiva pediátricas e neonataisIntubação traquealpediatriasedaçãorelaxante muscularneonatoinsuficiência respiratóriaOBJETIVO: Descrever a taxa de sucesso e os fenômenos associados ao procedimento de intubação traqueal em duas unidades de terapia intensiva neonatais e duas pediátricas de Porto Alegre. MÉTODOS: Estudo transversal, com etapas retrospectiva e prospectiva, em que foram avaliadas todas as intubações ocorridas durante 6 meses em quatro unidades selecionadas. Realizou-se revisão padronizada de prontuários e entrevista com os médicos responsáveis, para caracterizar o procedimento de intubação. Utilizou-se o teste t para variáveis contínuas com distribuição normal, Mann-Whitney para distribuição assimétrica e o qui-quadrado para variáveis categóricas, com p < 0,05 para comparações entre as unidades. RESULTADOS: Dos 134 procedimentos pediátricos, foram utilizados, respectivamente, sedativos e relaxantes musculares em 89,5 e 3% dos casos contra 24 e 0,9% dos 116 procedimentos neonatais (p < 0,001). Apenas 53,7% das crianças e 31,9% dos recém-nascidos apresentavam relaxamento muscular adequado no momento da intubação. As crianças inadequadamente relaxadas necessitaram mais tentativas de intubação (2,4±1,3 contra 1,7±1,2; p = 0,001), apresentaram mais hipoxemia (20,9% contra 5,5%; p = 0,015) e mais dificuldade para intubação (54,8% versus 25%; p < 0,001). Entre os recém-nascidos inadequadamente relaxados, havia mais casos de urgência e foram necessárias mais tentativas de intubação (2±1,2 versus 1,5±0,9; p = 0,036). Observaram-se dificuldades e complicações em, respectivamente, 38,8 e 28,3% das intubações pediátricas contra 29 e 12% das neonatais. CONCLUSÕES: Observa-se uma grande variabilidade no procedimento de intubação traqueal nas unidades estudadas, sendo marcante o uso infreqüente de relaxantes musculares. O inadequado relaxamento muscular neste procedimento se associa a maior dificuldade, maior número de tentativas de intubação e maior incidência de hipoxemia.Sociedade Brasileira de Pediatria2004-01-01info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersiontext/htmlhttp://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572004000600005Jornal de Pediatria v.80 n.5 2004reponame:Jornal de Pediatria (Online)instname:Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)instacron:SBPE10.2223/JPED.1238info:eu-repo/semantics/openAccessBonow,Fernanda P.Piva,Jefferson PedroGarcia,Pedro Celiny R.Eckert,Guilherme U.por2004-12-01T00:00:00Zoai:scielo:S0021-75572004000600005Revistahttp://www.jped.com.br/https://old.scielo.br/oai/scielo-oai.php||jped@jped.com.br1678-47820021-7557opendoar:2004-12-01T00:00Jornal de Pediatria (Online) - Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Avaliação do procedimento de intubação traqueal em unidades de referência de terapia intensiva pediátricas e neonatais |
title |
Avaliação do procedimento de intubação traqueal em unidades de referência de terapia intensiva pediátricas e neonatais |
spellingShingle |
Avaliação do procedimento de intubação traqueal em unidades de referência de terapia intensiva pediátricas e neonatais Bonow,Fernanda P. Intubação traqueal pediatria sedação relaxante muscular neonato insuficiência respiratória |
title_short |
Avaliação do procedimento de intubação traqueal em unidades de referência de terapia intensiva pediátricas e neonatais |
title_full |
Avaliação do procedimento de intubação traqueal em unidades de referência de terapia intensiva pediátricas e neonatais |
title_fullStr |
Avaliação do procedimento de intubação traqueal em unidades de referência de terapia intensiva pediátricas e neonatais |
title_full_unstemmed |
Avaliação do procedimento de intubação traqueal em unidades de referência de terapia intensiva pediátricas e neonatais |
title_sort |
Avaliação do procedimento de intubação traqueal em unidades de referência de terapia intensiva pediátricas e neonatais |
author |
Bonow,Fernanda P. |
author_facet |
Bonow,Fernanda P. Piva,Jefferson Pedro Garcia,Pedro Celiny R. Eckert,Guilherme U. |
author_role |
author |
author2 |
Piva,Jefferson Pedro Garcia,Pedro Celiny R. Eckert,Guilherme U. |
author2_role |
author author author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Bonow,Fernanda P. Piva,Jefferson Pedro Garcia,Pedro Celiny R. Eckert,Guilherme U. |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Intubação traqueal pediatria sedação relaxante muscular neonato insuficiência respiratória |
topic |
Intubação traqueal pediatria sedação relaxante muscular neonato insuficiência respiratória |
description |
OBJETIVO: Descrever a taxa de sucesso e os fenômenos associados ao procedimento de intubação traqueal em duas unidades de terapia intensiva neonatais e duas pediátricas de Porto Alegre. MÉTODOS: Estudo transversal, com etapas retrospectiva e prospectiva, em que foram avaliadas todas as intubações ocorridas durante 6 meses em quatro unidades selecionadas. Realizou-se revisão padronizada de prontuários e entrevista com os médicos responsáveis, para caracterizar o procedimento de intubação. Utilizou-se o teste t para variáveis contínuas com distribuição normal, Mann-Whitney para distribuição assimétrica e o qui-quadrado para variáveis categóricas, com p < 0,05 para comparações entre as unidades. RESULTADOS: Dos 134 procedimentos pediátricos, foram utilizados, respectivamente, sedativos e relaxantes musculares em 89,5 e 3% dos casos contra 24 e 0,9% dos 116 procedimentos neonatais (p < 0,001). Apenas 53,7% das crianças e 31,9% dos recém-nascidos apresentavam relaxamento muscular adequado no momento da intubação. As crianças inadequadamente relaxadas necessitaram mais tentativas de intubação (2,4±1,3 contra 1,7±1,2; p = 0,001), apresentaram mais hipoxemia (20,9% contra 5,5%; p = 0,015) e mais dificuldade para intubação (54,8% versus 25%; p < 0,001). Entre os recém-nascidos inadequadamente relaxados, havia mais casos de urgência e foram necessárias mais tentativas de intubação (2±1,2 versus 1,5±0,9; p = 0,036). Observaram-se dificuldades e complicações em, respectivamente, 38,8 e 28,3% das intubações pediátricas contra 29 e 12% das neonatais. CONCLUSÕES: Observa-se uma grande variabilidade no procedimento de intubação traqueal nas unidades estudadas, sendo marcante o uso infreqüente de relaxantes musculares. O inadequado relaxamento muscular neste procedimento se associa a maior dificuldade, maior número de tentativas de intubação e maior incidência de hipoxemia. |
publishDate |
2004 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2004-01-01 |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/article |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
format |
article |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572004000600005 |
url |
http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-75572004000600005 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
10.2223/JPED.1238 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
text/html |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Pediatria |
publisher.none.fl_str_mv |
Sociedade Brasileira de Pediatria |
dc.source.none.fl_str_mv |
Jornal de Pediatria v.80 n.5 2004 reponame:Jornal de Pediatria (Online) instname:Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) instacron:SBPE |
instname_str |
Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) |
instacron_str |
SBPE |
institution |
SBPE |
reponame_str |
Jornal de Pediatria (Online) |
collection |
Jornal de Pediatria (Online) |
repository.name.fl_str_mv |
Jornal de Pediatria (Online) - Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) |
repository.mail.fl_str_mv |
||jped@jped.com.br |
_version_ |
1752122315533975552 |