Differential reporting of discriminatory experiences in Brazil and the United States.

Bibliographic Details
Main Author: Burgard, Sarah
Publication Date: 2017
Other Authors: Castiglione, Debora de Pina, Lin, Katherine Y., Nobre, Aline A., Aquino, Estela M. L. et al.
Format: Article
Language: eng
Source: Repositório Institucional da UFBA
Download full: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26855
Summary: Há poucos estudos comparativos entre países sobre a experiência com a discriminação percebida, e poucos examinaram a maneira pela qual as identidades interseccionais configuram a percepção do tratamento discriminatório nas diferentes sociedades. Com base em dados do ELSA-Brasil (um estudo de funcionários públicos brasileiros) e do Americans’ Changing Lives Study (em uma amostra nacional representativa de adultos americanos), os autores comparam os relatos de grupos diferentes em relação à discriminação sofrida ao longo da vida, de acordo com raça e gênero, em cada sociedade. O estudo também investiga se o grau de escolaridade explica as diferenças entre grupos, ou se as diferenças dentro do mesmo grupo variam de acordo com a escolaridade. Os resultados mostram uma percepção maior de discriminação entre indivíduos negros em ambos os países, principalmente homens negros, comparado com brancos, além de menos relatos de discriminação sofrida por mulheres brancas comparado com homens brancos. No Brasil, mulheres e homens pardos relataram maiores níveis de discriminação em comparação com homens brancos. Com exceção de homens brancos, para todos os grupos analisados por raça e gênero, os relatos de discriminação foram mais frequentes entre os mais escolarizados, embora o ajuste por diferenças de escolaridade dentro dos grupos não explicasse as diferenças entre grupos. No Brasil, encontramos as maiores disparidades raciais entre indivíduos com nível superior, enquanto nos Estados Unidos, os homens negros relatavam mais discriminação do que os homens brancos, independentemente de grau de escolaridade. Os resultados revelam semelhanças gerais entre os dois países, apesar de importantes diferenças históricas. A abordagem interseccional contribuiu para a identificação dessas semelhanças e de algumas diferenças nas experiências com a discriminação. Os achados do estudo têm implicações importantes para a vigilância social e sanitária, assim como, para intervenções voltadas ao enfrentamento das consequências danosas da discriminação.
id UFBA-2_c210152a49f4fa4b862d27fa27fa6b5d
oai_identifier_str oai:repositorio.ufba.br:ri/26855
network_acronym_str UFBA-2
network_name_str Repositório Institucional da UFBA
repository_id_str 1932
spelling Burgard, SarahCastiglione, Debora de PinaLin, Katherine Y.Nobre, Aline A.Aquino, Estela M. L. et al.Burgard, SarahCastiglione, Debora de PinaLin, Katherine Y.Nobre, Aline A.Aquino, Estela M. L. et al.2018-08-06T13:49:39Z2018-08-06T13:49:39Z20171678-4464http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26855Cad. Saúde Pública, v.33, supl.1, p.1-14Há poucos estudos comparativos entre países sobre a experiência com a discriminação percebida, e poucos examinaram a maneira pela qual as identidades interseccionais configuram a percepção do tratamento discriminatório nas diferentes sociedades. Com base em dados do ELSA-Brasil (um estudo de funcionários públicos brasileiros) e do Americans’ Changing Lives Study (em uma amostra nacional representativa de adultos americanos), os autores comparam os relatos de grupos diferentes em relação à discriminação sofrida ao longo da vida, de acordo com raça e gênero, em cada sociedade. O estudo também investiga se o grau de escolaridade explica as diferenças entre grupos, ou se as diferenças dentro do mesmo grupo variam de acordo com a escolaridade. Os resultados mostram uma percepção maior de discriminação entre indivíduos negros em ambos os países, principalmente homens negros, comparado com brancos, além de menos relatos de discriminação sofrida por mulheres brancas comparado com homens brancos. No Brasil, mulheres e homens pardos relataram maiores níveis de discriminação em comparação com homens brancos. Com exceção de homens brancos, para todos os grupos analisados por raça e gênero, os relatos de discriminação foram mais frequentes entre os mais escolarizados, embora o ajuste por diferenças de escolaridade dentro dos grupos não explicasse as diferenças entre grupos. No Brasil, encontramos as maiores disparidades raciais entre indivíduos com nível superior, enquanto nos Estados Unidos, os homens negros relatavam mais discriminação do que os homens brancos, independentemente de grau de escolaridade. Os resultados revelam semelhanças gerais entre os dois países, apesar de importantes diferenças históricas. A abordagem interseccional contribuiu para a identificação dessas semelhanças e de algumas diferenças nas experiências com a discriminação. Os achados do estudo têm implicações importantes para a vigilância social e sanitária, assim como, para intervenções voltadas ao enfrentamento das consequências danosas da discriminação.Submitted by Maria Creuza Silva (mariakreuza@yahoo.com.br) on 2018-08-06T13:49:39Z No. of bitstreams: 1 Sarah Burgard et al. 2017.pdf: 221729 bytes, checksum: 8f06e8ff654f6d49d759c592d0258ebf (MD5)Made available in DSpace on 2018-08-06T13:49:39Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Sarah Burgard et al. 2017.pdf: 221729 bytes, checksum: 8f06e8ff654f6d49d759c592d0258ebf (MD5) Previous issue date: 2017Rio de JaneiroFiocruzBrasilhttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2017001305001reponame:Repositório Institucional da UFBAinstname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)instacron:UFBADiscriminação SocialGrupos ÉtnicosSexismoSocial DiscriminationEthnic GroupsSexismDifferential reporting of discriminatory experiences in Brazil and the United States.info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessengORIGINALSarah Burgard et al. 2017.pdfSarah Burgard et al. 2017.pdfapplication/pdf221729https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/26855/1/Sarah%20Burgard%20et%20al.%202017.pdf8f06e8ff654f6d49d759c592d0258ebfMD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain1345https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/26855/2/license.txtff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0MD52TEXTSarah Burgard et al. 2017.pdf.txtSarah Burgard et al. 2017.pdf.txtExtracted texttext/plain57771https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/26855/3/Sarah%20Burgard%20et%20al.%202017.pdf.txt215f7f823ad2fc6ec3eb60e93672b002MD53ri/268552022-07-05 14:03:59.117oai:repositorio.ufba.br:ri/26855VGVybW8gZGUgTGljZW7vv71hLCBu77+9byBleGNsdXNpdm8sIHBhcmEgbyBkZXDvv71zaXRvIG5vIFJlcG9zaXTvv71yaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRkJBLgoKIFBlbG8gcHJvY2Vzc28gZGUgc3VibWlzc++/vW8gZGUgZG9jdW1lbnRvcywgbyBhdXRvciBvdSBzZXUgcmVwcmVzZW50YW50ZSBsZWdhbCwgYW8gYWNlaXRhciAKZXNzZSB0ZXJtbyBkZSBsaWNlbu+/vWEsIGNvbmNlZGUgYW8gUmVwb3NpdO+/vXJpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVuaXZlcnNpZGFkZSBGZWRlcmFsIGRhIEJhaGlhIApvIGRpcmVpdG8gZGUgbWFudGVyIHVtYSBj77+9cGlhIGVtIHNldSByZXBvc2l077+9cmlvIGNvbSBhIGZpbmFsaWRhZGUsIHByaW1laXJhLCBkZSBwcmVzZXJ2Ye+/ve+/vW8uIApFc3NlcyB0ZXJtb3MsIG7vv71vIGV4Y2x1c2l2b3MsIG1hbnTvv71tIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlIGF1dG9yL2NvcHlyaWdodCwgbWFzIGVudGVuZGUgbyBkb2N1bWVudG8gCmNvbW8gcGFydGUgZG8gYWNlcnZvIGludGVsZWN0dWFsIGRlc3NhIFVuaXZlcnNpZGFkZS4KCiBQYXJhIG9zIGRvY3VtZW50b3MgcHVibGljYWRvcyBjb20gcmVwYXNzZSBkZSBkaXJlaXRvcyBkZSBkaXN0cmlidWnvv73vv71vLCBlc3NlIHRlcm1vIGRlIGxpY2Vu77+9YSAKZW50ZW5kZSBxdWU6CgogTWFudGVuZG8gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIHJlcGFzc2Fkb3MgYSB0ZXJjZWlyb3MsIGVtIGNhc28gZGUgcHVibGljYe+/ve+/vWVzLCBvIHJlcG9zaXTvv71yaW8KcG9kZSByZXN0cmluZ2lyIG8gYWNlc3NvIGFvIHRleHRvIGludGVncmFsLCBtYXMgbGliZXJhIGFzIGluZm9ybWHvv73vv71lcyBzb2JyZSBvIGRvY3VtZW50bwooTWV0YWRhZG9zIGVzY3JpdGl2b3MpLgoKIERlc3RhIGZvcm1hLCBhdGVuZGVuZG8gYW9zIGFuc2Vpb3MgZGVzc2EgdW5pdmVyc2lkYWRlIGVtIG1hbnRlciBzdWEgcHJvZHXvv73vv71vIGNpZW5077+9ZmljYSBjb20gCmFzIHJlc3Ryae+/ve+/vWVzIGltcG9zdGFzIHBlbG9zIGVkaXRvcmVzIGRlIHBlcmnvv71kaWNvcy4KCiBQYXJhIGFzIHB1YmxpY2Hvv73vv71lcyBzZW0gaW5pY2lhdGl2YXMgcXVlIHNlZ3VlbSBhIHBvbO+/vXRpY2EgZGUgQWNlc3NvIEFiZXJ0bywgb3MgZGVw77+9c2l0b3MgCmNvbXB1bHPvv71yaW9zIG5lc3NlIHJlcG9zaXTvv71yaW8gbWFudO+/vW0gb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMsIG1hcyBtYW5077+9bSBhY2Vzc28gaXJyZXN0cml0byAKYW8gbWV0YWRhZG9zIGUgdGV4dG8gY29tcGxldG8uIEFzc2ltLCBhIGFjZWl0Ye+/ve+/vW8gZGVzc2UgdGVybW8gbu+/vW8gbmVjZXNzaXRhIGRlIGNvbnNlbnRpbWVudG8KIHBvciBwYXJ0ZSBkZSBhdXRvcmVzL2RldGVudG9yZXMgZG9zIGRpcmVpdG9zLCBwb3IgZXN0YXJlbSBlbSBpbmljaWF0aXZhcyBkZSBhY2Vzc28gYWJlcnRvLgo=Repositório InstitucionalPUBhttp://192.188.11.11:8080/oai/requestopendoar:19322022-07-05T17:03:59Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Differential reporting of discriminatory experiences in Brazil and the United States.
title Differential reporting of discriminatory experiences in Brazil and the United States.
spellingShingle Differential reporting of discriminatory experiences in Brazil and the United States.
Burgard, Sarah
Discriminação Social
Grupos Étnicos
Sexismo
Social Discrimination
Ethnic Groups
Sexism
title_short Differential reporting of discriminatory experiences in Brazil and the United States.
title_full Differential reporting of discriminatory experiences in Brazil and the United States.
title_fullStr Differential reporting of discriminatory experiences in Brazil and the United States.
title_full_unstemmed Differential reporting of discriminatory experiences in Brazil and the United States.
title_sort Differential reporting of discriminatory experiences in Brazil and the United States.
author Burgard, Sarah
author_facet Burgard, Sarah
Castiglione, Debora de Pina
Lin, Katherine Y.
Nobre, Aline A.
Aquino, Estela M. L. et al.
author_role author
author2 Castiglione, Debora de Pina
Lin, Katherine Y.
Nobre, Aline A.
Aquino, Estela M. L. et al.
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Burgard, Sarah
Castiglione, Debora de Pina
Lin, Katherine Y.
Nobre, Aline A.
Aquino, Estela M. L. et al.
Burgard, Sarah
Castiglione, Debora de Pina
Lin, Katherine Y.
Nobre, Aline A.
Aquino, Estela M. L. et al.
dc.subject.por.fl_str_mv Discriminação Social
Grupos Étnicos
Sexismo
Social Discrimination
Ethnic Groups
Sexism
topic Discriminação Social
Grupos Étnicos
Sexismo
Social Discrimination
Ethnic Groups
Sexism
description Há poucos estudos comparativos entre países sobre a experiência com a discriminação percebida, e poucos examinaram a maneira pela qual as identidades interseccionais configuram a percepção do tratamento discriminatório nas diferentes sociedades. Com base em dados do ELSA-Brasil (um estudo de funcionários públicos brasileiros) e do Americans’ Changing Lives Study (em uma amostra nacional representativa de adultos americanos), os autores comparam os relatos de grupos diferentes em relação à discriminação sofrida ao longo da vida, de acordo com raça e gênero, em cada sociedade. O estudo também investiga se o grau de escolaridade explica as diferenças entre grupos, ou se as diferenças dentro do mesmo grupo variam de acordo com a escolaridade. Os resultados mostram uma percepção maior de discriminação entre indivíduos negros em ambos os países, principalmente homens negros, comparado com brancos, além de menos relatos de discriminação sofrida por mulheres brancas comparado com homens brancos. No Brasil, mulheres e homens pardos relataram maiores níveis de discriminação em comparação com homens brancos. Com exceção de homens brancos, para todos os grupos analisados por raça e gênero, os relatos de discriminação foram mais frequentes entre os mais escolarizados, embora o ajuste por diferenças de escolaridade dentro dos grupos não explicasse as diferenças entre grupos. No Brasil, encontramos as maiores disparidades raciais entre indivíduos com nível superior, enquanto nos Estados Unidos, os homens negros relatavam mais discriminação do que os homens brancos, independentemente de grau de escolaridade. Os resultados revelam semelhanças gerais entre os dois países, apesar de importantes diferenças históricas. A abordagem interseccional contribuiu para a identificação dessas semelhanças e de algumas diferenças nas experiências com a discriminação. Os achados do estudo têm implicações importantes para a vigilância social e sanitária, assim como, para intervenções voltadas ao enfrentamento das consequências danosas da discriminação.
publishDate 2017
dc.date.issued.fl_str_mv 2017
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2018-08-06T13:49:39Z
dc.date.available.fl_str_mv 2018-08-06T13:49:39Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26855
dc.identifier.issn.none.fl_str_mv 1678-4464
dc.identifier.number.pt_BR.fl_str_mv Cad. Saúde Pública, v.33, supl.1, p.1-14
identifier_str_mv 1678-4464
Cad. Saúde Pública, v.33, supl.1, p.1-14
url http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26855
dc.language.iso.fl_str_mv eng
language eng
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Fiocruz
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Fiocruz
dc.source.pt_BR.fl_str_mv http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2017001305001
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFBA
instname:Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron:UFBA
instname_str Universidade Federal da Bahia (UFBA)
instacron_str UFBA
institution UFBA
reponame_str Repositório Institucional da UFBA
collection Repositório Institucional da UFBA
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/26855/1/Sarah%20Burgard%20et%20al.%202017.pdf
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/26855/2/license.txt
https://repositorio.ufba.br/bitstream/ri/26855/3/Sarah%20Burgard%20et%20al.%202017.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 8f06e8ff654f6d49d759c592d0258ebf
ff6eaa8b858ea317fded99f125f5fcd0
215f7f823ad2fc6ec3eb60e93672b002
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFBA - Universidade Federal da Bahia (UFBA)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1798057751754047488