Dois caminhos de leitura dos livros ilustrados: Menina Bonita do Laço de Fita e Niña Bonita, de Ana Maria Machado
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Revista Letras Raras |
Texto Completo: | https://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/2012 |
Resumo: | Este artigo analisa a relação entre as narrativas textuais e visuais propostas em dois projetos gráficos: Menina Bonita do Laço de Fita (1996), de Ana Maria Machado, editado no Brasil pela Ática e sua tradução Niña Bonita (2004), realizada por Verónica Uribe, publicado por Ediciones Ekaré, Venezuela. Os objetivos de análise são: 1) refletir sobre a imagem da criança negra em dois livros ilustrados publicados em países diferentes da América Latina e 2) discutir sobre a narrativa visual como produtora de novos sentidos na composição de um projeto gráfico em português e em sua tradução para o espanhol. Tal análise se justifica, pois ambos os países latino-americanos passaram por longos processos de escravidão que provocaram marcas estruturais de racismo nessas sociedades. Assim sendo, considerar os contextos de produção dos livros infantis que compõem o corpus de investigação se torna relevante na medida em que reproduzem diferentes imagens da criança negra como personagem e de seus espaços de circulação. Na narrativa brasileira, a espacialização não está evidenciada na ilustração, enquanto a edição venezuelana insere a história no ambiente rural. Pontua-se que no texto verbal não há afastamento do original em português, já as propostas visuais imprimem nos livros ilustrados novos sentidos, confirmando, portanto, sua característica como objeto sincrético (NIKOLAJEVA e Scott, 2011). A análise pautou-se em teóricos como Colomer (2002) e Nikolajeva e Scott (2011) para refletir acerca do livro ilustrado para crianças e em Fanon (2008) e Canclini (2003) para discutir sobre a imagem da criança negra. |
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Dois caminhos de leitura dos livros ilustrados: Menina Bonita do Laço de Fita e Niña Bonita, de Ana Maria MachadoTraduçãoLiteratura InfantilLivro Ilustrado Este artigo analisa a relação entre as narrativas textuais e visuais propostas em dois projetos gráficos: Menina Bonita do Laço de Fita (1996), de Ana Maria Machado, editado no Brasil pela Ática e sua tradução Niña Bonita (2004), realizada por Verónica Uribe, publicado por Ediciones Ekaré, Venezuela. Os objetivos de análise são: 1) refletir sobre a imagem da criança negra em dois livros ilustrados publicados em países diferentes da América Latina e 2) discutir sobre a narrativa visual como produtora de novos sentidos na composição de um projeto gráfico em português e em sua tradução para o espanhol. Tal análise se justifica, pois ambos os países latino-americanos passaram por longos processos de escravidão que provocaram marcas estruturais de racismo nessas sociedades. Assim sendo, considerar os contextos de produção dos livros infantis que compõem o corpus de investigação se torna relevante na medida em que reproduzem diferentes imagens da criança negra como personagem e de seus espaços de circulação. Na narrativa brasileira, a espacialização não está evidenciada na ilustração, enquanto a edição venezuelana insere a história no ambiente rural. Pontua-se que no texto verbal não há afastamento do original em português, já as propostas visuais imprimem nos livros ilustrados novos sentidos, confirmando, portanto, sua característica como objeto sincrético (NIKOLAJEVA e Scott, 2011). A análise pautou-se em teóricos como Colomer (2002) e Nikolajeva e Scott (2011) para refletir acerca do livro ilustrado para crianças e em Fanon (2008) e Canclini (2003) para discutir sobre a imagem da criança negra. Editora Universitaria da UFCG2021-05-29info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionArtigo avaliado pelos paresapplication/pdfhttps://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/201210.5281/zenodo.10135423Revista Letras Raras; Vol. 10 No. 2 (2021): Dossiê: Produção e correção de textos mediadas por tecnologias digitais: possibilidades e desafios; 211-230Revista Letras Raras; Vol. 10 Núm. 2 (2021): Dossiê: Produção e correção de textos mediadas por tecnologias digitais: possibilidades e desafios; 211-230Revista Letras Raras; Vol. 10 No 2 (2021): Dossiê: Produção e correção de textos mediadas por tecnologias digitais: possibilidades e desafios; 211-230Revista Letras Raras; v. 10 n. 2 (2021): Dossiê: Produção e correção de textos mediadas por tecnologias digitais: possibilidades e desafios; 211-2302317-2347reponame:Revista Letras Rarasinstname:Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)instacron:UFCGporhttps://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/article/view/2012/1912© 2023 Revista Letras Rarashttps://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0info:eu-repo/semantics/openAccessCortez, MarianaFerreira, Sandra de Oliveira2023-11-18T00:36:48Zoai:ojs2.revistas.editora.ufcg.edu.br:article/2012Revistahttps://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLRPUBhttps://revistas.editora.ufcg.edu.br/index.php/RLR/oai||letrasrarasufcg@gmail.com2317-23472317-2347opendoar:2023-11-18T00:36:48Revista Letras Raras - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)false |
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