O ensino remoto de química para alunos surdos na perspectiva de professores, alunos e intérpretes.

• Autor(a) principal: OLIVEIRA, Adrielly de Castro Silva.
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCG
• Texto Completo: http://dspace.sti.ufcg.edu.br:8080/jspui/handle/riufcg/21626
• topic: Educação especial; Ensino de química; Química – ensino remoto; Ensino de química – alunos surdos; Discente - especial; Aluno surdo – ensino remoto - química; Inclusão; Chemistry teaching; Chemistry – remote teaching; Teaching of chemistry – deaf students; Student - Special; Deaf student - teaching remote - chemistry; Inclusion; Enseñanza de la química; Química - Enseñanza a distancia; Enseñanza de química - estudiantes sordos; Estudiante - Especial; Estudiante sordo - enseñanza remoto - química; Ensino remoto; Educação especial de surdos

Em virtude dos pressupostos das leis e diretrizes referentes à inclusão educacional de alunos com necessidades específicas decorrentes de deficiências, escolas públicas passaram a realizar o acesso e a inclusão das pessoas com deficiências no âmbito escolar, onde destaca-se, com frequência, a presença dos alunos com deficiência auditiva. A presente pesquisa foi realizada durante o atual cenário de pandemia do novo vírus da Sars-Cov-2 (coronavírus), na ocasião em que as normativas adotadas pelo Ministério da Saúde recomendaram a substituição das aulas presenciais pelo ensino na modalidade remota, como propósito de promover o distanciamento social, necessário para a contenção da pandemia. Diante desse contexto, a pesquisa em questão objetivou investigar o processo de inclusão do aluno surdo nas aulas e atividades remotas de Química, na rede pública de ensino, pautando-se em bases sócio-históricos e culturais da comunidade surda e considerando o contexto da educação especial na perspectiva inclusiva. Nesse sentido, esta investigação realizou-se baseada nos seguintes questionamentos: Como as aulas de química estão sendo ministradas? Quais têm sido os métodos e recursos inclusivos utilizados por professores para que os alunos surdos participem das aulas remotas? Qual tem sido a visão dos docentes, dos discentes surdos e dos intérpretes acerca das aulas de química no ensino à distância? Quais são as principais dificuldades e vantagens encontradas pelos alunos surdos nessa nova modalidade de ensino? A pesquisa em questão foi realizada em uma turma de 2o série do ensino médio regular de uma escola pública do município de Nova Floresta – PB, assim como, em uma turma mista de nível médio técnico de uma escola pública, localizada no município de Cuité – PB. Obteve-se a contribuição de nove participantes, dentre estes: quatro professores de Química, dois intérpretes e três alunos surdos. No que se refere à concepções dos professores, intérpretes e alunos, todos concordaram que professores de Química devem ter o conhecimento básico sobre a Libras e que, apesar das dificuldades em conseguir relacionar o conteúdo aos poucos e sinais existentes para as nomenclaturas Químicas, verificou-se que o ensino remoto pode proporcionar aos alunos surdos novas perspectivas no estudo de Química, facilitado pelos novos recursos e métodos pedagógicos adotadas agora pelos professores, que estimulam a visualização de aspectos relacionados aos conteúdos, aumentando consideravelmente as chances do aluno aprender. Ao final da pesquisa, conclui-se que outras metodologias de ensino devem ser desenvolvidas e utilizadas com mais frequência na área do ensino de Química, pois os pressupostos da educação inclusiva favorecem a todos os alunos, na medida que se aplicam no contexto do ensino regular, favorecendo o desenvolvimento de práticas institucionais e pedagógicas que garantam a qualidade do ensino para todos, o que ressalta a necessidade de iniciativas que viabilizem a elaboração de terminologias químicas na Língua Brasileira de Sinais.