AvaliaÃÃo das aÃÃes de controle da transmissÃo vertical do HIV/AIDS entre puÃrperas atendidas em uma maternidade de Fortaleza-ce.

• Main Author: LÃa Maria Moura Barroso
• Publication Date: 2005
• Format: Master thesis
• Language: por
• Source: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
• Download full: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=391
• topic: AvaliaÃÃo; HIV; SÃndrome de ImunodeficiÃncia Adquirida; TransmissÃo vertical de doenÃa; PuerpÃrio; Evaluation; HIV; Acquired Immunodeficiency Syndome; Disease transmission vertical; Puerperium; ENFERMAGEM

As mulheres em idade fÃrtil tÃm sido alvo da contaminaÃÃo pelo vÃrus da imunodeficiÃncia adquirida (HIV), o que requer atenÃÃo especial, principalmente na gestaÃÃo, pois hà o risco da transmissÃo vertical (TV) do HIV. A terapia combinada de alta potÃncia se mostrou decisiva na reduÃÃo da taxa de TV, porÃm as medidas de controle nÃo sÃo satisfatÃrias. Objetivou-se avaliar as aÃÃes de controle da TV do HIV em uma maternidade pÃblica. Trata-se de pesquisa do tipo descritiva, exploratÃria e avaliativa. Para abordagem do estudo utilizou-se a complementaridade da pesquisa qualitativa e quantitativa. Coletou-se os dados na Maternidade Escola Assis Chateaubriand (MEAC), localizada em Fortaleza-CearÃ, no perÃodo de setembro a dezembro de 2004. A populaÃÃo do estudo constou de oito puÃrperas com infecÃÃo pelo HIV e oito profissionais que prestaram assistÃncia a estas puÃrperas. Utilizou-se como tÃcnicas de coleta de dados a observaÃÃo estruturada e a entrevista, que seguiram um roteiro de observaÃÃo estruturada e um roteiro de entrevista semi-estruturada. Os dados quantitativos foram analisados e dispostos em tabelas; e os qualitativos analisados e organizados atravÃs da proposta de anÃlise de conteÃdo. Obedeceu-se os aspectos Ãticos da pesquisa com seres humanos, uma vez que todos os sujeitos assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido. A maioria das puÃrperas tinha entre 22 e 29 anos, era solteira, com uniÃo estÃvel e procedente do interior, possuÃa baixa escolaridade, tinha entre um e dois filhos; sabia do diagnÃstico a menos de um ano, informou seis ou mais consultas de prÃ-natal e participou de acompanhamento especializado. Pouca parcela das gestantes iniciou a terapia anti-retroviral no perÃodo recomendado e sabia informar sobre a sorologia do parceiro. A maternidade disponibilizou o tratamento para todas as gestantes no momento do trabalho de parto e no parto. Seis profissionais de saÃde que prestava assistÃncia era enfermeiro, encontrava-se entre 26 e 49 anos de idade, a maioria fez referÃncia ao tempo de formaÃÃo entre um e nove anos e de trabalho na maternidade entre um e 15 anos; a minoria recebeu algum tipo de treinamento sobre TV. Identificou-se que os profissionais de saÃde deixaram de realizar aconselhamento e orientaÃÃes sobre preparo da fÃrmula infantil, alimentos e seguimento do recÃm-nascido, sobre consulta puerperal e adesÃo ao tratamento. A instituiÃÃo tinha quantidade insuficiente de alguns insumos, como atadura e inibidor de lactaÃÃo, e centralizava o preenchimento das fichas de investigaÃÃo no nÃcleo de vigilÃncia epidemiolÃgica. Estes resultados nortearÃo o planejamento de intervenÃÃes para futuras aÃÃes, com vistas à melhoria da qualidade na assistÃncia Ãs gestantes com HIV/aids. Sugere-se a criaÃÃo de uma estrutura organizacional e funcional para a implementaÃÃo de protocolos, capacitaÃÃes, reuniÃes de avaliaÃÃo, atuaÃÃo responsÃvel dos enfermeiros, determinaÃÃo de fluxo de atendimento e elaboraÃÃo de um manual direcionado aos profissionais de saÃde.