Modelo de comunicaÃÃo verbal com o cego: desenvolvimento e validaÃÃo em consulta de enfermagem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Katia Neyla de Freitas MacÃdo
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3468
Resumo: Embora o cego tenha limitaÃÃes, isso nÃo pode impedir sua comunicaÃÃo e seu relacionamento com outras pessoas. PorÃm na formaÃÃo acadÃmica os profissionais da saÃde, a exemplo dos enfermeiros, nÃo sÃo preparados para cuidar de cegos. Assim, objetivou-se validar um Modelo de ComunicaÃÃo Verbal com o Cego e o Enfermeiro à luz da Teoria de Roman Jakobson. Estudo quantitativo, com abordagem metodolÃgica realizado por meio de filmagens no LabCom_SaÃde no Departamento de Enfermagem da UFC, de dezembro/2007 a dezembro/2008. O ambiente foi organizado com vistas a se aproximar das condiÃÃes ideais de uma sala de consulta de enfermagem para triagem de pessoas cegas e com diabetes. Participaram 30 enfermeiros recÃm-formados e concludentes do curso de graduaÃÃo em Enfermagem e 30 cegos de ambos os olhos e seus acompanhantes. AlÃm desses, colaboraram na pesquisa os especialistas que avaliaram o modelo e os juÃzes que analisaram as filmagens, observada a titulaÃÃo, produÃÃo cientÃfica e atuaÃÃo na temÃtica. ApÃs a construÃÃo, o modelo foi avaliado por trÃs especialistas para validaÃÃo aparente e de conteÃdo. Feito o julgamento, incorporaram-se as modificaÃÃes. Para o teste do modelo realizaram-se 30 consultas de enfermagem registradas e filmadas. Destas, 15 foram de responsabilidade de enfermeiros nÃo-treinados e 15 de treinados. As filmagens foram analisadas por trÃs juÃzes, enfermeiras treinadas no Modelo de ComunicaÃÃo. Atentou-se para todos os princÃpios da ResoluÃÃo 196/96. Os dados foram processados no programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versÃo 14.0 e analisados por meio de tabelas univariadas com freqÃÃncia relativa e porcentagens. Dos enfermeiros, 17 (56,7%) tinham idade entre 22 e 25 anos, a maioria, 26 (86,7%), era do sexo feminino. Dos cegos, 8 (26,7%) estavam na faixa etÃria entre 39 e 49 anos e a maioria, 16 (53,4%), era do sexo feminino; 20 (66,7%) ficaram cegos entre 21 e 35 anos. A construÃÃo do modelo desenvolveu-se em quatro momentos: diretrizes gerais; acolhimento; processo de enfermagem; encerramento. Nas diretrizes gerais, o grupo treinado apresentou excelÃncia em todos os itens, variÃvel de 60% a 91,1%. O grupo nÃo-treinado mostrou comunicaÃÃo pÃssima/ruim, em maior freqÃÃncia, em quatro itens ao empregar palavras que indicam a direÃÃo (97,8%); tocar ligeiramente braÃo ou ombro (95,6%); evitar gesticular (68,9%); falar olhando para o cego (22,2%). Na etapa de acolhimento, todos os enfermeiros treinados a desempenharam com Ãxito, diferentemente do ocorrido com os nÃo-treinados, cujo resultado foi pÃssimo ou ruim em 100% de algumas aÃÃes. Na etapa da coleta de dados, o grupo treinado teve excelente atuaÃÃo em cinco das aÃÃes e nas etapas de diagnÃsticos e planejamentos de enfermagem, apresentou aÃÃes boas e excelentes nos seguintes itens: seguir protocolo (95,6%); fazer anotaÃÃes informando o motivo do silÃncio (93,4%); e evitar silÃncio prolongado (100%). O desempenho do grupo nÃo- treinado foi considerado pÃssimo nos itens: anotaÃÃes por nÃo informar o motivo do silÃncio (100%); evitar o silÃncio prolongado (91%). Na etapa de intervenÃÃes de enfermagem o grupo treinado denotou excelÃncia em todos os itens, enquanto na etapa de avaliaÃÃo nÃo ocorreram aÃÃes consideradas pÃssimas/ruins em nenhum dos itens do mencionado grupo. Jà na etapa de encerramento da consulta, identificou-se excelÃncia dos treinados nos seguintes itens: comunica-se acompanhando o cego atà a porta (82,2%); despede-se falando e apertando a mÃo (62,2%); e reforÃa as informaÃÃes (42,2%). Na anÃlise da comunicaÃÃo verbal entre o enfermeiro e o cego, na funÃÃo vocativa, este grupo apresentou 65,7% das aÃÃes e na funÃÃo imperativa 19,5%. O silÃncio manifestou-se em quase metade (45%) das interaÃÃes dos participantes nÃo-treinados e em 12,4% das dos treinados. No grupo treinado tambÃm estiveram presentes a empatia (69,2%), a tranqÃilidade (49,6%), a satisfaÃÃo (44,2%) e, a solidariedade (29,4%). Dos canais, o mais evidenciado nos treinados foi a fala (86,8%), enquanto a linguagem comum ocorreu nas interaÃÃes dos treinados (85,6%) e nas dos nÃo-treinados (50,1%). Conforme se conclui, o modelo foi validado pela amostra e pode-se afirmar que o Modelo de ComunicaÃÃo Verbal com Cegos à eficaz. Recomenda-se, pois, sua utilizaÃÃo na consulta de enfermagem a pessoas cegas.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisModelo de comunicaÃÃo verbal com o cego: desenvolvimento e validaÃÃo em consulta de enfermagemVerbal comonication model with the blind person: development and validation in nursing consultation2009-06-18Lorita Marlena Freitag Pagliuca53504070820http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4780255H1Namie Okino Sawada90000000009Namie Okino SawadaIsabel AmÃlia Costa Mendes22166882820http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4787219E6Inacia SÃtiro Xavier de FranÃa11111111117Maria Vera LÃcia Moreira LeitÃo Cardoso37746111300Paulo CÃsar de Almeida04161610300Paulo CÃsar de Almeida64274225372http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4702565E6Katia Neyla de Freitas MacÃdoUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em EnfermagemUFCBREnfermagem ValidaÃÃo CegosNursing Communication Validation BlindENFERMAGEMEmbora o cego tenha limitaÃÃes, isso nÃo pode impedir sua comunicaÃÃo e seu relacionamento com outras pessoas. PorÃm na formaÃÃo acadÃmica os profissionais da saÃde, a exemplo dos enfermeiros, nÃo sÃo preparados para cuidar de cegos. Assim, objetivou-se validar um Modelo de ComunicaÃÃo Verbal com o Cego e o Enfermeiro à luz da Teoria de Roman Jakobson. Estudo quantitativo, com abordagem metodolÃgica realizado por meio de filmagens no LabCom_SaÃde no Departamento de Enfermagem da UFC, de dezembro/2007 a dezembro/2008. O ambiente foi organizado com vistas a se aproximar das condiÃÃes ideais de uma sala de consulta de enfermagem para triagem de pessoas cegas e com diabetes. Participaram 30 enfermeiros recÃm-formados e concludentes do curso de graduaÃÃo em Enfermagem e 30 cegos de ambos os olhos e seus acompanhantes. AlÃm desses, colaboraram na pesquisa os especialistas que avaliaram o modelo e os juÃzes que analisaram as filmagens, observada a titulaÃÃo, produÃÃo cientÃfica e atuaÃÃo na temÃtica. ApÃs a construÃÃo, o modelo foi avaliado por trÃs especialistas para validaÃÃo aparente e de conteÃdo. Feito o julgamento, incorporaram-se as modificaÃÃes. Para o teste do modelo realizaram-se 30 consultas de enfermagem registradas e filmadas. Destas, 15 foram de responsabilidade de enfermeiros nÃo-treinados e 15 de treinados. As filmagens foram analisadas por trÃs juÃzes, enfermeiras treinadas no Modelo de ComunicaÃÃo. Atentou-se para todos os princÃpios da ResoluÃÃo 196/96. Os dados foram processados no programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versÃo 14.0 e analisados por meio de tabelas univariadas com freqÃÃncia relativa e porcentagens. Dos enfermeiros, 17 (56,7%) tinham idade entre 22 e 25 anos, a maioria, 26 (86,7%), era do sexo feminino. Dos cegos, 8 (26,7%) estavam na faixa etÃria entre 39 e 49 anos e a maioria, 16 (53,4%), era do sexo feminino; 20 (66,7%) ficaram cegos entre 21 e 35 anos. A construÃÃo do modelo desenvolveu-se em quatro momentos: diretrizes gerais; acolhimento; processo de enfermagem; encerramento. Nas diretrizes gerais, o grupo treinado apresentou excelÃncia em todos os itens, variÃvel de 60% a 91,1%. O grupo nÃo-treinado mostrou comunicaÃÃo pÃssima/ruim, em maior freqÃÃncia, em quatro itens ao empregar palavras que indicam a direÃÃo (97,8%); tocar ligeiramente braÃo ou ombro (95,6%); evitar gesticular (68,9%); falar olhando para o cego (22,2%). Na etapa de acolhimento, todos os enfermeiros treinados a desempenharam com Ãxito, diferentemente do ocorrido com os nÃo-treinados, cujo resultado foi pÃssimo ou ruim em 100% de algumas aÃÃes. Na etapa da coleta de dados, o grupo treinado teve excelente atuaÃÃo em cinco das aÃÃes e nas etapas de diagnÃsticos e planejamentos de enfermagem, apresentou aÃÃes boas e excelentes nos seguintes itens: seguir protocolo (95,6%); fazer anotaÃÃes informando o motivo do silÃncio (93,4%); e evitar silÃncio prolongado (100%). O desempenho do grupo nÃo- treinado foi considerado pÃssimo nos itens: anotaÃÃes por nÃo informar o motivo do silÃncio (100%); evitar o silÃncio prolongado (91%). Na etapa de intervenÃÃes de enfermagem o grupo treinado denotou excelÃncia em todos os itens, enquanto na etapa de avaliaÃÃo nÃo ocorreram aÃÃes consideradas pÃssimas/ruins em nenhum dos itens do mencionado grupo. Jà na etapa de encerramento da consulta, identificou-se excelÃncia dos treinados nos seguintes itens: comunica-se acompanhando o cego atà a porta (82,2%); despede-se falando e apertando a mÃo (62,2%); e reforÃa as informaÃÃes (42,2%). Na anÃlise da comunicaÃÃo verbal entre o enfermeiro e o cego, na funÃÃo vocativa, este grupo apresentou 65,7% das aÃÃes e na funÃÃo imperativa 19,5%. O silÃncio manifestou-se em quase metade (45%) das interaÃÃes dos participantes nÃo-treinados e em 12,4% das dos treinados. No grupo treinado tambÃm estiveram presentes a empatia (69,2%), a tranqÃilidade (49,6%), a satisfaÃÃo (44,2%) e, a solidariedade (29,4%). Dos canais, o mais evidenciado nos treinados foi a fala (86,8%), enquanto a linguagem comum ocorreu nas interaÃÃes dos treinados (85,6%) e nas dos nÃo-treinados (50,1%). Conforme se conclui, o modelo foi validado pela amostra e pode-se afirmar que o Modelo de ComunicaÃÃo Verbal com Cegos à eficaz. Recomenda-se, pois, sua utilizaÃÃo na consulta de enfermagem a pessoas cegas. Although blind people have limitations, this cannot impede their communication and relationship with other people. In academic education, however, health professionals, such as nurses, are not prepared to take care of blind people. This study aimed to validate a Verbal Communication Model with the Blind and the nurse in the light of Roman Jakobsonâs Theory. A quantitative study was a methodological approach was carried out at the LabCom_SaÃde of the Nursing Department at the Federal University of CearÃ, Brazil, between December 2007 and December 2008, using filming. The environment was organized for the sake of maximum similarity with a nursing consultation room for the screening of blind diabetes patients. Participants were 30 newly-graduated nurses and graduates of the Nursing course and 30 patients blind in both eyes and their possible companions. The specialists who assessed the model and the judges who analyzed the filming collaborated in the research, in view of their degree, scientific production and work on the theme. After the construction, the model was assessed by three specialists for face and content validation. After the assessment, modifications were incorporated. To test the model, 30 nursing consultations were registered and filmed. Fifteen of these were under the responsibility of untrained and 15 under the responsibility of trained nurses. The films were analyzed by three judges, who were nurses with training on the Communication Model. All principles of Resolution 196/96 were complied with. Data were processed in Statistical Package for Social Sciences (SPSS) software and analyzed through univariate tables with relative frequency and percentage. Seventeen (56.7%) of the nurses were between 22 and 25 years of age, and a majority, 26 (86.7%), were women. Eight (26.7%) blind patients were between 39 and 49 years old and most of them, 16 (53.4%), were women; 20 (66.7%) became blind when they were between 21 and 35 years of age. The model was constructed in four phases: general guidelines; welcoming; data collection; nursing interventions. In the general guidelines, the trained group obtained excellent results on all times, ranging from 60% to 91.1%. The non-trained group showed very bad/bad communication, with higher frequencies on four items, using words that indicate direction (97.8%); lightly touching the arm or shoulder (95.6%); avoiding gestures (68.9%); talk while looking at the blind (22.2%). In the welcoming phase, all trained nurses displayed a successful performance, as opposed to the non-trained nurses: 100% very bad or bad in some actions. In the data collection phase, the trained group obtained an excellent performance on five of the actions and, in the nursing diagnosis and planning phases, trained nurses presented good and excellent actions for the following items: following the protocol (95.6%); informing on the reason for the silence when making notes (93.4%); and avoiding long periods of silence (100%). The performance of the non-trained group was considered very bad in terms of notes because they did not inform on the reason for the silence (100%); avoiding long periods of silence (91%). In the nursing intervention phase, the trained group achieved excellent performance on all items, without any very bad/bad actions on any of the items in the assessment phase. In the final phase of the consultation, excellent performance of the trained nurses was identified on the following items: communicates while accompanying the blind to the door (82.2%); says goodbye while talking and shaking hands (62.2%); and strengthens the information (42.2%). In the analysis of verbal communication between the nurse and the blind, the vocative function presented 65.7% of actions, against 19.5% for the imperative function. Silence was manifested in almost half (45%) of interactions with non-trained nurses against 12.4% for trained nurses. In the trained group, empathy (69.2%), tranquility (49.6%), satisfaction (44.2%) and solidarity (29.4%) were also present. The most evidenced channel in the trained group was speech (86.8%). And common language occurred in the trained groupâs (85.6%) and the non-trained groupâs (50.1%) interactions. In conclusion, the model was validated by the sample and it can be affirmed that the Verbal Communication Model is effective. Thus, its use in nursing consultations with blind people is recommended.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3468application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:16:36Zmail@mail.com -
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dc.description.abstract.por.fl_txt_mv Embora o cego tenha limitaÃÃes, isso nÃo pode impedir sua comunicaÃÃo e seu relacionamento com outras pessoas. PorÃm na formaÃÃo acadÃmica os profissionais da saÃde, a exemplo dos enfermeiros, nÃo sÃo preparados para cuidar de cegos. Assim, objetivou-se validar um Modelo de ComunicaÃÃo Verbal com o Cego e o Enfermeiro à luz da Teoria de Roman Jakobson. Estudo quantitativo, com abordagem metodolÃgica realizado por meio de filmagens no LabCom_SaÃde no Departamento de Enfermagem da UFC, de dezembro/2007 a dezembro/2008. O ambiente foi organizado com vistas a se aproximar das condiÃÃes ideais de uma sala de consulta de enfermagem para triagem de pessoas cegas e com diabetes. Participaram 30 enfermeiros recÃm-formados e concludentes do curso de graduaÃÃo em Enfermagem e 30 cegos de ambos os olhos e seus acompanhantes. AlÃm desses, colaboraram na pesquisa os especialistas que avaliaram o modelo e os juÃzes que analisaram as filmagens, observada a titulaÃÃo, produÃÃo cientÃfica e atuaÃÃo na temÃtica. ApÃs a construÃÃo, o modelo foi avaliado por trÃs especialistas para validaÃÃo aparente e de conteÃdo. Feito o julgamento, incorporaram-se as modificaÃÃes. Para o teste do modelo realizaram-se 30 consultas de enfermagem registradas e filmadas. Destas, 15 foram de responsabilidade de enfermeiros nÃo-treinados e 15 de treinados. As filmagens foram analisadas por trÃs juÃzes, enfermeiras treinadas no Modelo de ComunicaÃÃo. Atentou-se para todos os princÃpios da ResoluÃÃo 196/96. Os dados foram processados no programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versÃo 14.0 e analisados por meio de tabelas univariadas com freqÃÃncia relativa e porcentagens. Dos enfermeiros, 17 (56,7%) tinham idade entre 22 e 25 anos, a maioria, 26 (86,7%), era do sexo feminino. Dos cegos, 8 (26,7%) estavam na faixa etÃria entre 39 e 49 anos e a maioria, 16 (53,4%), era do sexo feminino; 20 (66,7%) ficaram cegos entre 21 e 35 anos. A construÃÃo do modelo desenvolveu-se em quatro momentos: diretrizes gerais; acolhimento; processo de enfermagem; encerramento. Nas diretrizes gerais, o grupo treinado apresentou excelÃncia em todos os itens, variÃvel de 60% a 91,1%. O grupo nÃo-treinado mostrou comunicaÃÃo pÃssima/ruim, em maior freqÃÃncia, em quatro itens ao empregar palavras que indicam a direÃÃo (97,8%); tocar ligeiramente braÃo ou ombro (95,6%); evitar gesticular (68,9%); falar olhando para o cego (22,2%). Na etapa de acolhimento, todos os enfermeiros treinados a desempenharam com Ãxito, diferentemente do ocorrido com os nÃo-treinados, cujo resultado foi pÃssimo ou ruim em 100% de algumas aÃÃes. Na etapa da coleta de dados, o grupo treinado teve excelente atuaÃÃo em cinco das aÃÃes e nas etapas de diagnÃsticos e planejamentos de enfermagem, apresentou aÃÃes boas e excelentes nos seguintes itens: seguir protocolo (95,6%); fazer anotaÃÃes informando o motivo do silÃncio (93,4%); e evitar silÃncio prolongado (100%). O desempenho do grupo nÃo- treinado foi considerado pÃssimo nos itens: anotaÃÃes por nÃo informar o motivo do silÃncio (100%); evitar o silÃncio prolongado (91%). Na etapa de intervenÃÃes de enfermagem o grupo treinado denotou excelÃncia em todos os itens, enquanto na etapa de avaliaÃÃo nÃo ocorreram aÃÃes consideradas pÃssimas/ruins em nenhum dos itens do mencionado grupo. Jà na etapa de encerramento da consulta, identificou-se excelÃncia dos treinados nos seguintes itens: comunica-se acompanhando o cego atà a porta (82,2%); despede-se falando e apertando a mÃo (62,2%); e reforÃa as informaÃÃes (42,2%). Na anÃlise da comunicaÃÃo verbal entre o enfermeiro e o cego, na funÃÃo vocativa, este grupo apresentou 65,7% das aÃÃes e na funÃÃo imperativa 19,5%. O silÃncio manifestou-se em quase metade (45%) das interaÃÃes dos participantes nÃo-treinados e em 12,4% das dos treinados. No grupo treinado tambÃm estiveram presentes a empatia (69,2%), a tranqÃilidade (49,6%), a satisfaÃÃo (44,2%) e, a solidariedade (29,4%). Dos canais, o mais evidenciado nos treinados foi a fala (86,8%), enquanto a linguagem comum ocorreu nas interaÃÃes dos treinados (85,6%) e nas dos nÃo-treinados (50,1%). Conforme se conclui, o modelo foi validado pela amostra e pode-se afirmar que o Modelo de ComunicaÃÃo Verbal com Cegos à eficaz. Recomenda-se, pois, sua utilizaÃÃo na consulta de enfermagem a pessoas cegas.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv Although blind people have limitations, this cannot impede their communication and relationship with other people. In academic education, however, health professionals, such as nurses, are not prepared to take care of blind people. This study aimed to validate a Verbal Communication Model with the Blind and the nurse in the light of Roman Jakobsonâs Theory. A quantitative study was a methodological approach was carried out at the LabCom_SaÃde of the Nursing Department at the Federal University of CearÃ, Brazil, between December 2007 and December 2008, using filming. The environment was organized for the sake of maximum similarity with a nursing consultation room for the screening of blind diabetes patients. Participants were 30 newly-graduated nurses and graduates of the Nursing course and 30 patients blind in both eyes and their possible companions. The specialists who assessed the model and the judges who analyzed the filming collaborated in the research, in view of their degree, scientific production and work on the theme. After the construction, the model was assessed by three specialists for face and content validation. After the assessment, modifications were incorporated. To test the model, 30 nursing consultations were registered and filmed. Fifteen of these were under the responsibility of untrained and 15 under the responsibility of trained nurses. The films were analyzed by three judges, who were nurses with training on the Communication Model. All principles of Resolution 196/96 were complied with. Data were processed in Statistical Package for Social Sciences (SPSS) software and analyzed through univariate tables with relative frequency and percentage. Seventeen (56.7%) of the nurses were between 22 and 25 years of age, and a majority, 26 (86.7%), were women. Eight (26.7%) blind patients were between 39 and 49 years old and most of them, 16 (53.4%), were women; 20 (66.7%) became blind when they were between 21 and 35 years of age. The model was constructed in four phases: general guidelines; welcoming; data collection; nursing interventions. In the general guidelines, the trained group obtained excellent results on all times, ranging from 60% to 91.1%. The non-trained group showed very bad/bad communication, with higher frequencies on four items, using words that indicate direction (97.8%); lightly touching the arm or shoulder (95.6%); avoiding gestures (68.9%); talk while looking at the blind (22.2%). In the welcoming phase, all trained nurses displayed a successful performance, as opposed to the non-trained nurses: 100% very bad or bad in some actions. In the data collection phase, the trained group obtained an excellent performance on five of the actions and, in the nursing diagnosis and planning phases, trained nurses presented good and excellent actions for the following items: following the protocol (95.6%); informing on the reason for the silence when making notes (93.4%); and avoiding long periods of silence (100%). The performance of the non-trained group was considered very bad in terms of notes because they did not inform on the reason for the silence (100%); avoiding long periods of silence (91%). In the nursing intervention phase, the trained group achieved excellent performance on all items, without any very bad/bad actions on any of the items in the assessment phase. In the final phase of the consultation, excellent performance of the trained nurses was identified on the following items: communicates while accompanying the blind to the door (82.2%); says goodbye while talking and shaking hands (62.2%); and strengthens the information (42.2%). In the analysis of verbal communication between the nurse and the blind, the vocative function presented 65.7% of actions, against 19.5% for the imperative function. Silence was manifested in almost half (45%) of interactions with non-trained nurses against 12.4% for trained nurses. In the trained group, empathy (69.2%), tranquility (49.6%), satisfaction (44.2%) and solidarity (29.4%) were also present. The most evidenced channel in the trained group was speech (86.8%). And common language occurred in the trained groupâs (85.6%) and the non-trained groupâs (50.1%) interactions. In conclusion, the model was validated by the sample and it can be affirmed that the Verbal Communication Model is effective. Thus, its use in nursing consultations with blind people is recommended.
description Embora o cego tenha limitaÃÃes, isso nÃo pode impedir sua comunicaÃÃo e seu relacionamento com outras pessoas. PorÃm na formaÃÃo acadÃmica os profissionais da saÃde, a exemplo dos enfermeiros, nÃo sÃo preparados para cuidar de cegos. Assim, objetivou-se validar um Modelo de ComunicaÃÃo Verbal com o Cego e o Enfermeiro à luz da Teoria de Roman Jakobson. Estudo quantitativo, com abordagem metodolÃgica realizado por meio de filmagens no LabCom_SaÃde no Departamento de Enfermagem da UFC, de dezembro/2007 a dezembro/2008. O ambiente foi organizado com vistas a se aproximar das condiÃÃes ideais de uma sala de consulta de enfermagem para triagem de pessoas cegas e com diabetes. Participaram 30 enfermeiros recÃm-formados e concludentes do curso de graduaÃÃo em Enfermagem e 30 cegos de ambos os olhos e seus acompanhantes. AlÃm desses, colaboraram na pesquisa os especialistas que avaliaram o modelo e os juÃzes que analisaram as filmagens, observada a titulaÃÃo, produÃÃo cientÃfica e atuaÃÃo na temÃtica. ApÃs a construÃÃo, o modelo foi avaliado por trÃs especialistas para validaÃÃo aparente e de conteÃdo. Feito o julgamento, incorporaram-se as modificaÃÃes. Para o teste do modelo realizaram-se 30 consultas de enfermagem registradas e filmadas. Destas, 15 foram de responsabilidade de enfermeiros nÃo-treinados e 15 de treinados. As filmagens foram analisadas por trÃs juÃzes, enfermeiras treinadas no Modelo de ComunicaÃÃo. Atentou-se para todos os princÃpios da ResoluÃÃo 196/96. Os dados foram processados no programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS) versÃo 14.0 e analisados por meio de tabelas univariadas com freqÃÃncia relativa e porcentagens. Dos enfermeiros, 17 (56,7%) tinham idade entre 22 e 25 anos, a maioria, 26 (86,7%), era do sexo feminino. Dos cegos, 8 (26,7%) estavam na faixa etÃria entre 39 e 49 anos e a maioria, 16 (53,4%), era do sexo feminino; 20 (66,7%) ficaram cegos entre 21 e 35 anos. A construÃÃo do modelo desenvolveu-se em quatro momentos: diretrizes gerais; acolhimento; processo de enfermagem; encerramento. Nas diretrizes gerais, o grupo treinado apresentou excelÃncia em todos os itens, variÃvel de 60% a 91,1%. O grupo nÃo-treinado mostrou comunicaÃÃo pÃssima/ruim, em maior freqÃÃncia, em quatro itens ao empregar palavras que indicam a direÃÃo (97,8%); tocar ligeiramente braÃo ou ombro (95,6%); evitar gesticular (68,9%); falar olhando para o cego (22,2%). Na etapa de acolhimento, todos os enfermeiros treinados a desempenharam com Ãxito, diferentemente do ocorrido com os nÃo-treinados, cujo resultado foi pÃssimo ou ruim em 100% de algumas aÃÃes. Na etapa da coleta de dados, o grupo treinado teve excelente atuaÃÃo em cinco das aÃÃes e nas etapas de diagnÃsticos e planejamentos de enfermagem, apresentou aÃÃes boas e excelentes nos seguintes itens: seguir protocolo (95,6%); fazer anotaÃÃes informando o motivo do silÃncio (93,4%); e evitar silÃncio prolongado (100%). O desempenho do grupo nÃo- treinado foi considerado pÃssimo nos itens: anotaÃÃes por nÃo informar o motivo do silÃncio (100%); evitar o silÃncio prolongado (91%). Na etapa de intervenÃÃes de enfermagem o grupo treinado denotou excelÃncia em todos os itens, enquanto na etapa de avaliaÃÃo nÃo ocorreram aÃÃes consideradas pÃssimas/ruins em nenhum dos itens do mencionado grupo. Jà na etapa de encerramento da consulta, identificou-se excelÃncia dos treinados nos seguintes itens: comunica-se acompanhando o cego atà a porta (82,2%); despede-se falando e apertando a mÃo (62,2%); e reforÃa as informaÃÃes (42,2%). Na anÃlise da comunicaÃÃo verbal entre o enfermeiro e o cego, na funÃÃo vocativa, este grupo apresentou 65,7% das aÃÃes e na funÃÃo imperativa 19,5%. O silÃncio manifestou-se em quase metade (45%) das interaÃÃes dos participantes nÃo-treinados e em 12,4% das dos treinados. No grupo treinado tambÃm estiveram presentes a empatia (69,2%), a tranqÃilidade (49,6%), a satisfaÃÃo (44,2%) e, a solidariedade (29,4%). Dos canais, o mais evidenciado nos treinados foi a fala (86,8%), enquanto a linguagem comum ocorreu nas interaÃÃes dos treinados (85,6%) e nas dos nÃo-treinados (50,1%). Conforme se conclui, o modelo foi validado pela amostra e pode-se afirmar que o Modelo de ComunicaÃÃo Verbal com Cegos à eficaz. Recomenda-se, pois, sua utilizaÃÃo na consulta de enfermagem a pessoas cegas.
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