CaracterÃsticas da comunicaÃÃo nÃo-verbal entre o enfermeiro e o cego

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cristiana Brasil de Almeida RebouÃas
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
Texto Completo: http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=413
Resumo: Pesquisa sobre as caracterÃsticas da comunicaÃÃo nÃo-verbal entre o enfermeiro e o cego, cujos objetivos sÃo os seguintes: analisar a comunicaÃÃo nÃo-verbal do enfermeiro com o cego durante a consulta de enfermagem; testar o Ãndice de confiabilidade entre os juÃzes da anÃlise da comunicaÃÃo nÃo-verbal; classificar os sinais nÃo-verbais, segundo o referencial de Hall (1986); verificar a associaÃÃo entre as filmagens e os fatores de comunicaÃÃo nÃo-verbal; e identificar as barreiras da comunicaÃÃo nÃo-verbal entre a enfermeira e o cego. Adotou-se uma abordagem exploratÃria, descritiva, quantitativa, com vistas a fornecer subsÃdios para a intervenÃÃo e, portanto, melhoria na qualidade do atendimento a esta clientela. O estudo foi desenvolvido no perÃodo de fevereiro a abril de 2005, em uma unidade de saÃde de referÃncia, de nÃvel secundÃrio, na cidade de Fortaleza-CE, com enfermeiras que atendiam a diabÃticos, haja vista que a diabetes pode causar vÃrias doenÃas oculares, como catarata, glaucoma e retinopatia diabÃtica. Previamente, foram contatadas as quatorze enfermeiras da instituiÃÃo que realizavam consultas de enfermagem a diabÃticos. Destas, sete concordaram em participar da pesquisa, mas apenas quatro fizeram parte da amostra. Quanto à seleÃÃo dos pacientes diabÃticos cegos, foi feita de forma aleatÃria, respeitando-se os princÃpios Ãticos de pesquisa com seres humanos. Constituiu-se, portanto, de pessoas que adquiriram a cegueira em decorrÃncia da diabetes e que iriam ser atendidas pelas enfermeiras que concordaram em participar da pesquisa. Cinco cegos compuseram a amostra. Para a coleta de dados utilizou-se uma cÃmera filmadora que registrou toda a consulta de enfermagem entre a enfermeira, o cego e o acompanhante. O instrumento de anÃlise dos dados para avaliar a comunicaÃÃo nÃo-verbal da enfermeira com o cego foi elaborado conforme o referencial teÃrico de Hall (1986), com Ãnfase na Teoria ProxÃmica, e recebeu a denominaÃÃo de ComunicaÃÃo NÃo-Verbal Enfermeira â Cego (CONVENCE). Concomitantemente à coleta de dados, o CONVENCE foi enviado a trÃs juÃzes para ser analisado. Para a anÃlise das filmagens escolheram-se outros trÃs juÃzes que concordaram em participar da pesquisa a que foram treinados segundo o referencial proposto. A partir do CONVENCE foram elaboradas cinco categorias, com suas respectivas subcategorias. Categoria 1 - DistÃncia Espacial, com as subcategorias 1.1 - distÃncia, 1.2 - postura, 1.3- eixo, 1.4 - contato. Categoria 2 - Comportamento Social, com as subcategorias: 2.1 - gestos emblemÃticos, 2.2 - gestos ilustradores, 2.3 - gestos reguladores. Categoria 3 - Comportamento Facial. Categoria 4 - CÃdigo Visual, com as subcategorias: 4.1 - abertura ocular, 4.2 - direÃÃo do olhar. Categoria 5 - Volume da Voz. As sessÃes de treinamento e anÃlise dos dados foram realizadas com todos os juÃzes presentes na mesma sala e no mesmo horÃrio predeterminado no inÃcio da capacitaÃÃo. As filmagens foram analisadas a cada quinze segundos, totalizando 1.131 anÃlises de comunicaÃÃo nÃo-verbal. Ao analisar as categorias e subcategorias, os principais resultados observados foram os seguintes. Na categoria 1, a subcategoria distÃncia Ãntima prevaleceu com 1.030 (91,0%), pelo fato do ambiente onde aconteciam as consultas favorecer, tanto ao profissional quanto ao paciente, adotar quase unicamente esta distÃncia. Nesta categoria, a subcategoria 2 mostrou que a postura sentada, 1.112, (98,3%) obteve quase unanimidade nas imagens analisadas. Quando emissor e receptor mantÃm a mesma postura significa que ambos estÃo em sintonia, partilhando do mesmo ritmo, grau de interesse e movimento. TambÃm nesta categoria, a subcategoria 4, denominada contato, demonstrou que em 943 (83,3%) interaÃÃes nÃo houve contato. O gesto mais observado na subcategoria gestos emblemÃticos foi mover as mÃos, com 762 (67,4%). A direÃÃo do olhar, subcategoria 4.2, desviado do interlocutor, contabilizou 597 (52,8%) e centrado no interlocutor, 502 (44,4%). Em todas as filmagens, houve interferÃncias considerÃveis no momento da interaÃÃo enfermeiro-paciente. Tal fato foi considerado como barreira à comunicaÃÃo. O enfermeiro deve-se mostrar interessado durante a interaÃÃo, e à o olhar sobre o paciente que favorecerà esta atenÃÃo na consulta de enfermagem. Conclui-se, de acordo com os dados, que o enfermeiro precisa conhecer e aprofundar os estudos em comunicaÃÃo nÃo-verbal e adequar o seu uso ao tipo de pacientes assistidos durante as consultas.
id UFC_cc276afa8c5ad54f896cbfd5bb3d33c2
oai_identifier_str oai:www.teses.ufc.br:13
network_acronym_str UFC
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisCaracterÃsticas da comunicaÃÃo nÃo-verbal entre o enfermeiro e o cegoCharacteristics of the non-verbal communication between the nurse and the blind patient2005-08-30Lorita Marlena Freitag Pagliuca53504070820http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4780255H1Marli Teresinha Gimeniz GalvÃo08670191822http://lattes.cnpq.br/8090769371296465Namie Okino Sawada90000000009Namie Okino SawadaPaulo CÃsar de Almeida04161610300Paulo CÃsar de Almeida62737546320http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4708934H6Cristiana Brasil de Almeida RebouÃasUniversidade Federal do CearÃPrograma de PÃs-GraduaÃÃo em EnfermagemUFCBRComunicaÃÃo nÃo-verbal Enfermagem CegueiraNon-verbal communication Nursing BlindnessENFERMAGEM MEDICO-CIRURGICAPesquisa sobre as caracterÃsticas da comunicaÃÃo nÃo-verbal entre o enfermeiro e o cego, cujos objetivos sÃo os seguintes: analisar a comunicaÃÃo nÃo-verbal do enfermeiro com o cego durante a consulta de enfermagem; testar o Ãndice de confiabilidade entre os juÃzes da anÃlise da comunicaÃÃo nÃo-verbal; classificar os sinais nÃo-verbais, segundo o referencial de Hall (1986); verificar a associaÃÃo entre as filmagens e os fatores de comunicaÃÃo nÃo-verbal; e identificar as barreiras da comunicaÃÃo nÃo-verbal entre a enfermeira e o cego. Adotou-se uma abordagem exploratÃria, descritiva, quantitativa, com vistas a fornecer subsÃdios para a intervenÃÃo e, portanto, melhoria na qualidade do atendimento a esta clientela. O estudo foi desenvolvido no perÃodo de fevereiro a abril de 2005, em uma unidade de saÃde de referÃncia, de nÃvel secundÃrio, na cidade de Fortaleza-CE, com enfermeiras que atendiam a diabÃticos, haja vista que a diabetes pode causar vÃrias doenÃas oculares, como catarata, glaucoma e retinopatia diabÃtica. Previamente, foram contatadas as quatorze enfermeiras da instituiÃÃo que realizavam consultas de enfermagem a diabÃticos. Destas, sete concordaram em participar da pesquisa, mas apenas quatro fizeram parte da amostra. Quanto à seleÃÃo dos pacientes diabÃticos cegos, foi feita de forma aleatÃria, respeitando-se os princÃpios Ãticos de pesquisa com seres humanos. Constituiu-se, portanto, de pessoas que adquiriram a cegueira em decorrÃncia da diabetes e que iriam ser atendidas pelas enfermeiras que concordaram em participar da pesquisa. Cinco cegos compuseram a amostra. Para a coleta de dados utilizou-se uma cÃmera filmadora que registrou toda a consulta de enfermagem entre a enfermeira, o cego e o acompanhante. O instrumento de anÃlise dos dados para avaliar a comunicaÃÃo nÃo-verbal da enfermeira com o cego foi elaborado conforme o referencial teÃrico de Hall (1986), com Ãnfase na Teoria ProxÃmica, e recebeu a denominaÃÃo de ComunicaÃÃo NÃo-Verbal Enfermeira â Cego (CONVENCE). Concomitantemente à coleta de dados, o CONVENCE foi enviado a trÃs juÃzes para ser analisado. Para a anÃlise das filmagens escolheram-se outros trÃs juÃzes que concordaram em participar da pesquisa a que foram treinados segundo o referencial proposto. A partir do CONVENCE foram elaboradas cinco categorias, com suas respectivas subcategorias. Categoria 1 - DistÃncia Espacial, com as subcategorias 1.1 - distÃncia, 1.2 - postura, 1.3- eixo, 1.4 - contato. Categoria 2 - Comportamento Social, com as subcategorias: 2.1 - gestos emblemÃticos, 2.2 - gestos ilustradores, 2.3 - gestos reguladores. Categoria 3 - Comportamento Facial. Categoria 4 - CÃdigo Visual, com as subcategorias: 4.1 - abertura ocular, 4.2 - direÃÃo do olhar. Categoria 5 - Volume da Voz. As sessÃes de treinamento e anÃlise dos dados foram realizadas com todos os juÃzes presentes na mesma sala e no mesmo horÃrio predeterminado no inÃcio da capacitaÃÃo. As filmagens foram analisadas a cada quinze segundos, totalizando 1.131 anÃlises de comunicaÃÃo nÃo-verbal. Ao analisar as categorias e subcategorias, os principais resultados observados foram os seguintes. Na categoria 1, a subcategoria distÃncia Ãntima prevaleceu com 1.030 (91,0%), pelo fato do ambiente onde aconteciam as consultas favorecer, tanto ao profissional quanto ao paciente, adotar quase unicamente esta distÃncia. Nesta categoria, a subcategoria 2 mostrou que a postura sentada, 1.112, (98,3%) obteve quase unanimidade nas imagens analisadas. Quando emissor e receptor mantÃm a mesma postura significa que ambos estÃo em sintonia, partilhando do mesmo ritmo, grau de interesse e movimento. TambÃm nesta categoria, a subcategoria 4, denominada contato, demonstrou que em 943 (83,3%) interaÃÃes nÃo houve contato. O gesto mais observado na subcategoria gestos emblemÃticos foi mover as mÃos, com 762 (67,4%). A direÃÃo do olhar, subcategoria 4.2, desviado do interlocutor, contabilizou 597 (52,8%) e centrado no interlocutor, 502 (44,4%). Em todas as filmagens, houve interferÃncias considerÃveis no momento da interaÃÃo enfermeiro-paciente. Tal fato foi considerado como barreira à comunicaÃÃo. O enfermeiro deve-se mostrar interessado durante a interaÃÃo, e à o olhar sobre o paciente que favorecerà esta atenÃÃo na consulta de enfermagem. Conclui-se, de acordo com os dados, que o enfermeiro precisa conhecer e aprofundar os estudos em comunicaÃÃo nÃo-verbal e adequar o seu uso ao tipo de pacientes assistidos durante as consultas.Study on the characteristics of non-verbal communication between the nurse and the blind patient, whose objectives are the following: analyzing the nurseâs non-verbal communication with the blind patient during the nursing attendance; testing the reliability index among the referees of non-verbal communication analysis; classifying the non-verbal signs, according to Hallâs referential (1986); verifying the association between the video recordings and the non-verbal communication factors; and identifying the barriers to non-verbal communication between the nurse and the blind patient. The approach adopted is exploratory, descriptive, and quantitative, aiming at gathering information for intervention and, therefore, for improvement in the quality of assistance to this clientele. The study has been developed during the period of February to April of 2005, in a reference healthcare unit, of secondary level, in the city of Fortaleza-Ce, with nurses that attended to diabetic patients, as diabetes may cause several ocular disorders, such as cataract and diabetic retinopathy. Previously, the fourteen nurses who attended to diabetic patients at the institution had been contacted. Of those, seven agreed in participating of the study, but only four made part of the study group. In what regards the selection of blind diabetic patients, it was performed at random, considering the ethical principles that govern studies with human beings. The group has been constituted, therefore, by people who went blind as a consequence of diabetes, and who were going to be attended by the nurses who were part of the study group. Five blind people integrated the study group. To the data collection, a video camera was employed, which recorded the entire nursing attendance between the nurse, the blind person and his/her companion. The instrument for data analysis to evaluate the non-verbal communication between the nurse and the blind person was elaborated according to Hallâs theoretical referential (1986), with emphasis on the proxemic theory, and received the designation Nurse - Blind Patient Non-Verbal Communication (CONVENCE). Simultaneously to the data analysis, CONVENCE was sent to three referees in order to be analyzed. To the analysis of the video recordings, three other referees were chosen, who agreed in participating in the study and that were trained according to the proposed referential. From CONVENCE, five categories were elaborated, with their respective sub-categories. Category 1: Spatial distance, with the sub-categories 1.1- distance, 1.2- posture, 1.3- axis, 1.4-contact. Category 2 â Social behavior, with the subcategories: 2.1-emblematic gestures, 2.2 illustrating gestures, 2.3 âregulating gestures. Category 3 â Facial behavior. Category 4 â Visual Code, with the subcategories: 4.1 â ocular opening, 4.2 looking direction. Category 5 â Voice volume. The training sessions and the data analysis were carried out with all the referees present in the same room and at the same time that had been preset in the beginning of the training. The video recordings were analyzed each fifteen seconds, summing up 1.131 non-verbal communication analyses. When analyzing the categories and subcategories, the main results that were observed are the following: In category 1, the subcategory minimal distance prevailed with 1.030 (91%), due to the fact that the environment were the attendance took place favored the adoption of almost exclusively that distance, either by the professional or by the patient. In this category, the subcategory 2 has shown that the sitting posture (98.3 %) almost obtained unanimity in the images that were analyzed. When addresser and addressee maintain the same posture, it means that they are attuned, sharing the same rhythm, degree of interest, and movement. Also, in this category, the subcategory 4, denominated contact, demonstrated that in 943 (83.3 %) interactions there was no contact. The most observed gesture in the subcategory âemblematic gesturesâ was the moving of hands (762 or 67.4%). The looking direction, subcategory 4.2, deviated from the interlocutor added up 597 (52.8%) and centered in the interlocutor, 502 (44.4%). In all the video recordings, there were considerable interferences in the moment of the interaction nurse-patient. Such fact was considered a hindrance to communication. The nurse has to demonstrate interest during the interaction, and it is the look towards the patient that will favor this attention during the nursing attendance. It can be concluded, according to the data, that the nurse needs to know and to intensify the studies in non-verbal communication, and to adequate its use to the kind of patient being attended.CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superiorhttp://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=413application/pdfinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFCinstname:Universidade Federal do Cearáinstacron:UFC2019-01-21T11:13:31Zmail@mail.com -
dc.title.pt.fl_str_mv CaracterÃsticas da comunicaÃÃo nÃo-verbal entre o enfermeiro e o cego
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Characteristics of the non-verbal communication between the nurse and the blind patient
title CaracterÃsticas da comunicaÃÃo nÃo-verbal entre o enfermeiro e o cego
spellingShingle CaracterÃsticas da comunicaÃÃo nÃo-verbal entre o enfermeiro e o cego
Cristiana Brasil de Almeida RebouÃas
ComunicaÃÃo nÃo-verbal
Enfermagem
Cegueira
Non-verbal communication
Nursing
Blindness
ENFERMAGEM MEDICO-CIRURGICA
title_short CaracterÃsticas da comunicaÃÃo nÃo-verbal entre o enfermeiro e o cego
title_full CaracterÃsticas da comunicaÃÃo nÃo-verbal entre o enfermeiro e o cego
title_fullStr CaracterÃsticas da comunicaÃÃo nÃo-verbal entre o enfermeiro e o cego
title_full_unstemmed CaracterÃsticas da comunicaÃÃo nÃo-verbal entre o enfermeiro e o cego
title_sort CaracterÃsticas da comunicaÃÃo nÃo-verbal entre o enfermeiro e o cego
author Cristiana Brasil de Almeida RebouÃas
author_facet Cristiana Brasil de Almeida RebouÃas
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Lorita Marlena Freitag Pagliuca
dc.contributor.advisor1ID.fl_str_mv 53504070820
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4780255H1
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Marli Teresinha Gimeniz GalvÃo
dc.contributor.referee1ID.fl_str_mv 08670191822
dc.contributor.referee1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8090769371296465
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Namie Okino Sawada
dc.contributor.referee2ID.fl_str_mv 90000000009
dc.contributor.referee2Lattes.fl_str_mv Namie Okino Sawada
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Paulo CÃsar de Almeida
dc.contributor.referee3ID.fl_str_mv 04161610300
dc.contributor.referee3Lattes.fl_str_mv Paulo CÃsar de Almeida
dc.contributor.authorID.fl_str_mv 62737546320
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4708934H6
dc.contributor.author.fl_str_mv Cristiana Brasil de Almeida RebouÃas
contributor_str_mv Lorita Marlena Freitag Pagliuca
Marli Teresinha Gimeniz GalvÃo
Namie Okino Sawada
Paulo CÃsar de Almeida
dc.subject.por.fl_str_mv ComunicaÃÃo nÃo-verbal
Enfermagem
Cegueira
topic ComunicaÃÃo nÃo-verbal
Enfermagem
Cegueira
Non-verbal communication
Nursing
Blindness
ENFERMAGEM MEDICO-CIRURGICA
dc.subject.eng.fl_str_mv Non-verbal communication
Nursing
Blindness
dc.subject.cnpq.fl_str_mv ENFERMAGEM MEDICO-CIRURGICA
dc.description.sponsorship.fl_txt_mv CoordenaÃÃo de AperfeiÃoamento de Pessoal de NÃvel Superior
dc.description.abstract.por.fl_txt_mv Pesquisa sobre as caracterÃsticas da comunicaÃÃo nÃo-verbal entre o enfermeiro e o cego, cujos objetivos sÃo os seguintes: analisar a comunicaÃÃo nÃo-verbal do enfermeiro com o cego durante a consulta de enfermagem; testar o Ãndice de confiabilidade entre os juÃzes da anÃlise da comunicaÃÃo nÃo-verbal; classificar os sinais nÃo-verbais, segundo o referencial de Hall (1986); verificar a associaÃÃo entre as filmagens e os fatores de comunicaÃÃo nÃo-verbal; e identificar as barreiras da comunicaÃÃo nÃo-verbal entre a enfermeira e o cego. Adotou-se uma abordagem exploratÃria, descritiva, quantitativa, com vistas a fornecer subsÃdios para a intervenÃÃo e, portanto, melhoria na qualidade do atendimento a esta clientela. O estudo foi desenvolvido no perÃodo de fevereiro a abril de 2005, em uma unidade de saÃde de referÃncia, de nÃvel secundÃrio, na cidade de Fortaleza-CE, com enfermeiras que atendiam a diabÃticos, haja vista que a diabetes pode causar vÃrias doenÃas oculares, como catarata, glaucoma e retinopatia diabÃtica. Previamente, foram contatadas as quatorze enfermeiras da instituiÃÃo que realizavam consultas de enfermagem a diabÃticos. Destas, sete concordaram em participar da pesquisa, mas apenas quatro fizeram parte da amostra. Quanto à seleÃÃo dos pacientes diabÃticos cegos, foi feita de forma aleatÃria, respeitando-se os princÃpios Ãticos de pesquisa com seres humanos. Constituiu-se, portanto, de pessoas que adquiriram a cegueira em decorrÃncia da diabetes e que iriam ser atendidas pelas enfermeiras que concordaram em participar da pesquisa. Cinco cegos compuseram a amostra. Para a coleta de dados utilizou-se uma cÃmera filmadora que registrou toda a consulta de enfermagem entre a enfermeira, o cego e o acompanhante. O instrumento de anÃlise dos dados para avaliar a comunicaÃÃo nÃo-verbal da enfermeira com o cego foi elaborado conforme o referencial teÃrico de Hall (1986), com Ãnfase na Teoria ProxÃmica, e recebeu a denominaÃÃo de ComunicaÃÃo NÃo-Verbal Enfermeira â Cego (CONVENCE). Concomitantemente à coleta de dados, o CONVENCE foi enviado a trÃs juÃzes para ser analisado. Para a anÃlise das filmagens escolheram-se outros trÃs juÃzes que concordaram em participar da pesquisa a que foram treinados segundo o referencial proposto. A partir do CONVENCE foram elaboradas cinco categorias, com suas respectivas subcategorias. Categoria 1 - DistÃncia Espacial, com as subcategorias 1.1 - distÃncia, 1.2 - postura, 1.3- eixo, 1.4 - contato. Categoria 2 - Comportamento Social, com as subcategorias: 2.1 - gestos emblemÃticos, 2.2 - gestos ilustradores, 2.3 - gestos reguladores. Categoria 3 - Comportamento Facial. Categoria 4 - CÃdigo Visual, com as subcategorias: 4.1 - abertura ocular, 4.2 - direÃÃo do olhar. Categoria 5 - Volume da Voz. As sessÃes de treinamento e anÃlise dos dados foram realizadas com todos os juÃzes presentes na mesma sala e no mesmo horÃrio predeterminado no inÃcio da capacitaÃÃo. As filmagens foram analisadas a cada quinze segundos, totalizando 1.131 anÃlises de comunicaÃÃo nÃo-verbal. Ao analisar as categorias e subcategorias, os principais resultados observados foram os seguintes. Na categoria 1, a subcategoria distÃncia Ãntima prevaleceu com 1.030 (91,0%), pelo fato do ambiente onde aconteciam as consultas favorecer, tanto ao profissional quanto ao paciente, adotar quase unicamente esta distÃncia. Nesta categoria, a subcategoria 2 mostrou que a postura sentada, 1.112, (98,3%) obteve quase unanimidade nas imagens analisadas. Quando emissor e receptor mantÃm a mesma postura significa que ambos estÃo em sintonia, partilhando do mesmo ritmo, grau de interesse e movimento. TambÃm nesta categoria, a subcategoria 4, denominada contato, demonstrou que em 943 (83,3%) interaÃÃes nÃo houve contato. O gesto mais observado na subcategoria gestos emblemÃticos foi mover as mÃos, com 762 (67,4%). A direÃÃo do olhar, subcategoria 4.2, desviado do interlocutor, contabilizou 597 (52,8%) e centrado no interlocutor, 502 (44,4%). Em todas as filmagens, houve interferÃncias considerÃveis no momento da interaÃÃo enfermeiro-paciente. Tal fato foi considerado como barreira à comunicaÃÃo. O enfermeiro deve-se mostrar interessado durante a interaÃÃo, e à o olhar sobre o paciente que favorecerà esta atenÃÃo na consulta de enfermagem. Conclui-se, de acordo com os dados, que o enfermeiro precisa conhecer e aprofundar os estudos em comunicaÃÃo nÃo-verbal e adequar o seu uso ao tipo de pacientes assistidos durante as consultas.
dc.description.abstract.eng.fl_txt_mv Study on the characteristics of non-verbal communication between the nurse and the blind patient, whose objectives are the following: analyzing the nurseâs non-verbal communication with the blind patient during the nursing attendance; testing the reliability index among the referees of non-verbal communication analysis; classifying the non-verbal signs, according to Hallâs referential (1986); verifying the association between the video recordings and the non-verbal communication factors; and identifying the barriers to non-verbal communication between the nurse and the blind patient. The approach adopted is exploratory, descriptive, and quantitative, aiming at gathering information for intervention and, therefore, for improvement in the quality of assistance to this clientele. The study has been developed during the period of February to April of 2005, in a reference healthcare unit, of secondary level, in the city of Fortaleza-Ce, with nurses that attended to diabetic patients, as diabetes may cause several ocular disorders, such as cataract and diabetic retinopathy. Previously, the fourteen nurses who attended to diabetic patients at the institution had been contacted. Of those, seven agreed in participating of the study, but only four made part of the study group. In what regards the selection of blind diabetic patients, it was performed at random, considering the ethical principles that govern studies with human beings. The group has been constituted, therefore, by people who went blind as a consequence of diabetes, and who were going to be attended by the nurses who were part of the study group. Five blind people integrated the study group. To the data collection, a video camera was employed, which recorded the entire nursing attendance between the nurse, the blind person and his/her companion. The instrument for data analysis to evaluate the non-verbal communication between the nurse and the blind person was elaborated according to Hallâs theoretical referential (1986), with emphasis on the proxemic theory, and received the designation Nurse - Blind Patient Non-Verbal Communication (CONVENCE). Simultaneously to the data analysis, CONVENCE was sent to three referees in order to be analyzed. To the analysis of the video recordings, three other referees were chosen, who agreed in participating in the study and that were trained according to the proposed referential. From CONVENCE, five categories were elaborated, with their respective sub-categories. Category 1: Spatial distance, with the sub-categories 1.1- distance, 1.2- posture, 1.3- axis, 1.4-contact. Category 2 â Social behavior, with the subcategories: 2.1-emblematic gestures, 2.2 illustrating gestures, 2.3 âregulating gestures. Category 3 â Facial behavior. Category 4 â Visual Code, with the subcategories: 4.1 â ocular opening, 4.2 looking direction. Category 5 â Voice volume. The training sessions and the data analysis were carried out with all the referees present in the same room and at the same time that had been preset in the beginning of the training. The video recordings were analyzed each fifteen seconds, summing up 1.131 non-verbal communication analyses. When analyzing the categories and subcategories, the main results that were observed are the following: In category 1, the subcategory minimal distance prevailed with 1.030 (91%), due to the fact that the environment were the attendance took place favored the adoption of almost exclusively that distance, either by the professional or by the patient. In this category, the subcategory 2 has shown that the sitting posture (98.3 %) almost obtained unanimity in the images that were analyzed. When addresser and addressee maintain the same posture, it means that they are attuned, sharing the same rhythm, degree of interest, and movement. Also, in this category, the subcategory 4, denominated contact, demonstrated that in 943 (83.3 %) interactions there was no contact. The most observed gesture in the subcategory âemblematic gesturesâ was the moving of hands (762 or 67.4%). The looking direction, subcategory 4.2, deviated from the interlocutor added up 597 (52.8%) and centered in the interlocutor, 502 (44.4%). In all the video recordings, there were considerable interferences in the moment of the interaction nurse-patient. Such fact was considered a hindrance to communication. The nurse has to demonstrate interest during the interaction, and it is the look towards the patient that will favor this attention during the nursing attendance. It can be concluded, according to the data, that the nurse needs to know and to intensify the studies in non-verbal communication, and to adequate its use to the kind of patient being attended.
description Pesquisa sobre as caracterÃsticas da comunicaÃÃo nÃo-verbal entre o enfermeiro e o cego, cujos objetivos sÃo os seguintes: analisar a comunicaÃÃo nÃo-verbal do enfermeiro com o cego durante a consulta de enfermagem; testar o Ãndice de confiabilidade entre os juÃzes da anÃlise da comunicaÃÃo nÃo-verbal; classificar os sinais nÃo-verbais, segundo o referencial de Hall (1986); verificar a associaÃÃo entre as filmagens e os fatores de comunicaÃÃo nÃo-verbal; e identificar as barreiras da comunicaÃÃo nÃo-verbal entre a enfermeira e o cego. Adotou-se uma abordagem exploratÃria, descritiva, quantitativa, com vistas a fornecer subsÃdios para a intervenÃÃo e, portanto, melhoria na qualidade do atendimento a esta clientela. O estudo foi desenvolvido no perÃodo de fevereiro a abril de 2005, em uma unidade de saÃde de referÃncia, de nÃvel secundÃrio, na cidade de Fortaleza-CE, com enfermeiras que atendiam a diabÃticos, haja vista que a diabetes pode causar vÃrias doenÃas oculares, como catarata, glaucoma e retinopatia diabÃtica. Previamente, foram contatadas as quatorze enfermeiras da instituiÃÃo que realizavam consultas de enfermagem a diabÃticos. Destas, sete concordaram em participar da pesquisa, mas apenas quatro fizeram parte da amostra. Quanto à seleÃÃo dos pacientes diabÃticos cegos, foi feita de forma aleatÃria, respeitando-se os princÃpios Ãticos de pesquisa com seres humanos. Constituiu-se, portanto, de pessoas que adquiriram a cegueira em decorrÃncia da diabetes e que iriam ser atendidas pelas enfermeiras que concordaram em participar da pesquisa. Cinco cegos compuseram a amostra. Para a coleta de dados utilizou-se uma cÃmera filmadora que registrou toda a consulta de enfermagem entre a enfermeira, o cego e o acompanhante. O instrumento de anÃlise dos dados para avaliar a comunicaÃÃo nÃo-verbal da enfermeira com o cego foi elaborado conforme o referencial teÃrico de Hall (1986), com Ãnfase na Teoria ProxÃmica, e recebeu a denominaÃÃo de ComunicaÃÃo NÃo-Verbal Enfermeira â Cego (CONVENCE). Concomitantemente à coleta de dados, o CONVENCE foi enviado a trÃs juÃzes para ser analisado. Para a anÃlise das filmagens escolheram-se outros trÃs juÃzes que concordaram em participar da pesquisa a que foram treinados segundo o referencial proposto. A partir do CONVENCE foram elaboradas cinco categorias, com suas respectivas subcategorias. Categoria 1 - DistÃncia Espacial, com as subcategorias 1.1 - distÃncia, 1.2 - postura, 1.3- eixo, 1.4 - contato. Categoria 2 - Comportamento Social, com as subcategorias: 2.1 - gestos emblemÃticos, 2.2 - gestos ilustradores, 2.3 - gestos reguladores. Categoria 3 - Comportamento Facial. Categoria 4 - CÃdigo Visual, com as subcategorias: 4.1 - abertura ocular, 4.2 - direÃÃo do olhar. Categoria 5 - Volume da Voz. As sessÃes de treinamento e anÃlise dos dados foram realizadas com todos os juÃzes presentes na mesma sala e no mesmo horÃrio predeterminado no inÃcio da capacitaÃÃo. As filmagens foram analisadas a cada quinze segundos, totalizando 1.131 anÃlises de comunicaÃÃo nÃo-verbal. Ao analisar as categorias e subcategorias, os principais resultados observados foram os seguintes. Na categoria 1, a subcategoria distÃncia Ãntima prevaleceu com 1.030 (91,0%), pelo fato do ambiente onde aconteciam as consultas favorecer, tanto ao profissional quanto ao paciente, adotar quase unicamente esta distÃncia. Nesta categoria, a subcategoria 2 mostrou que a postura sentada, 1.112, (98,3%) obteve quase unanimidade nas imagens analisadas. Quando emissor e receptor mantÃm a mesma postura significa que ambos estÃo em sintonia, partilhando do mesmo ritmo, grau de interesse e movimento. TambÃm nesta categoria, a subcategoria 4, denominada contato, demonstrou que em 943 (83,3%) interaÃÃes nÃo houve contato. O gesto mais observado na subcategoria gestos emblemÃticos foi mover as mÃos, com 762 (67,4%). A direÃÃo do olhar, subcategoria 4.2, desviado do interlocutor, contabilizou 597 (52,8%) e centrado no interlocutor, 502 (44,4%). Em todas as filmagens, houve interferÃncias considerÃveis no momento da interaÃÃo enfermeiro-paciente. Tal fato foi considerado como barreira à comunicaÃÃo. O enfermeiro deve-se mostrar interessado durante a interaÃÃo, e à o olhar sobre o paciente que favorecerà esta atenÃÃo na consulta de enfermagem. Conclui-se, de acordo com os dados, que o enfermeiro precisa conhecer e aprofundar os estudos em comunicaÃÃo nÃo-verbal e adequar o seu uso ao tipo de pacientes assistidos durante as consultas.
publishDate 2005
dc.date.issued.fl_str_mv 2005-08-30
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
status_str publishedVersion
format masterThesis
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=413
url http://www.teses.ufc.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=413
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de PÃs-GraduaÃÃo em Enfermagem
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFC
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do CearÃ
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname:Universidade Federal do Ceará
instacron:UFC
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFC
instname_str Universidade Federal do Ceará
instacron_str UFC
institution UFC
repository.name.fl_str_mv -
repository.mail.fl_str_mv mail@mail.com
_version_ 1643295114805641216