A apropriação na contemporaneidade: as reverberações de Borges e seus textos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Capaverde, Tatiana da Silva
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da Universidade Federal Fluminense (RIUFF)
Texto Completo: https://app.uff.br/riuff/handle/1/3274
Resumo: A tese proposta analisa a função autoral em textos contemporâneos que desautorizam o autor da detenção de sentido e praticam a intertextualidade e a pós-produção como atos constitutivos da criação literária a fim de demonstrar que o conceito de autor passa a abarcar a função de autor-leitor nas apropriações realizadas do nome e dos textos de Jorge Luís Borges. Para tanto o tema é abordado sob dois aspectos: a presença de Jorge Luís Borges como personagens em textos alheios e a prática da reescrita por autores contemporâneos de “El Aleph” e El Hacedor do mesmo autor. Fazem parte do corpus de análise as narrativas Los Testigos (2005) de Jaime Begazo e Borges e os Orangotangos Eternos (2000) de Luis Fernando Veríssimo nas quais é examinada a presença de Borges como personagem. Já nas análises das reescritas “El Especialista o La verdad sobre el Aleph” (2005) de Roberto Fontanarrosa, El Aleph Engordado (2009) de Pablo Katchadjian e El Hacedor (de Borges), Remake (2011) de Agustín Fernández Mallo é focalizado o processo de apropriação de textos específicos borgeanos. Objetiva-se mostrar que Borges é um morto presente, que continua a atuar como autor em convivência com autores contemporâneos no universo ficcional e que seus textos-Borges continuam a reverberar em textos alheios. Conclui-se que na contemporaneidade o conceito de autoria está ressemantizado, o autor está vivo e atuante na malha das letras, sendo mantido e alimentado pelas mitografias e pela função autoral exercida por diferentes agentes na trama narrativa
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