Perfil de imunoglobulinas G e suas subclasses em recém-nascidos comtoxoplasmose congênita em Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Carlos Henryque de Souza e Silva
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8M6J8B
Resumo: Toxoplasma gondii possui importância médica e veterinária, sendo um patógeno oportunista em pacientes imunocomprometidos e fetos de mães recentemente infectadas. Entre novembro/2006 e maio/2007, foram identificados 220 recém-nascidos positivos para IgM anti-T. gondii e suas respectivas mães entre 146.307 crianças estudadas, participantes do Programa Estadual de Triagem Neonatal em Minas Gerais. A toxoplasmose foi confirmada em 190 crianças apresentando anticorpos IgG persistentes até o 12º mês de vida, enquanto 45 tiveram o diagnóstico de toxoplasmose congênita descartado. O objetivo do presente trabalho foi estabelecer uma comparação entre os resultados do teste de ELISA destes recém-nascidos com toxoplasmose congênita, quando utilizados antígenos solúveis (STAg) e recombinantes (rSAG1 erMIC3) de T. gondii, associando as subclasses de IgG aos sinais clínicos encontrados nos mesmos, além de comparar a sorologia das mães e dos recém-nascidos. Foram avaliadas 175 crianças dentre as 190 com toxoplasmose congênita confirmada e 42 dentre as 45 com diagnóstico negativo. As proporções de amostras reativas de recémnascidos infectados e aqueles não-infectados foram distintas ao realizar ELISA utilizando antígenos recombinantes. Todos os antígenos testados apresentaram alta sensibilidade e baixa especificidade para detectar IgG total e IgG1 anti-T. gondii em crianças com toxoplasmose congênita e baixa sensibilidade e alta especificidade para detectar IgG3 e IgG4. Diferença na proporção entre recém-nascidos infectados com mães não-infectadas e recém-nascidos não-infectados com mães infectadas foi observada, demonstrando a produção de anticorpos anti-T. gondii pelo feto infectado durante a gestação. Maior chance de se detectar IgG total anti-T. gondii pelo teste de ELISA em crianças sem lesões oculares quando comparadas com crianças com lesões ativas e cicatrizadas foi observada, enquanto a detecção de IgG2 e IgG4 anti-T. gondii relacionou-se com lesão ocular, quando comparada com crianças sem lesões. Relação entre o ELISA e casos de alterações neurológicas foi observada para IgG2 e IgG4 anti- T. gondii, enquanto IgG3 foi relacionada com crianças sem alterações neurológicas. A partir desses resultados, pode-se afirmar que antígenos recombinantes, em conjunto com a pesquisa de subclasses de anticorpos IgG são importantes ferramentas diagnósticas indiretas capazes de predizer as possíveis alterações encontradas em recém-nascidos com toxoplasmose congênita
id UFMG_10c12802cd00fa8aad8a761466629a78
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8M6J8B
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Ricardo Wagner de Almeida VitorGlaucia Manzan Queiroz de AndradeDeborah Aparecida Negrao CorreaNelder de Figueiredo GontijoHeitor Franco de Andrade JuniorNeide Maria da SilvaCarlos Henryque de Souza e Silva2019-08-14T10:03:11Z2019-08-14T10:03:11Z2011-05-26http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8M6J8BToxoplasma gondii possui importância médica e veterinária, sendo um patógeno oportunista em pacientes imunocomprometidos e fetos de mães recentemente infectadas. Entre novembro/2006 e maio/2007, foram identificados 220 recém-nascidos positivos para IgM anti-T. gondii e suas respectivas mães entre 146.307 crianças estudadas, participantes do Programa Estadual de Triagem Neonatal em Minas Gerais. A toxoplasmose foi confirmada em 190 crianças apresentando anticorpos IgG persistentes até o 12º mês de vida, enquanto 45 tiveram o diagnóstico de toxoplasmose congênita descartado. O objetivo do presente trabalho foi estabelecer uma comparação entre os resultados do teste de ELISA destes recém-nascidos com toxoplasmose congênita, quando utilizados antígenos solúveis (STAg) e recombinantes (rSAG1 erMIC3) de T. gondii, associando as subclasses de IgG aos sinais clínicos encontrados nos mesmos, além de comparar a sorologia das mães e dos recém-nascidos. Foram avaliadas 175 crianças dentre as 190 com toxoplasmose congênita confirmada e 42 dentre as 45 com diagnóstico negativo. As proporções de amostras reativas de recémnascidos infectados e aqueles não-infectados foram distintas ao realizar ELISA utilizando antígenos recombinantes. Todos os antígenos testados apresentaram alta sensibilidade e baixa especificidade para detectar IgG total e IgG1 anti-T. gondii em crianças com toxoplasmose congênita e baixa sensibilidade e alta especificidade para detectar IgG3 e IgG4. Diferença na proporção entre recém-nascidos infectados com mães não-infectadas e recém-nascidos não-infectados com mães infectadas foi observada, demonstrando a produção de anticorpos anti-T. gondii pelo feto infectado durante a gestação. Maior chance de se detectar IgG total anti-T. gondii pelo teste de ELISA em crianças sem lesões oculares quando comparadas com crianças com lesões ativas e cicatrizadas foi observada, enquanto a detecção de IgG2 e IgG4 anti-T. gondii relacionou-se com lesão ocular, quando comparada com crianças sem lesões. Relação entre o ELISA e casos de alterações neurológicas foi observada para IgG2 e IgG4 anti- T. gondii, enquanto IgG3 foi relacionada com crianças sem alterações neurológicas. A partir desses resultados, pode-se afirmar que antígenos recombinantes, em conjunto com a pesquisa de subclasses de anticorpos IgG são importantes ferramentas diagnósticas indiretas capazes de predizer as possíveis alterações encontradas em recém-nascidos com toxoplasmose congênitaToxoplasma gondii has medical and veterinary importance, being an opportunistic pathogen in immunocompromised patients and fetuses of mothers recently infected. From November/2006 to May/2007 220 newborns positive for IgM anti-T. gondii and their mothers were identified from 146,307 screened babies, participants of the Newborn Screening State Program in Minas Gerais. Toxoplasmosis was confirmed in 190 children with persistence of IgG antibody until the 12th month of life, while 45 had congenital toxoplasmosis discarded. The aim of this study was to establish a comparison between the results of the ELISA test in newborns with congenital toxoplasmosis when T. gondii soluble antigens (STAg) and recombinants (rSAG1 and rMIC3) were employed, comparing serology of mothers and their newborns. In addition, it was studied the association of IgG subclasses and clinical signs. One hundred seventy five children among the 190 with confirmed congenital toxoplasmosis and 42 among the 45 with negative diagnosis were evaluated. The proportion of reactive samples of newborns infected and uninfected ones were different when performing ELISA using ecombinant antigens. All the antigens showed high sensitivity and low specificity for detecting total IgG and IgG1 anti-T. gondii in children with congenital toxoplasmosis and low sensitivity and high specificity to detect IgG3 and IgG4. Difference in the proportion of newborn infected with non-infected mothers and newborns infected with non-infected mothers was observed, demonstrating the production of anti-T. gondii by infected fetus during pregnancy. It was observed greater chance to detect total IgG anti-T. gondii by ELISA in children without ocular lesions when compared with children with active and cicatrized lesions, while detection of IgG2 and IgG4 anti-T. gondii was related to ocular lesion when compared with children without damage. Relationship between ELISA and cases of neurological disorders was observed for IgG2 and IgG4 anti-T. gondii, while IgG3 was related to children with no neurological deficits. Based on these results, it can be affirmed that recombinant antigens in conjunction with subclasses of IgG antibodies detection are important indirect diagnostic tools capable of predicting the potential alterations found in newborns with congenital toxoplasmosisUniversidade Federal de Minas GeraisUFMGParasitologiaparasitologiaPerfil de imunoglobulinas G e suas subclasses em recém-nascidos comtoxoplasmose congênita em Minas Gerais, Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALtese_doutorado___carlos_henryque_de_souza_e_silva.pdfapplication/pdf5121081https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8M6J8B/1/tese_doutorado___carlos_henryque_de_souza_e_silva.pdf87a37348e425dce2150dafccf6777f47MD51TEXTtese_doutorado___carlos_henryque_de_souza_e_silva.pdf.txttese_doutorado___carlos_henryque_de_souza_e_silva.pdf.txtExtracted texttext/plain255043https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8M6J8B/2/tese_doutorado___carlos_henryque_de_souza_e_silva.pdf.txtc7d1b1fc9ea3c417747cd7a1139b8d3fMD521843/BUOS-8M6J8B2019-11-14 06:48:09.36oai:repositorio.ufmg.br:1843/BUOS-8M6J8BRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2019-11-14T09:48:09Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Perfil de imunoglobulinas G e suas subclasses em recém-nascidos comtoxoplasmose congênita em Minas Gerais, Brasil
title Perfil de imunoglobulinas G e suas subclasses em recém-nascidos comtoxoplasmose congênita em Minas Gerais, Brasil
spellingShingle Perfil de imunoglobulinas G e suas subclasses em recém-nascidos comtoxoplasmose congênita em Minas Gerais, Brasil
Carlos Henryque de Souza e Silva
parasitologia
Parasitologia
title_short Perfil de imunoglobulinas G e suas subclasses em recém-nascidos comtoxoplasmose congênita em Minas Gerais, Brasil
title_full Perfil de imunoglobulinas G e suas subclasses em recém-nascidos comtoxoplasmose congênita em Minas Gerais, Brasil
title_fullStr Perfil de imunoglobulinas G e suas subclasses em recém-nascidos comtoxoplasmose congênita em Minas Gerais, Brasil
title_full_unstemmed Perfil de imunoglobulinas G e suas subclasses em recém-nascidos comtoxoplasmose congênita em Minas Gerais, Brasil
title_sort Perfil de imunoglobulinas G e suas subclasses em recém-nascidos comtoxoplasmose congênita em Minas Gerais, Brasil
author Carlos Henryque de Souza e Silva
author_facet Carlos Henryque de Souza e Silva
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Ricardo Wagner de Almeida Vitor
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv Glaucia Manzan Queiroz de Andrade
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Deborah Aparecida Negrao Correa
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Nelder de Figueiredo Gontijo
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Heitor Franco de Andrade Junior
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Neide Maria da Silva
dc.contributor.author.fl_str_mv Carlos Henryque de Souza e Silva
contributor_str_mv Ricardo Wagner de Almeida Vitor
Glaucia Manzan Queiroz de Andrade
Deborah Aparecida Negrao Correa
Nelder de Figueiredo Gontijo
Heitor Franco de Andrade Junior
Neide Maria da Silva
dc.subject.por.fl_str_mv parasitologia
topic parasitologia
Parasitologia
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Parasitologia
description Toxoplasma gondii possui importância médica e veterinária, sendo um patógeno oportunista em pacientes imunocomprometidos e fetos de mães recentemente infectadas. Entre novembro/2006 e maio/2007, foram identificados 220 recém-nascidos positivos para IgM anti-T. gondii e suas respectivas mães entre 146.307 crianças estudadas, participantes do Programa Estadual de Triagem Neonatal em Minas Gerais. A toxoplasmose foi confirmada em 190 crianças apresentando anticorpos IgG persistentes até o 12º mês de vida, enquanto 45 tiveram o diagnóstico de toxoplasmose congênita descartado. O objetivo do presente trabalho foi estabelecer uma comparação entre os resultados do teste de ELISA destes recém-nascidos com toxoplasmose congênita, quando utilizados antígenos solúveis (STAg) e recombinantes (rSAG1 erMIC3) de T. gondii, associando as subclasses de IgG aos sinais clínicos encontrados nos mesmos, além de comparar a sorologia das mães e dos recém-nascidos. Foram avaliadas 175 crianças dentre as 190 com toxoplasmose congênita confirmada e 42 dentre as 45 com diagnóstico negativo. As proporções de amostras reativas de recémnascidos infectados e aqueles não-infectados foram distintas ao realizar ELISA utilizando antígenos recombinantes. Todos os antígenos testados apresentaram alta sensibilidade e baixa especificidade para detectar IgG total e IgG1 anti-T. gondii em crianças com toxoplasmose congênita e baixa sensibilidade e alta especificidade para detectar IgG3 e IgG4. Diferença na proporção entre recém-nascidos infectados com mães não-infectadas e recém-nascidos não-infectados com mães infectadas foi observada, demonstrando a produção de anticorpos anti-T. gondii pelo feto infectado durante a gestação. Maior chance de se detectar IgG total anti-T. gondii pelo teste de ELISA em crianças sem lesões oculares quando comparadas com crianças com lesões ativas e cicatrizadas foi observada, enquanto a detecção de IgG2 e IgG4 anti-T. gondii relacionou-se com lesão ocular, quando comparada com crianças sem lesões. Relação entre o ELISA e casos de alterações neurológicas foi observada para IgG2 e IgG4 anti- T. gondii, enquanto IgG3 foi relacionada com crianças sem alterações neurológicas. A partir desses resultados, pode-se afirmar que antígenos recombinantes, em conjunto com a pesquisa de subclasses de anticorpos IgG são importantes ferramentas diagnósticas indiretas capazes de predizer as possíveis alterações encontradas em recém-nascidos com toxoplasmose congênita
publishDate 2011
dc.date.issued.fl_str_mv 2011-05-26
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-08-14T10:03:11Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-08-14T10:03:11Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8M6J8B
url http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8M6J8B
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8M6J8B/1/tese_doutorado___carlos_henryque_de_souza_e_silva.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/BUOS-8M6J8B/2/tese_doutorado___carlos_henryque_de_souza_e_silva.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv 87a37348e425dce2150dafccf6777f47
c7d1b1fc9ea3c417747cd7a1139b8d3f
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797971001104924672