Prevalência e fatores associados à autoavaliação do estado de saúde entre adultos remanescentes de quilombos e comparação com população rural da Bahia: estudo de base populacional em comunidades quilombolas no nordeste do Brasil

• Autor(a) principal: Clavdia Nicolaena Kochergin
• Data de Publicação: 2014
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/BUOS-AUGFQF
• topic: Estudos Transversais; Inquéritos Epidemiológicos; Autoavaliação do estado de saúde; Grupo com Ancestrais do Continente Africano; Nível de saúde; Grupo com ancestrais do continente africano; Medicina ; Inqueritos epidemiólogicos; Estudos transversais; Autoavaliação

Este estudo objetivou verificar a condição de saúde da população quilombola do município de Vitória da Conquista-Bahia e comparar esta realidade com as condições de saúde da população rural da Bahia. Foi realizado um estudo transversal de base populacional com 797 indivíduos adultos, residentes em comunidades remanescentes de quilombos no município de Vitória da Conquista na Bahia, em 2011. As análises multivariadas foram realizadas por regressão logística ordinal, ajustada por sexo e idade. A prevalência de autoavaliação negativa (ruim/muito ruim) foi de 12,5% e uma pior autoavaliação de saúde se associou às dimensões socioeconômica, demográfica, hábitos de vida, suporte social e situação de saúde. Para a comparação entre a população quilombola do município de Vitória da Conquista e a população rural da Bahia, foram analisados os seguintes desfechos: autoavaliação do estado de saúde, presença de doença crônica, presença de limitação nas atividades habituais por problemas de saúde nos últimos 15 dias e limitação para desempenho das atividades para autocuidado: ir ao banheiro, alimentar-se e tomar banho. Dados sobre a população rural da Bahia foram extraídos da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio realizada em 2008 (PNAD-2008). As diferenças entre as proporções da distribuição das características analisadas foram testadas por meio da distribuição qui-quadrado e calculadas as variações percentuais das diferenças nas prevalências dos quatro desfechos supracitados. A população quilombola em relação à população rural da Bahia autoavaliou negativamente (regular, ruim e muito ruim) sua saúde 49,2% a mais; indicou 110,8% mais de presença de doença; 137,0% a mais de restrição nas atividades habituais por problemas de saúde e 112,1% a mais de dificuldade para o autocuidado. Os resultados indicam que a população quilombola encontra-se em situação mais desvantajosa que a população rural da Bahia. O programa Stata, versão 12.0 foi utilizado para análise dos dados.