O impacto da Cidade Administrativa na mobilidade de trabalhadores na Região Metropolitana de Belo Horizonte

• Autor(a) principal: Ana Luiza de Aguiar Carneiro
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/51020
• topic: Mobilidade Urbana; Pendularidade; RMBH; CAMG; Centralidades; Concentração Populacional; Desconcentração; Transporte urbano; Belo Horizonte, Região Metropolitana de (MG); Demografia

A mobilidade é aspecto fundamental no processo de urbanização e metropolização, de concentração e desconcentração populacional e de formação de centralidades urbanas. O padrão e volume de movimentos pode apresentar diferentes tendências no tempo e estão vinculados, dentre outros fatores, à dinâmica econômica e demográfica. Nesse sentido, espera-se que a criação de uma nova centralidade na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), como a Cidade Administrativa (CAMG), para concentrar o Poder Executivo estadual, órgão e entidades da Administração Pública, tenha impactado os movimentos pendulares e internos por motivo de trabalho da RMBH. De fato, a CAMG transferiu um grande número de postos de trabalho, anteriormente localizados no centro da capital, para o Vetor Norte, próximo ao limite municipal com os municípios da fração norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Nesse sentido, a dissertação avalia como a implantação da CAMG gerou impacto na mobilidade pendular dos trabalhadores por meio do reordenamento de fluxos. Foram utilizados dados e informações do período anterior e posterior à implementação do equipamento público, o que foi possível com a disponibilidade de dados das pesquisas de Origem-Destino (OD) dos anos de 2002, 2012 e 2019. Dessa forma, foi feita uma caracterização dos padrões de mobilidade pendular para os anos de estudo e identificou-se mudanças no nível e estrutura da mobilidade. Para isso, utilizou-se de medidas análogas às de migração para observação dos fluxos, sendo elas a Taxa Líquida de Pendularidade, que considera as entradas e saídas dos pendulares e observa o saldo dos movimentos em relação à população, o Índice de Eficácia de Pendularidade, verificando o potencial de absorção ou evasão dos municípios e Zonas de Tráfego, a Taxa de Fluxo Pendular e de Fluxo Interno dos deslocamentos por motivos de trabalho para a Zona CAMG, que pondera os fluxos de cada Zona ou município pela sua população e o método log-linear a partir de uma técnica de codificação de referência de soma total, que possibilita analisar a estrutura da mobilidade, sua variação no tempo e a interação entre as origens e destinos. A pesquisa permitiu a identificação do impacto da Cidade Administrativa na mobilidade pendular e interna por meio dos indicadores que mostraram um maior volume de fluxo recebido, principalmente no primeiro período (2002-2012), de indivíduos de outros municípios e outras Zonas de Tráfego de Belo Horizonte.