“Como é trabalhar aí?" : um olhar comunicacional sobre trabalho e emoções nas agências publicitárias brasileiras

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Dôuglas Aparecido Ferreira
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFMG
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1843/45842
https://orcid.org/0000-0002-6128-6052
Resumo: O objetivo desta tese é investigar como, ao enquadrar as rotinas diárias do trabalho na lista “Como é trabalhar aí?” — um documento on-line com milhares de comentários anônimos em relação ao ambiente laboral das agências de publicidade —, os publicitários (re)produzem e revelam tanto as contradições do capitalismo quanto as aderências das emoções nos objetos com que se relacionam. Para tanto, discutimos as contradições como motores da realidade e reivindicamos uma perspectiva dialética para compreendê-las. Após isso, propomos uma conceituação de emoção que contemple pelo menos quatro determinações: as sensações fisiológicas, a cultura, a linguagem e a subjetividade. Consequentemente, o corpo humano se torna a local onde as contradições dessas quatro determinações sintetizam as emoções. Esses pressupostos nos levaram a desenvolver uma forma materialista de observar a manifestação das emoções pelo olhar comunicacional, privilegiando, principalmente, o movimento de aderência delas aos objetos da realidade. Nesse sentido, a noção praxiológica de comunicação, conjugada com os pressupostos marxianos, revela-se como uma profícua leitura da ação dos seres humanos dentro das possibilidades históricas e sociais que eles mesmos produziram. A originalidade deste estudo está justamente em fazer esta articulação entre a praxiologia e o materialismo histórico-dialético para entender a interligação ontológica entre trabalho, emoção e comunicação. Partindo dessas discussões basilares, organizamos o material de análise em cinco grupos temáticos e elaboramos uma grade analítica composta por três eixos: 1) enquadramento das emoções; 2) posicionamento dos objetos aderentes e 3) as contradições emergentes. A análise, de caráter qualitativo, revela que as emoções não estão separadas da racionalidade, visto que elas contribuem significativamente para que os trabalhadores interpretem a realidade contraditória sob a qual vendem sua força de trabalho. Além disso, ao mesmo tempo que criam distinções entre os objetos do contexto laboral, percebemos que o compartilhamento das emoções é uma potente forma de aumentar a consciência de classe entre os trabalhadores, já que elas, ao revelar nossas particularidades, também exaltam nossa generalidade como seres humanos que sentem coisas semelhantes a partir das explorações do capital.
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Após isso, propomos uma conceituação de emoção que contemple pelo menos quatro determinações: as sensações fisiológicas, a cultura, a linguagem e a subjetividade. Consequentemente, o corpo humano se torna a local onde as contradições dessas quatro determinações sintetizam as emoções. Esses pressupostos nos levaram a desenvolver uma forma materialista de observar a manifestação das emoções pelo olhar comunicacional, privilegiando, principalmente, o movimento de aderência delas aos objetos da realidade. Nesse sentido, a noção praxiológica de comunicação, conjugada com os pressupostos marxianos, revela-se como uma profícua leitura da ação dos seres humanos dentro das possibilidades históricas e sociais que eles mesmos produziram. A originalidade deste estudo está justamente em fazer esta articulação entre a praxiologia e o materialismo histórico-dialético para entender a interligação ontológica entre trabalho, emoção e comunicação. Partindo dessas discussões basilares, organizamos o material de análise em cinco grupos temáticos e elaboramos uma grade analítica composta por três eixos: 1) enquadramento das emoções; 2) posicionamento dos objetos aderentes e 3) as contradições emergentes. A análise, de caráter qualitativo, revela que as emoções não estão separadas da racionalidade, visto que elas contribuem significativamente para que os trabalhadores interpretem a realidade contraditória sob a qual vendem sua força de trabalho. Além disso, ao mesmo tempo que criam distinções entre os objetos do contexto laboral, percebemos que o compartilhamento das emoções é uma potente forma de aumentar a consciência de classe entre os trabalhadores, já que elas, ao revelar nossas particularidades, também exaltam nossa generalidade como seres humanos que sentem coisas semelhantes a partir das explorações do capital.The aim of this thesis is to investigate how, when framing the daily routines of work in the list “Como é trabalhar aí?” — a on-line file with thousands of anonymous comments regarding the work environment of advertising agencies —, advertising workers (re)produce and reveal both the contradictions of capitalism and the adhesions of emotions to the objects with which they relate. Therefore, we discuss contradictions as engines of reality and claim a dialectical perspective to understand them. After that, we propose a conceptualization of emotion that includes at least four determinations: physiological sensations, culture, language and subjectivity. Consequently, the human body becomes the place where the contradictions of these four determinations synthesize emotions. These assumptions led us to develop a materialistic way of observing the manifestation of emotions through the communicational perspective, privileging, mainly, the movement of adherence of them to the objects of reality. In this sense, the praxiological notion of communication, combined with Marxian assumptions, reveals itself as a fruitful reading of the action of human beings within the historical and social possibilities that they themselves have produced. The originality of this study lies precisely in making this articulation between praxiology and historical-dialectical materialism to understand the ontological interconnection between work, emotion and communication. From these basic discussions, we organized the material for analysis into five thematic groups and created an analytical matrix composed of three axes: 1) framing of emotions; 2) footing of adherent objects and 3) emerging contradictions. The qualitative analysis reveals that emotions are not separate from rationality, as they significantly contribute to workers interpreting the contradictory reality under which they sell their workforce. In addition, while they create distinctions between the objects of the work context, we realize that the sharing of emotions is a powerful way to increase class consciousness among workers, since they, by revealing our particularities, also exalt our generality as human beings who feel similar things from the exploitations of capital.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em Comunicação SocialUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO SOCIALTrabalho publicitárioComunicaçãoEmoçõesContradiçõesCapitalismo“Como é trabalhar aí?" : um olhar comunicacional sobre trabalho e emoções nas agências publicitárias brasileirasinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTese - Como é trabalhar aí 4.pdfTese - Como é trabalhar aí 4.pdfapplication/pdf8221500https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/45842/1/Tese%20-%20Como%20e%cc%81%20trabalhar%20ai%cc%81%20%204.pdf5cb332920c442bcfa80b891679f91512MD51LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/45842/2/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD521843/458422022-10-02 17:35:21.521oai:repositorio.ufmg.br:1843/45842TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2022-10-02T20:35:21Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
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