Adolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte

Bibliographic Details
Main Author: Leonardo Tolentino Lima Rocha
Publication Date: 2023
Format: Doctoral thesis
Language: por
Source: Repositório Institucional da UFMG
Download full: http://hdl.handle.net/1843/52901
Summary: O Estatuto da Criança e do Adolescente pode ser considerado um avanço quando comparado ao ordenamento jurídico do Código de Menores. Contudo, o acolhimento institucional de meninas travestis e transexuais segue sendo um imbróglio para o Sistema de Garantia de Direitos (SGD). Ora elas são “adolescentes” demais para serem travestis, sendo negados a elas o direito ao reconhecimento e o respeito à identidade de gênero. Ora são travestis demais para serem “adolescentes”, e o acolhimento institucional não encontra caminho para se efetivar em proteção integral. Esta pesquisa procura compreender como se faz existir o acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte. Para tanto, a praxiografia é escolhida como metodologia de pesquisa. Argumenta-se, assim, que o acolhimento institucional de meninas trans se aproxima de um dispositivo. Constitui-se na e a partir da tessitura de um conjunto heterogêneo de práticas que comportam elementos físicos, humanos, não-humanos, discursivos, jurídicos etc. Uma vez acionado, esse dispositivo produz efeitos contínuos, imprevisíveis e contingentes. As práticas, banais e institucionais, se articulam, se reconfiguram e, desse modo, fazem existir – parcial, local e contingencialmente – o próprio objeto. Com isso, o acolhimento institucional se configura por meio dos elementos que propõe manejar: proteção, vulnerabilidade, risco social e pessoal, “adolescências”, juventudes, autonomia, tutela. As práticas aqui pesquisadas são atravessadas por outros elementos: as experiências travestis e transexuais. Desse modo, observou-se que o acolhimento institucional de jovens travestis e transexuais em Belo Horizonte é performado por sistemas, engrenagens e fluxos prescritos pelo ordenamento jurídico e normatizações técnicas que constituem o SGD. Além disso, a capital mineira possui engrenagens peculiares para lidar com as experiências trans e fazer existir acolhimento e proteção. A pesquisa discute como as tecnologias familista e menorista se articulam em uma máquina óptica de análise e intervenção sobre as vidas das jovens trans que acessam o SGD em Belo Horizonte. Por fim, o texto apresenta como os atos de recambiar, transferir e se evadir se constituem como mecanismos performáticos do acolhimento de meninas travestis e transexuais na capital mineira. A pesquisa é um convite à reflexão sobre os modos como a política de atendimento de crianças e adolescentes pode ser pensada e executada de outras maneiras.
id UFMG_8384358743e8d74e365569303ab71eb4
oai_identifier_str oai:repositorio.ufmg.br:1843/52901
network_acronym_str UFMG
network_name_str Repositório Institucional da UFMG
repository_id_str
spelling Marco Aurélio Máximo Pradohttp://lattes.cnpq.br/6622025960142025Gustavo Henrique CarreteroPaula Sandrine MachadoAnna Paula UzielBruna Andrade Irineuhttp://lattes.cnpq.br/5524648548507218Leonardo Tolentino Lima Rocha2023-05-08T13:43:12Z2023-05-08T13:43:12Z2023-03-03http://hdl.handle.net/1843/52901O Estatuto da Criança e do Adolescente pode ser considerado um avanço quando comparado ao ordenamento jurídico do Código de Menores. Contudo, o acolhimento institucional de meninas travestis e transexuais segue sendo um imbróglio para o Sistema de Garantia de Direitos (SGD). Ora elas são “adolescentes” demais para serem travestis, sendo negados a elas o direito ao reconhecimento e o respeito à identidade de gênero. Ora são travestis demais para serem “adolescentes”, e o acolhimento institucional não encontra caminho para se efetivar em proteção integral. Esta pesquisa procura compreender como se faz existir o acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte. Para tanto, a praxiografia é escolhida como metodologia de pesquisa. Argumenta-se, assim, que o acolhimento institucional de meninas trans se aproxima de um dispositivo. Constitui-se na e a partir da tessitura de um conjunto heterogêneo de práticas que comportam elementos físicos, humanos, não-humanos, discursivos, jurídicos etc. Uma vez acionado, esse dispositivo produz efeitos contínuos, imprevisíveis e contingentes. As práticas, banais e institucionais, se articulam, se reconfiguram e, desse modo, fazem existir – parcial, local e contingencialmente – o próprio objeto. Com isso, o acolhimento institucional se configura por meio dos elementos que propõe manejar: proteção, vulnerabilidade, risco social e pessoal, “adolescências”, juventudes, autonomia, tutela. As práticas aqui pesquisadas são atravessadas por outros elementos: as experiências travestis e transexuais. Desse modo, observou-se que o acolhimento institucional de jovens travestis e transexuais em Belo Horizonte é performado por sistemas, engrenagens e fluxos prescritos pelo ordenamento jurídico e normatizações técnicas que constituem o SGD. Além disso, a capital mineira possui engrenagens peculiares para lidar com as experiências trans e fazer existir acolhimento e proteção. A pesquisa discute como as tecnologias familista e menorista se articulam em uma máquina óptica de análise e intervenção sobre as vidas das jovens trans que acessam o SGD em Belo Horizonte. Por fim, o texto apresenta como os atos de recambiar, transferir e se evadir se constituem como mecanismos performáticos do acolhimento de meninas travestis e transexuais na capital mineira. A pesquisa é um convite à reflexão sobre os modos como a política de atendimento de crianças e adolescentes pode ser pensada e executada de outras maneiras.Brazil's Statute of the Child and the Adolescent can be considered an advance when compared to the legal system of the Minors’ Code. However, the institutional sheltering of transvestite and transsexual girls continues to be an imbroglio for the Rights Guarantee System (SGD). Sometimes they are too “adolescents” to be transvestites, being denied the right to recognition and respect for gender identity. Other times, they are too transvestites to be “adolescents” and institutional care does not find a way to provide full protection. This research seeks to understand how sheltering of young transgenders is enacted in the city of Belo Horizonte. On that account, praxiography is chosen as the research’s methodology. It is argued, therefore, that the reception centre of trans girls approaches a device. It is constituted in a heterogeneous set of practices that comprise elements that are physical, human, non-human, discursive, legal, etc. Once activated, this device produces continuous, unpredictable and contingent effects. The banal and institutional practices are articulated, reconfigured and, in this way, enact – partially, locally and contingently – the object itself. With this, the institutional care is configured through the elements that it proposes to manage: protection, vulnerability, social and personal risk, “adolescences”, youth, autonomy, guardianship. The practices, researched here, are crossed by other elements: transvestite and transsexual experiences. Thus, it was observed that the institutional sheltering of young transvestites and transsexuals in Belo Horizonte is performed by systems, gears and flows prescribed by the legal system and technical norms that constitute the SGD. In addition, the capital of Minas Gerais has peculiar gears to deal with trans experiences and to provide shelter and protection. The research discusses how familist and minorist technologies are articulated in an optical machine for analysis and intervention in the lives of young trans women who access the SGD in Belo Horizonte. Finally, the paper presents how the acts of exchange, transfer and evasion are constituted as performative mechanisms for the reception of transvestite and transsexual girls in the capital of Minas Gerais. The research is an invitation to reflect on the ways in which the policy for the care of children and adolescents can be conceived and implemented in other ways.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessPsicologia - TesesTransexualidade - TesesTravestismo - TesesAdolescência - TesesTransexualidadeTravestilidadeAdolescênciaJuventudeProteção socialAcolhimento institucionalAdolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo HorizonteToo adolescent to be a transvestite or too transvestite to be taken into account? : institutional sheltering of young trans people in Belo Horizonte cityinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTolentino, L. L. R. (2023). Adolescente demais para ser travesti - Acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte.pdfTolentino, L. L. R. (2023). Adolescente demais para ser travesti - Acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte.pdfTolentino, L. L. R. (2023). Adolescente demais para ser travesti - Acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonteapplication/pdf3649730https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52901/1/Tolentino%2c%20L.%20L.%20R.%20%282023%29.%20Adolescente%20demais%20para%20ser%20travesti%20-%20Acolhimento%20institucional%20de%20jovens%20trans%20no%20munic%c3%adpio%20de%20Belo%20Horizonte.pdffe0fffb87480048fee8c09955a94b6abMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52901/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52901/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/529012023-05-08 10:43:12.897oai:repositorio.ufmg.br:1843/52901TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-05-08T13:43:12Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Adolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv Too adolescent to be a transvestite or too transvestite to be taken into account? : institutional sheltering of young trans people in Belo Horizonte city
title Adolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte
spellingShingle Adolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte
Leonardo Tolentino Lima Rocha
Transexualidade
Travestilidade
Adolescência
Juventude
Proteção social
Acolhimento institucional
Psicologia - Teses
Transexualidade - Teses
Travestismo - Teses
Adolescência - Teses
title_short Adolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte
title_full Adolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte
title_fullStr Adolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte
title_full_unstemmed Adolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte
title_sort Adolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte
author Leonardo Tolentino Lima Rocha
author_facet Leonardo Tolentino Lima Rocha
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Marco Aurélio Máximo Prado
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/6622025960142025
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Gustavo Henrique Carretero
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Paula Sandrine Machado
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Anna Paula Uziel
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Bruna Andrade Irineu
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/5524648548507218
dc.contributor.author.fl_str_mv Leonardo Tolentino Lima Rocha
contributor_str_mv Marco Aurélio Máximo Prado
Gustavo Henrique Carretero
Paula Sandrine Machado
Anna Paula Uziel
Bruna Andrade Irineu
dc.subject.por.fl_str_mv Transexualidade
Travestilidade
Adolescência
Juventude
Proteção social
Acolhimento institucional
topic Transexualidade
Travestilidade
Adolescência
Juventude
Proteção social
Acolhimento institucional
Psicologia - Teses
Transexualidade - Teses
Travestismo - Teses
Adolescência - Teses
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv Psicologia - Teses
Transexualidade - Teses
Travestismo - Teses
Adolescência - Teses
description O Estatuto da Criança e do Adolescente pode ser considerado um avanço quando comparado ao ordenamento jurídico do Código de Menores. Contudo, o acolhimento institucional de meninas travestis e transexuais segue sendo um imbróglio para o Sistema de Garantia de Direitos (SGD). Ora elas são “adolescentes” demais para serem travestis, sendo negados a elas o direito ao reconhecimento e o respeito à identidade de gênero. Ora são travestis demais para serem “adolescentes”, e o acolhimento institucional não encontra caminho para se efetivar em proteção integral. Esta pesquisa procura compreender como se faz existir o acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte. Para tanto, a praxiografia é escolhida como metodologia de pesquisa. Argumenta-se, assim, que o acolhimento institucional de meninas trans se aproxima de um dispositivo. Constitui-se na e a partir da tessitura de um conjunto heterogêneo de práticas que comportam elementos físicos, humanos, não-humanos, discursivos, jurídicos etc. Uma vez acionado, esse dispositivo produz efeitos contínuos, imprevisíveis e contingentes. As práticas, banais e institucionais, se articulam, se reconfiguram e, desse modo, fazem existir – parcial, local e contingencialmente – o próprio objeto. Com isso, o acolhimento institucional se configura por meio dos elementos que propõe manejar: proteção, vulnerabilidade, risco social e pessoal, “adolescências”, juventudes, autonomia, tutela. As práticas aqui pesquisadas são atravessadas por outros elementos: as experiências travestis e transexuais. Desse modo, observou-se que o acolhimento institucional de jovens travestis e transexuais em Belo Horizonte é performado por sistemas, engrenagens e fluxos prescritos pelo ordenamento jurídico e normatizações técnicas que constituem o SGD. Além disso, a capital mineira possui engrenagens peculiares para lidar com as experiências trans e fazer existir acolhimento e proteção. A pesquisa discute como as tecnologias familista e menorista se articulam em uma máquina óptica de análise e intervenção sobre as vidas das jovens trans que acessam o SGD em Belo Horizonte. Por fim, o texto apresenta como os atos de recambiar, transferir e se evadir se constituem como mecanismos performáticos do acolhimento de meninas travestis e transexuais na capital mineira. A pesquisa é um convite à reflexão sobre os modos como a política de atendimento de crianças e adolescentes pode ser pensada e executada de outras maneiras.
publishDate 2023
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-05-08T13:43:12Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-05-08T13:43:12Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2023-03-03
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/1843/52901
url http://hdl.handle.net/1843/52901
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pós-Graduação em Psicologia
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFMG
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Minas Gerais
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFMG
instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron:UFMG
instname_str Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
instacron_str UFMG
institution UFMG
reponame_str Repositório Institucional da UFMG
collection Repositório Institucional da UFMG
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52901/1/Tolentino%2c%20L.%20L.%20R.%20%282023%29.%20Adolescente%20demais%20para%20ser%20travesti%20-%20Acolhimento%20institucional%20de%20jovens%20trans%20no%20munic%c3%adpio%20de%20Belo%20Horizonte.pdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52901/2/license_rdf
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52901/3/license.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv fe0fffb87480048fee8c09955a94b6ab
cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab
cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1797971005276160000