Adolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte
Main Author: | |
---|---|
Publication Date: | 2023 |
Format: | Doctoral thesis |
Language: | por |
Source: | Repositório Institucional da UFMG |
Download full: | http://hdl.handle.net/1843/52901 |
Summary: | O Estatuto da Criança e do Adolescente pode ser considerado um avanço quando comparado ao ordenamento jurídico do Código de Menores. Contudo, o acolhimento institucional de meninas travestis e transexuais segue sendo um imbróglio para o Sistema de Garantia de Direitos (SGD). Ora elas são “adolescentes” demais para serem travestis, sendo negados a elas o direito ao reconhecimento e o respeito à identidade de gênero. Ora são travestis demais para serem “adolescentes”, e o acolhimento institucional não encontra caminho para se efetivar em proteção integral. Esta pesquisa procura compreender como se faz existir o acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte. Para tanto, a praxiografia é escolhida como metodologia de pesquisa. Argumenta-se, assim, que o acolhimento institucional de meninas trans se aproxima de um dispositivo. Constitui-se na e a partir da tessitura de um conjunto heterogêneo de práticas que comportam elementos físicos, humanos, não-humanos, discursivos, jurídicos etc. Uma vez acionado, esse dispositivo produz efeitos contínuos, imprevisíveis e contingentes. As práticas, banais e institucionais, se articulam, se reconfiguram e, desse modo, fazem existir – parcial, local e contingencialmente – o próprio objeto. Com isso, o acolhimento institucional se configura por meio dos elementos que propõe manejar: proteção, vulnerabilidade, risco social e pessoal, “adolescências”, juventudes, autonomia, tutela. As práticas aqui pesquisadas são atravessadas por outros elementos: as experiências travestis e transexuais. Desse modo, observou-se que o acolhimento institucional de jovens travestis e transexuais em Belo Horizonte é performado por sistemas, engrenagens e fluxos prescritos pelo ordenamento jurídico e normatizações técnicas que constituem o SGD. Além disso, a capital mineira possui engrenagens peculiares para lidar com as experiências trans e fazer existir acolhimento e proteção. A pesquisa discute como as tecnologias familista e menorista se articulam em uma máquina óptica de análise e intervenção sobre as vidas das jovens trans que acessam o SGD em Belo Horizonte. Por fim, o texto apresenta como os atos de recambiar, transferir e se evadir se constituem como mecanismos performáticos do acolhimento de meninas travestis e transexuais na capital mineira. A pesquisa é um convite à reflexão sobre os modos como a política de atendimento de crianças e adolescentes pode ser pensada e executada de outras maneiras. |
id |
UFMG_8384358743e8d74e365569303ab71eb4 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:repositorio.ufmg.br:1843/52901 |
network_acronym_str |
UFMG |
network_name_str |
Repositório Institucional da UFMG |
repository_id_str |
|
spelling |
Marco Aurélio Máximo Pradohttp://lattes.cnpq.br/6622025960142025Gustavo Henrique CarreteroPaula Sandrine MachadoAnna Paula UzielBruna Andrade Irineuhttp://lattes.cnpq.br/5524648548507218Leonardo Tolentino Lima Rocha2023-05-08T13:43:12Z2023-05-08T13:43:12Z2023-03-03http://hdl.handle.net/1843/52901O Estatuto da Criança e do Adolescente pode ser considerado um avanço quando comparado ao ordenamento jurídico do Código de Menores. Contudo, o acolhimento institucional de meninas travestis e transexuais segue sendo um imbróglio para o Sistema de Garantia de Direitos (SGD). Ora elas são “adolescentes” demais para serem travestis, sendo negados a elas o direito ao reconhecimento e o respeito à identidade de gênero. Ora são travestis demais para serem “adolescentes”, e o acolhimento institucional não encontra caminho para se efetivar em proteção integral. Esta pesquisa procura compreender como se faz existir o acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte. Para tanto, a praxiografia é escolhida como metodologia de pesquisa. Argumenta-se, assim, que o acolhimento institucional de meninas trans se aproxima de um dispositivo. Constitui-se na e a partir da tessitura de um conjunto heterogêneo de práticas que comportam elementos físicos, humanos, não-humanos, discursivos, jurídicos etc. Uma vez acionado, esse dispositivo produz efeitos contínuos, imprevisíveis e contingentes. As práticas, banais e institucionais, se articulam, se reconfiguram e, desse modo, fazem existir – parcial, local e contingencialmente – o próprio objeto. Com isso, o acolhimento institucional se configura por meio dos elementos que propõe manejar: proteção, vulnerabilidade, risco social e pessoal, “adolescências”, juventudes, autonomia, tutela. As práticas aqui pesquisadas são atravessadas por outros elementos: as experiências travestis e transexuais. Desse modo, observou-se que o acolhimento institucional de jovens travestis e transexuais em Belo Horizonte é performado por sistemas, engrenagens e fluxos prescritos pelo ordenamento jurídico e normatizações técnicas que constituem o SGD. Além disso, a capital mineira possui engrenagens peculiares para lidar com as experiências trans e fazer existir acolhimento e proteção. A pesquisa discute como as tecnologias familista e menorista se articulam em uma máquina óptica de análise e intervenção sobre as vidas das jovens trans que acessam o SGD em Belo Horizonte. Por fim, o texto apresenta como os atos de recambiar, transferir e se evadir se constituem como mecanismos performáticos do acolhimento de meninas travestis e transexuais na capital mineira. A pesquisa é um convite à reflexão sobre os modos como a política de atendimento de crianças e adolescentes pode ser pensada e executada de outras maneiras.Brazil's Statute of the Child and the Adolescent can be considered an advance when compared to the legal system of the Minors’ Code. However, the institutional sheltering of transvestite and transsexual girls continues to be an imbroglio for the Rights Guarantee System (SGD). Sometimes they are too “adolescents” to be transvestites, being denied the right to recognition and respect for gender identity. Other times, they are too transvestites to be “adolescents” and institutional care does not find a way to provide full protection. This research seeks to understand how sheltering of young transgenders is enacted in the city of Belo Horizonte. On that account, praxiography is chosen as the research’s methodology. It is argued, therefore, that the reception centre of trans girls approaches a device. It is constituted in a heterogeneous set of practices that comprise elements that are physical, human, non-human, discursive, legal, etc. Once activated, this device produces continuous, unpredictable and contingent effects. The banal and institutional practices are articulated, reconfigured and, in this way, enact – partially, locally and contingently – the object itself. With this, the institutional care is configured through the elements that it proposes to manage: protection, vulnerability, social and personal risk, “adolescences”, youth, autonomy, guardianship. The practices, researched here, are crossed by other elements: transvestite and transsexual experiences. Thus, it was observed that the institutional sheltering of young transvestites and transsexuals in Belo Horizonte is performed by systems, gears and flows prescribed by the legal system and technical norms that constitute the SGD. In addition, the capital of Minas Gerais has peculiar gears to deal with trans experiences and to provide shelter and protection. The research discusses how familist and minorist technologies are articulated in an optical machine for analysis and intervention in the lives of young trans women who access the SGD in Belo Horizonte. Finally, the paper presents how the acts of exchange, transfer and evasion are constituted as performative mechanisms for the reception of transvestite and transsexual girls in the capital of Minas Gerais. The research is an invitation to reflect on the ways in which the policy for the care of children and adolescents can be conceived and implemented in other ways.porUniversidade Federal de Minas GeraisPrograma de Pós-Graduação em PsicologiaUFMGBrasilFAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIAhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/info:eu-repo/semantics/openAccessPsicologia - TesesTransexualidade - TesesTravestismo - TesesAdolescência - TesesTransexualidadeTravestilidadeAdolescênciaJuventudeProteção socialAcolhimento institucionalAdolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo HorizonteToo adolescent to be a transvestite or too transvestite to be taken into account? : institutional sheltering of young trans people in Belo Horizonte cityinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisreponame:Repositório Institucional da UFMGinstname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)instacron:UFMGORIGINALTolentino, L. L. R. (2023). Adolescente demais para ser travesti - Acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte.pdfTolentino, L. L. R. (2023). Adolescente demais para ser travesti - Acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte.pdfTolentino, L. L. R. (2023). Adolescente demais para ser travesti - Acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonteapplication/pdf3649730https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52901/1/Tolentino%2c%20L.%20L.%20R.%20%282023%29.%20Adolescente%20demais%20para%20ser%20travesti%20-%20Acolhimento%20institucional%20de%20jovens%20trans%20no%20munic%c3%adpio%20de%20Belo%20Horizonte.pdffe0fffb87480048fee8c09955a94b6abMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52901/2/license_rdfcfd6801dba008cb6adbd9838b81582abMD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82118https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52901/3/license.txtcda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272MD531843/529012023-05-08 10:43:12.897oai:repositorio.ufmg.br:1843/52901TElDRU7Dh0EgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08gTsODTy1FWENMVVNJVkEgRE8gUkVQT1NJVMOTUklPIElOU1RJVFVDSU9OQUwgREEgVUZNRwoKQ29tIGEgYXByZXNlbnRhw6fDo28gZGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIHZvY8OqIChvIGF1dG9yIChlcykgb3UgbyB0aXR1bGFyIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvcikgY29uY2VkZSBhbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIChSSS1VRk1HKSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZSBpcnJldm9nw6F2ZWwgZGUgcmVwcm9kdXppciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIChpbmNsdWluZG8gbyByZXN1bW8pIHBvciB0b2RvIG8gbXVuZG8gbm8gZm9ybWF0byBpbXByZXNzbyBlIGVsZXRyw7RuaWNvIGUgZW0gcXVhbHF1ZXIgbWVpbywgaW5jbHVpbmRvIG9zIGZvcm1hdG9zIMOhdWRpbyBvdSB2w61kZW8uCgpWb2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGEgcG9sw610aWNhIGRlIGNvcHlyaWdodCBkYSBlZGl0b3JhIGRvIHNldSBkb2N1bWVudG8gZSBxdWUgY29uaGVjZSBlIGFjZWl0YSBhcyBEaXJldHJpemVzIGRvIFJJLVVGTUcuCgpWb2PDqiBjb25jb3JkYSBxdWUgbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gSW5zdGl0dWNpb25hbCBkYSBVRk1HIHBvZGUsIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gY29udGXDumRvLCB0cmFuc3BvciBhIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gcGFyYSBmaW5zIGRlIHByZXNlcnZhw6fDo28uCgpWb2PDqiB0YW1iw6ltIGNvbmNvcmRhIHF1ZSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGTUcgcG9kZSBtYW50ZXIgbWFpcyBkZSB1bWEgY8OzcGlhIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gcGFyYSBmaW5zIGRlIHNlZ3VyYW7Dp2EsIGJhY2stdXAgZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogZGVjbGFyYSBxdWUgYSBzdWEgcHVibGljYcOnw6NvIMOpIG9yaWdpbmFsIGUgcXVlIHZvY8OqIHRlbSBvIHBvZGVyIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIG8gZGVww7NzaXRvIGRlIHN1YSBwdWJsaWNhw6fDo28gbsOjbywgcXVlIHNlamEgZGUgc2V1IGNvbmhlY2ltZW50bywgaW5mcmluZ2UgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgbmluZ3XDqW0uCgpDYXNvIGEgc3VhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBjb250ZW5oYSBtYXRlcmlhbCBxdWUgdm9jw6ogbsOjbyBwb3NzdWkgYSB0aXR1bGFyaWRhZGUgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBvYnRldmUgYSBwZXJtaXNzw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gZGV0ZW50b3IgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIHBhcmEgY29uY2VkZXIgYW8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBvcyBkaXJlaXRvcyBhcHJlc2VudGFkb3MgbmVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3Ugbm8gY29udGXDumRvIGRhIHB1YmxpY2HDp8OjbyBvcmEgZGVwb3NpdGFkYS4KCkNBU08gQSBQVUJMSUNBw4fDg08gT1JBIERFUE9TSVRBREEgVEVOSEEgU0lETyBSRVNVTFRBRE8gREUgVU0gUEFUUk9Dw41OSU8gT1UgQVBPSU8gREUgVU1BIEFHw4pOQ0lBIERFIEZPTUVOVE8gT1UgT1VUUk8gT1JHQU5JU01PLCBWT0PDiiBERUNMQVJBIFFVRSBSRVNQRUlUT1UgVE9ET1MgRSBRVUFJU1FVRVIgRElSRUlUT1MgREUgUkVWSVPDg08gQ09NTyBUQU1Cw4lNIEFTIERFTUFJUyBPQlJJR0HDh8OVRVMgRVhJR0lEQVMgUE9SIENPTlRSQVRPIE9VIEFDT1JETy4KCk8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgZGEgVUZNRyBzZSBjb21wcm9tZXRlIGEgaWRlbnRpZmljYXIgY2xhcmFtZW50ZSBvIHNldSBub21lKHMpIG91IG8ocykgbm9tZXMocykgZG8ocykgZGV0ZW50b3IoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBkYSBwdWJsaWNhw6fDo28sIGUgbsOjbyBmYXLDoSBxdWFscXVlciBhbHRlcmHDp8OjbywgYWzDqW0gZGFxdWVsYXMgY29uY2VkaWRhcyBwb3IgZXN0YSBsaWNlbsOnYS4KRepositório de PublicaçõesPUBhttps://repositorio.ufmg.br/oaiopendoar:2023-05-08T13:43:12Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)false |
dc.title.pt_BR.fl_str_mv |
Adolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte |
dc.title.alternative.pt_BR.fl_str_mv |
Too adolescent to be a transvestite or too transvestite to be taken into account? : institutional sheltering of young trans people in Belo Horizonte city |
title |
Adolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte |
spellingShingle |
Adolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte Leonardo Tolentino Lima Rocha Transexualidade Travestilidade Adolescência Juventude Proteção social Acolhimento institucional Psicologia - Teses Transexualidade - Teses Travestismo - Teses Adolescência - Teses |
title_short |
Adolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte |
title_full |
Adolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte |
title_fullStr |
Adolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte |
title_full_unstemmed |
Adolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte |
title_sort |
Adolescente demais para ser travesti ou travesti demais para ser acolhida? : acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte |
author |
Leonardo Tolentino Lima Rocha |
author_facet |
Leonardo Tolentino Lima Rocha |
author_role |
author |
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv |
Marco Aurélio Máximo Prado |
dc.contributor.advisor1Lattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/6622025960142025 |
dc.contributor.referee1.fl_str_mv |
Gustavo Henrique Carretero |
dc.contributor.referee2.fl_str_mv |
Paula Sandrine Machado |
dc.contributor.referee3.fl_str_mv |
Anna Paula Uziel |
dc.contributor.referee4.fl_str_mv |
Bruna Andrade Irineu |
dc.contributor.authorLattes.fl_str_mv |
http://lattes.cnpq.br/5524648548507218 |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Leonardo Tolentino Lima Rocha |
contributor_str_mv |
Marco Aurélio Máximo Prado Gustavo Henrique Carretero Paula Sandrine Machado Anna Paula Uziel Bruna Andrade Irineu |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Transexualidade Travestilidade Adolescência Juventude Proteção social Acolhimento institucional |
topic |
Transexualidade Travestilidade Adolescência Juventude Proteção social Acolhimento institucional Psicologia - Teses Transexualidade - Teses Travestismo - Teses Adolescência - Teses |
dc.subject.other.pt_BR.fl_str_mv |
Psicologia - Teses Transexualidade - Teses Travestismo - Teses Adolescência - Teses |
description |
O Estatuto da Criança e do Adolescente pode ser considerado um avanço quando comparado ao ordenamento jurídico do Código de Menores. Contudo, o acolhimento institucional de meninas travestis e transexuais segue sendo um imbróglio para o Sistema de Garantia de Direitos (SGD). Ora elas são “adolescentes” demais para serem travestis, sendo negados a elas o direito ao reconhecimento e o respeito à identidade de gênero. Ora são travestis demais para serem “adolescentes”, e o acolhimento institucional não encontra caminho para se efetivar em proteção integral. Esta pesquisa procura compreender como se faz existir o acolhimento institucional de jovens trans no município de Belo Horizonte. Para tanto, a praxiografia é escolhida como metodologia de pesquisa. Argumenta-se, assim, que o acolhimento institucional de meninas trans se aproxima de um dispositivo. Constitui-se na e a partir da tessitura de um conjunto heterogêneo de práticas que comportam elementos físicos, humanos, não-humanos, discursivos, jurídicos etc. Uma vez acionado, esse dispositivo produz efeitos contínuos, imprevisíveis e contingentes. As práticas, banais e institucionais, se articulam, se reconfiguram e, desse modo, fazem existir – parcial, local e contingencialmente – o próprio objeto. Com isso, o acolhimento institucional se configura por meio dos elementos que propõe manejar: proteção, vulnerabilidade, risco social e pessoal, “adolescências”, juventudes, autonomia, tutela. As práticas aqui pesquisadas são atravessadas por outros elementos: as experiências travestis e transexuais. Desse modo, observou-se que o acolhimento institucional de jovens travestis e transexuais em Belo Horizonte é performado por sistemas, engrenagens e fluxos prescritos pelo ordenamento jurídico e normatizações técnicas que constituem o SGD. Além disso, a capital mineira possui engrenagens peculiares para lidar com as experiências trans e fazer existir acolhimento e proteção. A pesquisa discute como as tecnologias familista e menorista se articulam em uma máquina óptica de análise e intervenção sobre as vidas das jovens trans que acessam o SGD em Belo Horizonte. Por fim, o texto apresenta como os atos de recambiar, transferir e se evadir se constituem como mecanismos performáticos do acolhimento de meninas travestis e transexuais na capital mineira. A pesquisa é um convite à reflexão sobre os modos como a política de atendimento de crianças e adolescentes pode ser pensada e executada de outras maneiras. |
publishDate |
2023 |
dc.date.accessioned.fl_str_mv |
2023-05-08T13:43:12Z |
dc.date.available.fl_str_mv |
2023-05-08T13:43:12Z |
dc.date.issued.fl_str_mv |
2023-03-03 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/1843/52901 |
url |
http://hdl.handle.net/1843/52901 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/ info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/pt/ |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.publisher.program.fl_str_mv |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia |
dc.publisher.initials.fl_str_mv |
UFMG |
dc.publisher.country.fl_str_mv |
Brasil |
dc.publisher.department.fl_str_mv |
FAF - DEPARTAMENTO DE PSICOLOGIA |
publisher.none.fl_str_mv |
Universidade Federal de Minas Gerais |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Institucional da UFMG instname:Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) instacron:UFMG |
instname_str |
Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
instacron_str |
UFMG |
institution |
UFMG |
reponame_str |
Repositório Institucional da UFMG |
collection |
Repositório Institucional da UFMG |
bitstream.url.fl_str_mv |
https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52901/1/Tolentino%2c%20L.%20L.%20R.%20%282023%29.%20Adolescente%20demais%20para%20ser%20travesti%20-%20Acolhimento%20institucional%20de%20jovens%20trans%20no%20munic%c3%adpio%20de%20Belo%20Horizonte.pdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52901/2/license_rdf https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/52901/3/license.txt |
bitstream.checksum.fl_str_mv |
fe0fffb87480048fee8c09955a94b6ab cfd6801dba008cb6adbd9838b81582ab cda590c95a0b51b4d15f60c9642ca272 |
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv |
MD5 MD5 MD5 |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Institucional da UFMG - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1797971005276160000 |