Avaliação parasitológica e pesquisa de enterobactérias em alfaces comercializadas na cidade de Sinop-MT

• Autor(a) principal: Silva, Ana Paula da
• Data de Publicação: 2015
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Monografias da UFMT
• Texto Completo: http://bdm.ufmt.br/handle/1/2275
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FARMACIA; Alface; Hortaliças - Contaminação; Enteroparasitas; Enterobactérias; Lettuce; Vegetables - Contamination; Enteroparasites; Enterobacteria

As doenças infecciosas e parasitárias apresentam grande prevalência em países em desenvolvimento e são apontadas como grandes problemas de saúde pública e a ingestão de hortaliças in natura constitui uma das principais vias de transmissão dessas doenças. OBJETIVO: Este estudo investigou a presença de contaminação por enteroparasitas e enterobactérias em alfaces comercializadas no município de Sinop, Estado de Mato Grosso. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram analisadas 27 amostras de alface, escolhidas de maneira aleatória em diferentes estabelecimentos comerciais, a análise foi realizada pelo método de sedimentação espontânea e centrifugação simples, sendo o sedimento, obtido a partir das lavagens das amostras, analisados microscopicamente para pesquisa de formas parasitárias. Para a triagem de enterobactérias foram empregados os meios MacConkey e EMB (Eosina Azul de Metileno) e para identificação foram empregados os meios ágar Tríplice Açúcar Ferro (TSI ágar), meio SIM (sulfeto, indol, motilidade), ágar citrato, ágar fenilalanina, caldo ureia e ágar Cromocult. RESULTADOS: Das 27 amostras analisadas 77,8% apresentaram contaminação por enteroparasitas. Os principais parasitas encontrados foram: ancilostomídeos, Ascaris lumbricoides, Strongyloides stercoralis e Entamoeba coli. Em relação à contaminação microbiológica, das 27 amostras com crescimento bacteriano 18 (66,7%) apresentavam as características suspeitas para Escherichia coli. Destas 18, apenas 7 (38,9%) foram identificadas como enterobactérias (Klebsiella spp., Enterobacter spp., Hafnia spp. e Enterobacter aerogenes), entretanto, nenhuma foi confirmada como Escherichia coli. CONCLUSÃO: Esses resultados indicam que as amostras analisadas possuem elevado índice de contaminação por parasitos intestinais e apesar de não apresentar contaminação por Escherichia coli, foi observada a presença de outras enterobactérias, podendo evidenciar a precariedade higiênico-sanitária na cadeia de produção e comercialização dessa hortaliça.