Preditores clínicos e eletroencefalográficos de resposta à estimulação transcraniana por corrente contínua na fibromialgia

• Autor(a) principal: Madruga, Marcela Laís Lima Holmes
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Institucional da UFPB
• Texto Completo: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/123456789/26532
• topic: CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE::FISIOTERAPIA E TERAPIA OCUPACIONAL; Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua; Fibromialgia; Eletroencefalografia

A Fibromialgia (FM) é uma causa comum de dor crônica generalizada, acompanhada por sintomas diversos ainda não definidos por causa fisiopatológica explicada. Nos últimos anos, estudos com objetivo de analisar os efeitos de protocolos da Estimulação Transcraniana por Corrente Contínua (ETCC) para alívio da dor na FM têm apresentado resultados satisfatórios quanto à sua eficácia. Nesse aspecto, biomarcadores de resposta às técnicas neuromodulatórias têm sido investigados para obter melhores resultados na prática clínica. Entretanto, até o presente momento, ainda não há experimentos que analisem de forma conjunta os aspectos eletrofisiológicos e clínicos na predição de resposta à neuromodulação na FM. Assim, o objetivo do presente estudo foi analisar o potencial preditor de variáveis clínicas e eletroencefalográficas para resposta significativa à ETCC. Participaram 31 voluntárias, com idades entre 27 e 58 anos, com diagnóstico de FM há pelo menos três meses, submetidas à ETCC no córtex motor primário, com intensidade de 2mA e duração de 20 minutos. Após aplicação do protocolo, foram reavaliadas para determinação dos respondedores (R) e não respondedores (NR) a partir da mínima resposta clínica significativa de 15% de diferença na Escala Visual Analógica (EVA). Para a análise de predição, foram utilizados os dados da graduação da dor a partir da EVA; escores de qualidade de vida, a partir do Questionário de Avaliação da Saúde (HAQ); idade e horas de sono diárias, a partir de avaliação sociodemográfica e clínica; e o eletroencefalograma (EEG) de linha de base de ambos os grupos para avaliação da média da potência espectral de alfa-2 para as regiões frontal, parietal e occipital. Os dados foram analisados por meio do software IBM SPSS versão 24. A análise de regressão linear hierárquica evidenciou a contribuição da idade reduzida, mais horas de sono diárias e pior qualidade de vida como possíveis determinantes de uma melhor responsividade à ETCC. Outros fatores como graduação da dor basal e média da potência espectral de alfa2 nas regiões frontal, parietal e occipital não demonstraram contribuir de forma significativa com a diminuição dos sintomas dolorosos pós-intervenção com ETCC. Conclui-se, portanto, que os preditores clínicos mostraram-se relevantes para a predição de resposta à ETCC, enquanto a média da potência espectral da banda alfa-2 avaliada com o eletroencefalograma, mostrou-se limitada como preditor.