Co-circulação de dengue e febre chikungunya em Pernambuco no período epidêmico de 2015-2018 : distribuição espacial e fatores associados ao óbito

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: MENDONÇA, Marcela Franklin Salvador de
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51997
Resumo: As infecções pelos vírus dengue e o vírus chikungunya são um crescente problema de saúde pública no mundo principalmente pelo potencial de causar epidemias extensas, e pela ocorrência de grande número de casos graves e óbitos. O diagnóstico laboratorial positivo para qualquer uma dessas arboviroses, não necessariamente confirma esta arbovirose como causa do óbito. Portanto, uma investigação completa de outros fatores que podem estar envolvidos na infecção por esses vírus é necessária. Para subsidiar políticas de prevenção de doenças e agravos à saúde pública, a análise espacial tem sido incluída como importante ferramenta. Identificar e priorizar áreas com números significativos de casos de arboviroses usando o método de estatística de varredura espaço- temporal permite reorientar as ações de vigilância e controle vetorial mais eficaz. Logo, o objetivo deste estudo foi investigar o tempo até o óbito e os fatores associados aos óbitos pela dengue e chikungunya, e descrever, por meio de análise espacial, os casos dessas arboviroses, durante a primeira epidemia após a introdução do vírus chikungunya no Nordeste do Brasil. Tratou-se de um estudo de coorte retrospectivo e outro ecológico realizado em Pernambuco entre 2015 e 2018. A regressão logística foi usada para identificar fatores de risco independentes. A probabilidade de sobrevida entre indivíduos com diferentes infecções por arbovírus foi estimada e as curvas de sobrevida foram comparadas usando log-rank teste. Para a análise espacial, o método estatístico de varredura espaço-temporal de Kulldorff foi adotado para identificar aglomerados espaciais e fornecer o risco relativo. Para realizar as estatísticas de varredura foi utilizado o modelo de probabilidade de Poisson, com uma janela de varredura circular; precisão temporal anual e análise retrospectiva. Os coeficientes de letalidade para dengue e chikungunya foram 0,08% e 0,35%, respectivamente. A chance de óbito devido a chikungunya aumentou progressivamente a partir dos 40 anos de idade. Entre 40-49 anos, a razão de chances foi de 13,83 (IC 95%, 1,80-106,41). Entre 50-59 anos e 60 anos ou mais, a razão de chances foi de 27,63 (IC 95%, 3,70-206,48); e 78,72 (IC 95%, 10,93– 566,90), respectivamente. A probabilidade de óbito associada à infecção pelo vírus da dengue aumentou a partir dos 50 anos de idade. Entre indivíduos de 50 a 59 anos e 60 anos ou mais, a razão de chances foi de 4,30 (IC 95%, 1,80–10,30) e 8,97 (IC 95%, 4,00–20,0), respectivamente. Fatores de risco independentes para óbito na dengue foram cefaleia e idade igual ou superior a 50 anos; e cefaleia, náusea, dor nas costas, artralgia intensa, idade de 0 a 9 anos ou 40 anos ou mais, e sexo masculino para óbito na chikungunya. A razão entre as taxas de mortalidade revelou que o tempo até o óbito por dengue foi de 2,1 vezes mais rápido que o da chikungunya (95% CI, 1,57–2,72). A análise espaço-temporal da prevalência no estado de Pernambuco revelou a presença de quatro clusters nos anos de 2015 e 2016. A distribuição espacial da taxa de mortalidade no município de Recife suavizada pelo estimador Bayesiano empírico local permitiu que um padrão espacial fosse identificado no sudoeste e nordeste do município. A análise espaço-temporal da taxa de mortalidade revelou a presença de dois clusters no ano de 2015. Nossos achados revelam que o tempo até o óbito foi menor em pacientes com dengue do que naqueles com chikungunya. A análise espaço-temporal de Kulldorff mostrou-se viável na identificação das áreas de risco para ocorrência de arboviroses, podendo ser incluída nas rotinas de vigilância para otimizar as estratégias de prevenção durante futuras epidemias.
id UFPE_0fc92d9283dee94417f57e980fa8e7de
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/51997
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling MENDONÇA, Marcela Franklin Salvador dehttp://lattes.cnpq.br/7226044475457322http://lattes.cnpq.br/7596693172107120http://lattes.cnpq.br/7471840998821965MELO, Heloísa Ramos Lacerda deSILVA, Amanda Priscila de Santana Cabral2023-08-21T18:49:29Z2023-08-21T18:49:29Z2023-07-05MENDONÇA, Marcela Franklin Salvador de. Co-circulação de dengue e febre chikungunya em Pernambuco no período epidêmico de 2015-2018: distribuição espacial e fatores associados ao óbito. 2023. Tese (Doutorado em Medicina Tropical) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51997As infecções pelos vírus dengue e o vírus chikungunya são um crescente problema de saúde pública no mundo principalmente pelo potencial de causar epidemias extensas, e pela ocorrência de grande número de casos graves e óbitos. O diagnóstico laboratorial positivo para qualquer uma dessas arboviroses, não necessariamente confirma esta arbovirose como causa do óbito. Portanto, uma investigação completa de outros fatores que podem estar envolvidos na infecção por esses vírus é necessária. Para subsidiar políticas de prevenção de doenças e agravos à saúde pública, a análise espacial tem sido incluída como importante ferramenta. Identificar e priorizar áreas com números significativos de casos de arboviroses usando o método de estatística de varredura espaço- temporal permite reorientar as ações de vigilância e controle vetorial mais eficaz. Logo, o objetivo deste estudo foi investigar o tempo até o óbito e os fatores associados aos óbitos pela dengue e chikungunya, e descrever, por meio de análise espacial, os casos dessas arboviroses, durante a primeira epidemia após a introdução do vírus chikungunya no Nordeste do Brasil. Tratou-se de um estudo de coorte retrospectivo e outro ecológico realizado em Pernambuco entre 2015 e 2018. A regressão logística foi usada para identificar fatores de risco independentes. A probabilidade de sobrevida entre indivíduos com diferentes infecções por arbovírus foi estimada e as curvas de sobrevida foram comparadas usando log-rank teste. Para a análise espacial, o método estatístico de varredura espaço-temporal de Kulldorff foi adotado para identificar aglomerados espaciais e fornecer o risco relativo. Para realizar as estatísticas de varredura foi utilizado o modelo de probabilidade de Poisson, com uma janela de varredura circular; precisão temporal anual e análise retrospectiva. Os coeficientes de letalidade para dengue e chikungunya foram 0,08% e 0,35%, respectivamente. A chance de óbito devido a chikungunya aumentou progressivamente a partir dos 40 anos de idade. Entre 40-49 anos, a razão de chances foi de 13,83 (IC 95%, 1,80-106,41). Entre 50-59 anos e 60 anos ou mais, a razão de chances foi de 27,63 (IC 95%, 3,70-206,48); e 78,72 (IC 95%, 10,93– 566,90), respectivamente. A probabilidade de óbito associada à infecção pelo vírus da dengue aumentou a partir dos 50 anos de idade. Entre indivíduos de 50 a 59 anos e 60 anos ou mais, a razão de chances foi de 4,30 (IC 95%, 1,80–10,30) e 8,97 (IC 95%, 4,00–20,0), respectivamente. Fatores de risco independentes para óbito na dengue foram cefaleia e idade igual ou superior a 50 anos; e cefaleia, náusea, dor nas costas, artralgia intensa, idade de 0 a 9 anos ou 40 anos ou mais, e sexo masculino para óbito na chikungunya. A razão entre as taxas de mortalidade revelou que o tempo até o óbito por dengue foi de 2,1 vezes mais rápido que o da chikungunya (95% CI, 1,57–2,72). A análise espaço-temporal da prevalência no estado de Pernambuco revelou a presença de quatro clusters nos anos de 2015 e 2016. A distribuição espacial da taxa de mortalidade no município de Recife suavizada pelo estimador Bayesiano empírico local permitiu que um padrão espacial fosse identificado no sudoeste e nordeste do município. A análise espaço-temporal da taxa de mortalidade revelou a presença de dois clusters no ano de 2015. Nossos achados revelam que o tempo até o óbito foi menor em pacientes com dengue do que naqueles com chikungunya. A análise espaço-temporal de Kulldorff mostrou-se viável na identificação das áreas de risco para ocorrência de arboviroses, podendo ser incluída nas rotinas de vigilância para otimizar as estratégias de prevenção durante futuras epidemias.Dengue and chikungunya infections are a growing public health problem in the world, mainly because of the potential to cause extensive epidemics, and the occurrence of a large number of severe cases and deaths. A positive laboratory diagnosis for any of these arboviruses does not necessarily confirm this arbovirus as the cause of death. Therefore, a thorough investigation of other factors that may be involved in dengue and chikungunya infection is warranted. In order to support prevention policies for diseases and health risks to public health, spatial analysis has been included as an important tool. Identifying and prioritizing areas with significant numbers of arbovirus cases using the Kulldorff's space-time scan statistics method enables the reorientation of surveillance actions and more effective vector control. Therefore, the objective of this study was to investigate the time until death and the factors associated with deaths from dengue and chikungunya, and to describe, through spatial analysis, the cases of these arboviruses, during the first epidemic after the introduction of the chikungunya virus in the Northeast from Brazil. This was a retrospective cohort and an ecological study conducted in Pernambuco between 2015 and 2018. Logistic regression was used to identify independent risk factors. The probability of survival among individuals with different arbovirus infections was estimated and the survival curves were compared using log-rank tests. For the spatial analysis, Kulldorff's space-time scan statistics method was adopted to identify spatial clusters and to provide the relative risk. To perform the scan statistics, we used the Poisson probability model, with a circular scanning window; annual temporal precision and retrospective analysis. The lethality coefficients for dengue and chikungunya viruses were 0.08% and 0.35%, respectively. The chance of death due to chikungunya infection increased progressively from the age of 40 years. At 40–49 years, the odds ratio was 13.83 (95%CI, 1.80–106.41). At 50–59 years and 60 years or older, the odds ratio was 27.63 (95%CI, 3.70–206.48); and 78.72 (95%CI, 10.93–566.90), respectively. The probability of death associated with dengue virus infection increased from the age of 50 years. Among patients aged 50–59 years and 60 years or older, the odds ratio was 4.30 (95%CI, 1.80–10.30) and 8.97 (95%CI, 4.00–20.0), respectively. Independent factors associated death were headache and age of 50 years or older for dengue; and headache, nausea, back pain, intense arthralgia, age 0–9 years or 40 years and older, and male sex for chikungunya. The ratio between mortality rates revealed that the time to death from dengue was 2.1 times faster than that from chikungunya (95%CI, 1.57–2.72). The space-time analysis of prevalence in the state of Pernambuco revealed the presence of four clusters in the years 2015 and 2016. The spatial distribution of the death rate in the municipality of Recife smoothed by the local empirical Bayesian estimator enabled a special pattern to be identified in the southwest and northeast of the municipality. The spatiotemporal analysis of the death rate revealed the presence of two clusters in the year 2015. Our findings reveal that the time to death was shorter in patients with dengue than in those with chikungunya. The spatiotemporal analysis with Kulldorff's space-time scan statistics method, proved viable in identifying the risk areas for the occurrence of arboviruses, and could be included in surveillance routines so as to optimize prevention strategies during future epidemics.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Medicina TropicalUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/embargoedAccessDengueFebre de ChikungunyaMorteEpidemiologiaSobrevidaCo-circulação de dengue e febre chikungunya em Pernambuco no período epidêmico de 2015-2018 : distribuição espacial e fatores associados ao óbitoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPEORIGINALTESE Marcela Franklin Salvador de Mendonça.pdfTESE Marcela Franklin Salvador de Mendonça.pdfapplication/pdf2551461https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51997/1/TESE%20Marcela%20Franklin%20Salvador%20de%20Mendon%c3%a7a.pdf2ee1ad3b08469ce87cdb18dd2df9926cMD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51997/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82362https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51997/3/license.txt5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973MD53TEXTTESE Marcela Franklin Salvador de Mendonça.pdf.txtTESE Marcela Franklin Salvador de Mendonça.pdf.txtExtracted texttext/plain304574https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51997/4/TESE%20Marcela%20Franklin%20Salvador%20de%20Mendon%c3%a7a.pdf.txt7c2d823807dff8f2bc32b69c98232f4cMD54THUMBNAILTESE Marcela Franklin Salvador de Mendonça.pdf.jpgTESE Marcela Franklin Salvador de Mendonça.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1252https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51997/5/TESE%20Marcela%20Franklin%20Salvador%20de%20Mendon%c3%a7a.pdf.jpg1b3d0e67dcf8894e5b1915025bef6ebdMD55123456789/519972023-08-22 02:12:53.614oai:repositorio.ufpe.br:123456789/51997VGVybW8gZGUgRGVww7NzaXRvIExlZ2FsIGUgQXV0b3JpemHDp8OjbyBwYXJhIFB1YmxpY2l6YcOnw6NvIGRlIERvY3VtZW50b3Mgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRQoKCkRlY2xhcm8gZXN0YXIgY2llbnRlIGRlIHF1ZSBlc3RlIFRlcm1vIGRlIERlcMOzc2l0byBMZWdhbCBlIEF1dG9yaXphw6fDo28gdGVtIG8gb2JqZXRpdm8gZGUgZGl2dWxnYcOnw6NvIGRvcyBkb2N1bWVudG9zIGRlcG9zaXRhZG9zIG5vIFJlcG9zaXTDs3JpbyBEaWdpdGFsIGRhIFVGUEUgZSBkZWNsYXJvIHF1ZToKCkkgLSBvcyBkYWRvcyBwcmVlbmNoaWRvcyBubyBmb3JtdWzDoXJpbyBkZSBkZXDDs3NpdG8gc8OjbyB2ZXJkYWRlaXJvcyBlIGF1dMOqbnRpY29zOwoKSUkgLSAgbyBjb250ZcO6ZG8gZGlzcG9uaWJpbGl6YWRvIMOpIGRlIHJlc3BvbnNhYmlsaWRhZGUgZGUgc3VhIGF1dG9yaWE7CgpJSUkgLSBvIGNvbnRlw7pkbyDDqSBvcmlnaW5hbCwgZSBzZSBvIHRyYWJhbGhvIGUvb3UgcGFsYXZyYXMgZGUgb3V0cmFzIHBlc3NvYXMgZm9yYW0gdXRpbGl6YWRvcywgZXN0YXMgZm9yYW0gZGV2aWRhbWVudGUgcmVjb25oZWNpZGFzOwoKSVYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIG9icmEgY29sZXRpdmEgKG1haXMgZGUgdW0gYXV0b3IpOiB0b2RvcyBvcyBhdXRvcmVzIGVzdMOjbyBjaWVudGVzIGRvIGRlcMOzc2l0byBlIGRlIGFjb3JkbyBjb20gZXN0ZSB0ZXJtbzsKClYgLSBxdWFuZG8gdHJhdGFyLXNlIGRlIFRyYWJhbGhvIGRlIENvbmNsdXPDo28gZGUgQ3Vyc28sIERpc3NlcnRhw6fDo28gb3UgVGVzZTogbyBhcnF1aXZvIGRlcG9zaXRhZG8gY29ycmVzcG9uZGUgw6AgdmVyc8OjbyBmaW5hbCBkbyB0cmFiYWxobzsKClZJIC0gcXVhbmRvIHRyYXRhci1zZSBkZSBUcmFiYWxobyBkZSBDb25jbHVzw6NvIGRlIEN1cnNvLCBEaXNzZXJ0YcOnw6NvIG91IFRlc2U6IGVzdG91IGNpZW50ZSBkZSBxdWUgYSBhbHRlcmHDp8OjbyBkYSBtb2RhbGlkYWRlIGRlIGFjZXNzbyBhbyBkb2N1bWVudG8gYXDDs3MgbyBkZXDDs3NpdG8gZSBhbnRlcyBkZSBmaW5kYXIgbyBwZXLDrW9kbyBkZSBlbWJhcmdvLCBxdWFuZG8gZm9yIGVzY29saGlkbyBhY2Vzc28gcmVzdHJpdG8sIHNlcsOhIHBlcm1pdGlkYSBtZWRpYW50ZSBzb2xpY2l0YcOnw6NvIGRvIChhKSBhdXRvciAoYSkgYW8gU2lzdGVtYSBJbnRlZ3JhZG8gZGUgQmlibGlvdGVjYXMgZGEgVUZQRSAoU0lCL1VGUEUpLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gQWJlcnRvOgoKTmEgcXVhbGlkYWRlIGRlIHRpdHVsYXIgZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIGF1dG9yIHF1ZSByZWNhZW0gc29icmUgZXN0ZSBkb2N1bWVudG8sIGZ1bmRhbWVudGFkbyBuYSBMZWkgZGUgRGlyZWl0byBBdXRvcmFsIG5vIDkuNjEwLCBkZSAxOSBkZSBmZXZlcmVpcm8gZGUgMTk5OCwgYXJ0LiAyOSwgaW5jaXNvIElJSSwgYXV0b3Jpem8gYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIGEgZGlzcG9uaWJpbGl6YXIgZ3JhdHVpdGFtZW50ZSwgc2VtIHJlc3NhcmNpbWVudG8gZG9zIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzLCBwYXJhIGZpbnMgZGUgbGVpdHVyYSwgaW1wcmVzc8OjbyBlL291IGRvd25sb2FkIChhcXVpc2nDp8OjbykgYXRyYXbDqXMgZG8gc2l0ZSBkbyBSZXBvc2l0w7NyaW8gRGlnaXRhbCBkYSBVRlBFIG5vIGVuZGVyZcOnbyBodHRwOi8vd3d3LnJlcG9zaXRvcmlvLnVmcGUuYnIsIGEgcGFydGlyIGRhIGRhdGEgZGUgZGVww7NzaXRvLgoKIApQYXJhIHRyYWJhbGhvcyBlbSBBY2Vzc28gUmVzdHJpdG86CgpOYSBxdWFsaWRhZGUgZGUgdGl0dWxhciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMgZGUgYXV0b3IgcXVlIHJlY2FlbSBzb2JyZSBlc3RlIGRvY3VtZW50bywgZnVuZGFtZW50YWRvIG5hIExlaSBkZSBEaXJlaXRvIEF1dG9yYWwgbm8gOS42MTAgZGUgMTkgZGUgZmV2ZXJlaXJvIGRlIDE5OTgsIGFydC4gMjksIGluY2lzbyBJSUksIGF1dG9yaXpvIGEgVW5pdmVyc2lkYWRlIEZlZGVyYWwgZGUgUGVybmFtYnVjbyBhIGRpc3BvbmliaWxpemFyIGdyYXR1aXRhbWVudGUsIHNlbSByZXNzYXJjaW1lbnRvIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcywgcGFyYSBmaW5zIGRlIGxlaXR1cmEsIGltcHJlc3PDo28gZS9vdSBkb3dubG9hZCAoYXF1aXNpw6fDo28pIGF0cmF2w6lzIGRvIHNpdGUgZG8gUmVwb3NpdMOzcmlvIERpZ2l0YWwgZGEgVUZQRSBubyBlbmRlcmXDp28gaHR0cDovL3d3dy5yZXBvc2l0b3Jpby51ZnBlLmJyLCBxdWFuZG8gZmluZGFyIG8gcGVyw61vZG8gZGUgZW1iYXJnbyBjb25kaXplbnRlIGFvIHRpcG8gZGUgZG9jdW1lbnRvLCBjb25mb3JtZSBpbmRpY2FkbyBubyBjYW1wbyBEYXRhIGRlIEVtYmFyZ28uCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212023-08-22T05:12:53Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Co-circulação de dengue e febre chikungunya em Pernambuco no período epidêmico de 2015-2018 : distribuição espacial e fatores associados ao óbito
title Co-circulação de dengue e febre chikungunya em Pernambuco no período epidêmico de 2015-2018 : distribuição espacial e fatores associados ao óbito
spellingShingle Co-circulação de dengue e febre chikungunya em Pernambuco no período epidêmico de 2015-2018 : distribuição espacial e fatores associados ao óbito
MENDONÇA, Marcela Franklin Salvador de
Dengue
Febre de Chikungunya
Morte
Epidemiologia
Sobrevida
title_short Co-circulação de dengue e febre chikungunya em Pernambuco no período epidêmico de 2015-2018 : distribuição espacial e fatores associados ao óbito
title_full Co-circulação de dengue e febre chikungunya em Pernambuco no período epidêmico de 2015-2018 : distribuição espacial e fatores associados ao óbito
title_fullStr Co-circulação de dengue e febre chikungunya em Pernambuco no período epidêmico de 2015-2018 : distribuição espacial e fatores associados ao óbito
title_full_unstemmed Co-circulação de dengue e febre chikungunya em Pernambuco no período epidêmico de 2015-2018 : distribuição espacial e fatores associados ao óbito
title_sort Co-circulação de dengue e febre chikungunya em Pernambuco no período epidêmico de 2015-2018 : distribuição espacial e fatores associados ao óbito
author MENDONÇA, Marcela Franklin Salvador de
author_facet MENDONÇA, Marcela Franklin Salvador de
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7226044475457322
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7596693172107120
dc.contributor.advisor-coLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/7471840998821965
dc.contributor.author.fl_str_mv MENDONÇA, Marcela Franklin Salvador de
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv MELO, Heloísa Ramos Lacerda de
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv SILVA, Amanda Priscila de Santana Cabral
contributor_str_mv MELO, Heloísa Ramos Lacerda de
SILVA, Amanda Priscila de Santana Cabral
dc.subject.por.fl_str_mv Dengue
Febre de Chikungunya
Morte
Epidemiologia
Sobrevida
topic Dengue
Febre de Chikungunya
Morte
Epidemiologia
Sobrevida
description As infecções pelos vírus dengue e o vírus chikungunya são um crescente problema de saúde pública no mundo principalmente pelo potencial de causar epidemias extensas, e pela ocorrência de grande número de casos graves e óbitos. O diagnóstico laboratorial positivo para qualquer uma dessas arboviroses, não necessariamente confirma esta arbovirose como causa do óbito. Portanto, uma investigação completa de outros fatores que podem estar envolvidos na infecção por esses vírus é necessária. Para subsidiar políticas de prevenção de doenças e agravos à saúde pública, a análise espacial tem sido incluída como importante ferramenta. Identificar e priorizar áreas com números significativos de casos de arboviroses usando o método de estatística de varredura espaço- temporal permite reorientar as ações de vigilância e controle vetorial mais eficaz. Logo, o objetivo deste estudo foi investigar o tempo até o óbito e os fatores associados aos óbitos pela dengue e chikungunya, e descrever, por meio de análise espacial, os casos dessas arboviroses, durante a primeira epidemia após a introdução do vírus chikungunya no Nordeste do Brasil. Tratou-se de um estudo de coorte retrospectivo e outro ecológico realizado em Pernambuco entre 2015 e 2018. A regressão logística foi usada para identificar fatores de risco independentes. A probabilidade de sobrevida entre indivíduos com diferentes infecções por arbovírus foi estimada e as curvas de sobrevida foram comparadas usando log-rank teste. Para a análise espacial, o método estatístico de varredura espaço-temporal de Kulldorff foi adotado para identificar aglomerados espaciais e fornecer o risco relativo. Para realizar as estatísticas de varredura foi utilizado o modelo de probabilidade de Poisson, com uma janela de varredura circular; precisão temporal anual e análise retrospectiva. Os coeficientes de letalidade para dengue e chikungunya foram 0,08% e 0,35%, respectivamente. A chance de óbito devido a chikungunya aumentou progressivamente a partir dos 40 anos de idade. Entre 40-49 anos, a razão de chances foi de 13,83 (IC 95%, 1,80-106,41). Entre 50-59 anos e 60 anos ou mais, a razão de chances foi de 27,63 (IC 95%, 3,70-206,48); e 78,72 (IC 95%, 10,93– 566,90), respectivamente. A probabilidade de óbito associada à infecção pelo vírus da dengue aumentou a partir dos 50 anos de idade. Entre indivíduos de 50 a 59 anos e 60 anos ou mais, a razão de chances foi de 4,30 (IC 95%, 1,80–10,30) e 8,97 (IC 95%, 4,00–20,0), respectivamente. Fatores de risco independentes para óbito na dengue foram cefaleia e idade igual ou superior a 50 anos; e cefaleia, náusea, dor nas costas, artralgia intensa, idade de 0 a 9 anos ou 40 anos ou mais, e sexo masculino para óbito na chikungunya. A razão entre as taxas de mortalidade revelou que o tempo até o óbito por dengue foi de 2,1 vezes mais rápido que o da chikungunya (95% CI, 1,57–2,72). A análise espaço-temporal da prevalência no estado de Pernambuco revelou a presença de quatro clusters nos anos de 2015 e 2016. A distribuição espacial da taxa de mortalidade no município de Recife suavizada pelo estimador Bayesiano empírico local permitiu que um padrão espacial fosse identificado no sudoeste e nordeste do município. A análise espaço-temporal da taxa de mortalidade revelou a presença de dois clusters no ano de 2015. Nossos achados revelam que o tempo até o óbito foi menor em pacientes com dengue do que naqueles com chikungunya. A análise espaço-temporal de Kulldorff mostrou-se viável na identificação das áreas de risco para ocorrência de arboviroses, podendo ser incluída nas rotinas de vigilância para otimizar as estratégias de prevenção durante futuras epidemias.
publishDate 2023
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2023-08-21T18:49:29Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-08-21T18:49:29Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2023-07-05
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv MENDONÇA, Marcela Franklin Salvador de. Co-circulação de dengue e febre chikungunya em Pernambuco no período epidêmico de 2015-2018: distribuição espacial e fatores associados ao óbito. 2023. Tese (Doutorado em Medicina Tropical) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51997
identifier_str_mv MENDONÇA, Marcela Franklin Salvador de. Co-circulação de dengue e febre chikungunya em Pernambuco no período epidêmico de 2015-2018: distribuição espacial e fatores associados ao óbito. 2023. Tese (Doutorado em Medicina Tropical) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2023.
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/51997
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/embargoedAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv embargoedAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Medicina Tropical
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51997/1/TESE%20Marcela%20Franklin%20Salvador%20de%20Mendon%c3%a7a.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51997/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51997/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51997/4/TESE%20Marcela%20Franklin%20Salvador%20de%20Mendon%c3%a7a.pdf.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/51997/5/TESE%20Marcela%20Franklin%20Salvador%20de%20Mendon%c3%a7a.pdf.jpg
bitstream.checksum.fl_str_mv 2ee1ad3b08469ce87cdb18dd2df9926c
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
5e89a1613ddc8510c6576f4b23a78973
7c2d823807dff8f2bc32b69c98232f4c
1b3d0e67dcf8894e5b1915025bef6ebd
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1797780609797455872