Estimulação transcraniana por corrente contínua na migrânea: determinação de protocolo de tratamento

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: ROCHA, Sérgio Henrique de Souza
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPE
Texto Completo: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31071
Resumo: A estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS; do inglês: transcranial direct current stimulation) é uma ferramenta de interesse significativo no tratamento da migrânea, no entanto não há consenso sobre o protocolo ideal de tDCS para a prevenção das crises e redução da dor. O presente estudo foi dividido em duas etapas. Inicialmente, um estudo transversal foi conduzido para comparar a densidade espectral de potência (PSD) da banda alfa medida através da eletroencafalografia do lobo occipital de 25 migranosos (com e sem aura; no período entre as crises) com a de 10 indivíduos saudáveis. Em seguida, um ensaio clínico piloto, randomizado, controlado e duplo cego foi conduzido com 21 migranosos para observar o comportamento da PSD após aplicação da tDCS. Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: experimental (n=11), submetido a 12 sessões de tDCS catódica sobre córtex visual primário (V1); e controle (n=10), submetido a 12 sessões de tDCS sham. A PSD foi registrada durante um protocolo de estimulação fótica intermitente. A segunda etapa do estudo foi um estudo crossover, sham-controlado, contrabalanceado e duplo-cego no qual 14 pacientes migranosos foram estimulados com sete montagens: (i) tDCS anódica no córtex motor primário esquerdo (M1); (ii) tDCS catódica em M1; (iii) tDCS anódica em V1; (iv) tDCS catódica em V1; (v) tDCS dupla – ânodo em M1 e cátodo em V1; (vi) tDCS dupla – cátodo em M1 e ânodo em V1; (vii) tDCS sham. As seguintes medidas foram realizadas antes e imediatamente após o fim das sessões: potencial evocado visual; potencial evocado motor (PEM) e limiar de fosfeno (LF). O estudo transversal mostrou um aumento da PSD da banda alfa no estado basal e uma redução durante a estimulação fótica nos pacientes migranosos, em comparação aos saudáveis. O ensaio clínico da primeira etapa do estudo revelou que tDCS catódica é capaz de reduzir a PSD da banda alfa basal em comparação ao baseline. Os resultados da segunda etapa do estudo confirmam a falta de habituação a estímulos repetitivos em pacientes migranosos e sugerem que a aplicação de tDCS anódica sobre V1 é eficiente em induzir o fenômeno de habituação nestes pacientes e a reduzir hiperexcitabilidade cortical medida pelo LF. Nenhuma montagem foi capaz de alterar o PEM. Em conclusão, os resultados apontam para diferenças na oscilação do ritmo da banda alfa entre indivíduos saudáveis e migranosos em estado basal e que a tDCS pode interferir na atividade elétrica cortical em migranosos. Em adição, a tDCS anódica em V1 é a montagem mais eficiente para induzir o fenômeno da habituação em migranosos.
id UFPE_a49bd48ef4f55e2e6a07df0e6d6e0c0a
oai_identifier_str oai:repositorio.ufpe.br:123456789/31071
network_acronym_str UFPE
network_name_str Repositório Institucional da UFPE
repository_id_str 2221
spelling ROCHA, Sérgio Henrique de Souzahttp://lattes.cnpq.br/8170310175627600http://lattes.cnpq.br/1081515399161086SILVA, Kátia Karina do MonteRODRIGUES, Marcelo Cairrão Araújo2019-06-12T22:08:25Z2019-06-12T22:08:25Z2018-03-09https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31071A estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS; do inglês: transcranial direct current stimulation) é uma ferramenta de interesse significativo no tratamento da migrânea, no entanto não há consenso sobre o protocolo ideal de tDCS para a prevenção das crises e redução da dor. O presente estudo foi dividido em duas etapas. Inicialmente, um estudo transversal foi conduzido para comparar a densidade espectral de potência (PSD) da banda alfa medida através da eletroencafalografia do lobo occipital de 25 migranosos (com e sem aura; no período entre as crises) com a de 10 indivíduos saudáveis. Em seguida, um ensaio clínico piloto, randomizado, controlado e duplo cego foi conduzido com 21 migranosos para observar o comportamento da PSD após aplicação da tDCS. Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: experimental (n=11), submetido a 12 sessões de tDCS catódica sobre córtex visual primário (V1); e controle (n=10), submetido a 12 sessões de tDCS sham. A PSD foi registrada durante um protocolo de estimulação fótica intermitente. A segunda etapa do estudo foi um estudo crossover, sham-controlado, contrabalanceado e duplo-cego no qual 14 pacientes migranosos foram estimulados com sete montagens: (i) tDCS anódica no córtex motor primário esquerdo (M1); (ii) tDCS catódica em M1; (iii) tDCS anódica em V1; (iv) tDCS catódica em V1; (v) tDCS dupla – ânodo em M1 e cátodo em V1; (vi) tDCS dupla – cátodo em M1 e ânodo em V1; (vii) tDCS sham. As seguintes medidas foram realizadas antes e imediatamente após o fim das sessões: potencial evocado visual; potencial evocado motor (PEM) e limiar de fosfeno (LF). O estudo transversal mostrou um aumento da PSD da banda alfa no estado basal e uma redução durante a estimulação fótica nos pacientes migranosos, em comparação aos saudáveis. O ensaio clínico da primeira etapa do estudo revelou que tDCS catódica é capaz de reduzir a PSD da banda alfa basal em comparação ao baseline. Os resultados da segunda etapa do estudo confirmam a falta de habituação a estímulos repetitivos em pacientes migranosos e sugerem que a aplicação de tDCS anódica sobre V1 é eficiente em induzir o fenômeno de habituação nestes pacientes e a reduzir hiperexcitabilidade cortical medida pelo LF. Nenhuma montagem foi capaz de alterar o PEM. Em conclusão, os resultados apontam para diferenças na oscilação do ritmo da banda alfa entre indivíduos saudáveis e migranosos em estado basal e que a tDCS pode interferir na atividade elétrica cortical em migranosos. Em adição, a tDCS anódica em V1 é a montagem mais eficiente para induzir o fenômeno da habituação em migranosos.FACEPETranscranial direct current stimulation (tDCS) is an interest significant tool for migraine treatment. However, there is no consensus on the best protocol of tDCS for prevention attack and pain reduction. The present study was divided into two steps. Firstly, a cross-sectional study was conducted to compare the power spectral density (PSD) of the alpha band, measured through an electroencephalography of occipital lobe in 25 migraineurs (with and without aura; inter-ictal period) with 10 healthy volunteers. Secondly, a pilot randomized clinical trial was carried on with 21 migraineurs, to observe PSD behavior after application of tDCS, randomly divided into: experimental (n = 11), submitted to 12 sessions of cathodal tDCS on primary visual cortex (V1); and control (n = 10), submitted to 12 sham tDCS sessions. The PSD was recorded in a repetitive light stimulation protocol. In a second step, a randomized, controlled, double-blinded crossover design (counterbalanced order) which 14 migraineurs was stimulated with seven experimental sessions: (i) anodal tDCS over left primary motor cortex (M1); (ii) cathodal tDCS over M1; (iii) anodal tDCS over primary visual cortex (V1); (iv) cathodal tDCS over V1; (v) double tDCS - anodal over M1 and cathodal over V1; (vi) double - cathodal tDCS over M1 and anodal over V1; (vii) tDCS sham. The following measures were performed before and immediately after the end of the sessions: visual evoked potential; motor evoked potential (MEP) and phosphene threshold (PT). The cross-sectional study showed an increase in PSD of alpha band on basal state and a reduction during light stimulation (LS) in migraine patients compared to healthy subjects. The clinical trial of the first step revealed that cathodal tDCS is able to reduce the PSD of alpha band when compared to baseline but not modulate functional responses of LS. The results of the second step confirm the lack of habituation to repetitive visual stimuli in migraineurs patients and suggest that the application of anodal tDCS over V1 is efficient to induce the habituation phenomena on these patients and decrease cortical hyperexcitability, measured by PT. Any montage was able to change the MEP. In conclusion, the results point to differences in the rhythm oscillation of alpha band between healthy subjects and migraineurs at resting state and during LS. Besides, that tDCS may interfere on cortical electrical activity in migraineurs at resting state. In addition, the anodal tDCS over V1 is the most efficient protocol to induce the phenomenon of habituation in migraineurs.porUniversidade Federal de PernambucoPrograma de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do ComportamentoUFPEBrasilAttribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazilhttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/info:eu-repo/semantics/openAccessEstimulação elétricaEnxaqueca com auraEnxaqueca sem auraDorEstimulação transcraniana por corrente contínua na migrânea: determinação de protocolo de tratamentoinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisdoutoradoreponame:Repositório Institucional da UFPEinstname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)instacron:UFPETHUMBNAILTESE Sérgio Henrique de Souza Rocha.pdf.jpgTESE Sérgio Henrique de Souza Rocha.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1238https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31071/5/TESE%20S%c3%a9rgio%20Henrique%20de%20Souza%20Rocha.pdf.jpga4b8a41671d007c2cbd05b529efca6cbMD55ORIGINALTESE Sérgio Henrique de Souza Rocha.pdfTESE Sérgio Henrique de Souza Rocha.pdfapplication/pdf14204559https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31071/1/TESE%20S%c3%a9rgio%20Henrique%20de%20Souza%20Rocha.pdf7b37844751a79d10015c23e18d51cdb7MD51CC-LICENSElicense_rdflicense_rdfapplication/rdf+xml; charset=utf-8811https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31071/2/license_rdfe39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34MD52LICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-82311https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31071/3/license.txt4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08MD53TEXTTESE Sérgio Henrique de Souza Rocha.pdf.txtTESE Sérgio Henrique de Souza Rocha.pdf.txtExtracted texttext/plain215496https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31071/4/TESE%20S%c3%a9rgio%20Henrique%20de%20Souza%20Rocha.pdf.txtced3a103d41abd9ddb4ece138f8ed971MD54123456789/310712019-10-25 23:13:06.802oai:repositorio.ufpe.br:123456789/31071TGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKClRvZG8gZGVwb3NpdGFudGUgZGUgbWF0ZXJpYWwgbm8gUmVwb3NpdMOzcmlvIEluc3RpdHVjaW9uYWwgKFJJKSBkZXZlIGNvbmNlZGVyLCDDoCBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkZSBQZXJuYW1idWNvIChVRlBFKSwgdW1hIExpY2Vuw6dhIGRlIERpc3RyaWJ1acOnw6NvIE7Do28gRXhjbHVzaXZhIHBhcmEgbWFudGVyIGUgdG9ybmFyIGFjZXNzw612ZWlzIG9zIHNldXMgZG9jdW1lbnRvcywgZW0gZm9ybWF0byBkaWdpdGFsLCBuZXN0ZSByZXBvc2l0w7NyaW8uCgpDb20gYSBjb25jZXNzw6NvIGRlc3RhIGxpY2Vuw6dhIG7Do28gZXhjbHVzaXZhLCBvIGRlcG9zaXRhbnRlIG1hbnTDqW0gdG9kb3Mgb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgYXV0b3IuCl9fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fX19fXwoKTGljZW7Dp2EgZGUgRGlzdHJpYnVpw6fDo28gTsOjbyBFeGNsdXNpdmEKCkFvIGNvbmNvcmRhciBjb20gZXN0YSBsaWNlbsOnYSBlIGFjZWl0w6EtbGEsIHZvY8OqIChhdXRvciBvdSBkZXRlbnRvciBkb3MgZGlyZWl0b3MgYXV0b3JhaXMpOgoKYSkgRGVjbGFyYSBxdWUgY29uaGVjZSBhIHBvbMOtdGljYSBkZSBjb3B5cmlnaHQgZGEgZWRpdG9yYSBkbyBzZXUgZG9jdW1lbnRvOwpiKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBjb25oZWNlIGUgYWNlaXRhIGFzIERpcmV0cml6ZXMgcGFyYSBvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBJbnN0aXR1Y2lvbmFsIGRhIFVGUEU7CmMpIENvbmNlZGUgw6AgVUZQRSBvIGRpcmVpdG8gbsOjbyBleGNsdXNpdm8gZGUgYXJxdWl2YXIsIHJlcHJvZHV6aXIsIGNvbnZlcnRlciAoY29tbyBkZWZpbmlkbyBhIHNlZ3VpciksIGNvbXVuaWNhciBlL291IGRpc3RyaWJ1aXIsIG5vIFJJLCBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vL2Fic3RyYWN0KSBlbSBmb3JtYXRvIGRpZ2l0YWwgb3UgcG9yIG91dHJvIG1laW87CmQpIERlY2xhcmEgcXVlIGF1dG9yaXphIGEgVUZQRSBhIGFycXVpdmFyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXN0ZSBkb2N1bWVudG8gZSBjb252ZXJ0w6otbG8sIHNlbSBhbHRlcmFyIG8gc2V1IGNvbnRlw7pkbywgcGFyYSBxdWFscXVlciBmb3JtYXRvIGRlIGZpY2hlaXJvLCBtZWlvIG91IHN1cG9ydGUsIHBhcmEgZWZlaXRvcyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBwcmVzZXJ2YcOnw6NvIChiYWNrdXApIGUgYWNlc3NvOwplKSBEZWNsYXJhIHF1ZSBvIGRvY3VtZW50byBzdWJtZXRpZG8gw6kgbyBzZXUgdHJhYmFsaG8gb3JpZ2luYWwgZSBxdWUgZGV0w6ltIG8gZGlyZWl0byBkZSBjb25jZWRlciBhIHRlcmNlaXJvcyBvcyBkaXJlaXRvcyBjb250aWRvcyBuZXN0YSBsaWNlbsOnYS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBhIGVudHJlZ2EgZG8gZG9jdW1lbnRvIG7Do28gaW5mcmluZ2Ugb3MgZGlyZWl0b3MgZGUgb3V0cmEgcGVzc29hIG91IGVudGlkYWRlOwpmKSBEZWNsYXJhIHF1ZSwgbm8gY2FzbyBkbyBkb2N1bWVudG8gc3VibWV0aWRvIGNvbnRlciBtYXRlcmlhbCBkbyBxdWFsIG7Do28gZGV0w6ltIG9zIGRpcmVpdG9zIGRlCmF1dG9yLCBvYnRldmUgYSBhdXRvcml6YcOnw6NvIGlycmVzdHJpdGEgZG8gcmVzcGVjdGl2byBkZXRlbnRvciBkZXNzZXMgZGlyZWl0b3MgcGFyYSBjZWRlciDDoApVRlBFIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgTGljZW7Dp2EgZSBhdXRvcml6YXIgYSB1bml2ZXJzaWRhZGUgYSB1dGlsaXrDoS1sb3MgbGVnYWxtZW50ZS4gRGVjbGFyYSB0YW1iw6ltIHF1ZSBlc3NlIG1hdGVyaWFsIGN1am9zIGRpcmVpdG9zIHPDo28gZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZTsKZykgU2UgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgYmFzZWFkbyBlbSB0cmFiYWxobyBmaW5hbmNpYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIG91dHJhIGluc3RpdHVpw6fDo28gcXVlIG7Do28gYSBVRlBFLMKgZGVjbGFyYSBxdWUgY3VtcHJpdSBxdWFpc3F1ZXIgb2JyaWdhw6fDtWVzIGV4aWdpZGFzIHBlbG8gcmVzcGVjdGl2byBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUEUgaWRlbnRpZmljYXLDoSBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgbm9tZShzKSBkbyhzKSBhdXRvciAoZXMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBkbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgZSBuw6NvIGZhcsOhIHF1YWxxdWVyIGFsdGVyYcOnw6NvLCBwYXJhIGFsw6ltIGRvIHByZXZpc3RvIG5hIGFsw61uZWEgYykuCg==Repositório InstitucionalPUBhttps://repositorio.ufpe.br/oai/requestattena@ufpe.bropendoar:22212019-10-26T02:13:06Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Estimulação transcraniana por corrente contínua na migrânea: determinação de protocolo de tratamento
title Estimulação transcraniana por corrente contínua na migrânea: determinação de protocolo de tratamento
spellingShingle Estimulação transcraniana por corrente contínua na migrânea: determinação de protocolo de tratamento
ROCHA, Sérgio Henrique de Souza
Estimulação elétrica
Enxaqueca com aura
Enxaqueca sem aura
Dor
title_short Estimulação transcraniana por corrente contínua na migrânea: determinação de protocolo de tratamento
title_full Estimulação transcraniana por corrente contínua na migrânea: determinação de protocolo de tratamento
title_fullStr Estimulação transcraniana por corrente contínua na migrânea: determinação de protocolo de tratamento
title_full_unstemmed Estimulação transcraniana por corrente contínua na migrânea: determinação de protocolo de tratamento
title_sort Estimulação transcraniana por corrente contínua na migrânea: determinação de protocolo de tratamento
author ROCHA, Sérgio Henrique de Souza
author_facet ROCHA, Sérgio Henrique de Souza
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/8170310175627600
dc.contributor.advisorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/1081515399161086
dc.contributor.author.fl_str_mv ROCHA, Sérgio Henrique de Souza
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv SILVA, Kátia Karina do Monte
dc.contributor.advisor-co1.fl_str_mv RODRIGUES, Marcelo Cairrão Araújo
contributor_str_mv SILVA, Kátia Karina do Monte
RODRIGUES, Marcelo Cairrão Araújo
dc.subject.por.fl_str_mv Estimulação elétrica
Enxaqueca com aura
Enxaqueca sem aura
Dor
topic Estimulação elétrica
Enxaqueca com aura
Enxaqueca sem aura
Dor
description A estimulação transcraniana por corrente contínua (tDCS; do inglês: transcranial direct current stimulation) é uma ferramenta de interesse significativo no tratamento da migrânea, no entanto não há consenso sobre o protocolo ideal de tDCS para a prevenção das crises e redução da dor. O presente estudo foi dividido em duas etapas. Inicialmente, um estudo transversal foi conduzido para comparar a densidade espectral de potência (PSD) da banda alfa medida através da eletroencafalografia do lobo occipital de 25 migranosos (com e sem aura; no período entre as crises) com a de 10 indivíduos saudáveis. Em seguida, um ensaio clínico piloto, randomizado, controlado e duplo cego foi conduzido com 21 migranosos para observar o comportamento da PSD após aplicação da tDCS. Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: experimental (n=11), submetido a 12 sessões de tDCS catódica sobre córtex visual primário (V1); e controle (n=10), submetido a 12 sessões de tDCS sham. A PSD foi registrada durante um protocolo de estimulação fótica intermitente. A segunda etapa do estudo foi um estudo crossover, sham-controlado, contrabalanceado e duplo-cego no qual 14 pacientes migranosos foram estimulados com sete montagens: (i) tDCS anódica no córtex motor primário esquerdo (M1); (ii) tDCS catódica em M1; (iii) tDCS anódica em V1; (iv) tDCS catódica em V1; (v) tDCS dupla – ânodo em M1 e cátodo em V1; (vi) tDCS dupla – cátodo em M1 e ânodo em V1; (vii) tDCS sham. As seguintes medidas foram realizadas antes e imediatamente após o fim das sessões: potencial evocado visual; potencial evocado motor (PEM) e limiar de fosfeno (LF). O estudo transversal mostrou um aumento da PSD da banda alfa no estado basal e uma redução durante a estimulação fótica nos pacientes migranosos, em comparação aos saudáveis. O ensaio clínico da primeira etapa do estudo revelou que tDCS catódica é capaz de reduzir a PSD da banda alfa basal em comparação ao baseline. Os resultados da segunda etapa do estudo confirmam a falta de habituação a estímulos repetitivos em pacientes migranosos e sugerem que a aplicação de tDCS anódica sobre V1 é eficiente em induzir o fenômeno de habituação nestes pacientes e a reduzir hiperexcitabilidade cortical medida pelo LF. Nenhuma montagem foi capaz de alterar o PEM. Em conclusão, os resultados apontam para diferenças na oscilação do ritmo da banda alfa entre indivíduos saudáveis e migranosos em estado basal e que a tDCS pode interferir na atividade elétrica cortical em migranosos. Em adição, a tDCS anódica em V1 é a montagem mais eficiente para induzir o fenômeno da habituação em migranosos.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-03-09
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2019-06-12T22:08:25Z
dc.date.available.fl_str_mv 2019-06-12T22:08:25Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31071
url https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31071
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil
http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.publisher.program.fl_str_mv Programa de Pos Graduacao em Neuropsiquiatria e Ciencia do Comportamento
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFPE
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal de Pernambuco
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFPE
instname:Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron:UFPE
instname_str Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
instacron_str UFPE
institution UFPE
reponame_str Repositório Institucional da UFPE
collection Repositório Institucional da UFPE
bitstream.url.fl_str_mv https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31071/5/TESE%20S%c3%a9rgio%20Henrique%20de%20Souza%20Rocha.pdf.jpg
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31071/1/TESE%20S%c3%a9rgio%20Henrique%20de%20Souza%20Rocha.pdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31071/2/license_rdf
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31071/3/license.txt
https://repositorio.ufpe.br/bitstream/123456789/31071/4/TESE%20S%c3%a9rgio%20Henrique%20de%20Souza%20Rocha.pdf.txt
bitstream.checksum.fl_str_mv a4b8a41671d007c2cbd05b529efca6cb
7b37844751a79d10015c23e18d51cdb7
e39d27027a6cc9cb039ad269a5db8e34
4b8a02c7f2818eaf00dcf2260dd5eb08
ced3a103d41abd9ddb4ece138f8ed971
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
MD5
MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFPE - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
repository.mail.fl_str_mv attena@ufpe.br
_version_ 1797780361683402752