Uso do espaço por morcegos em floresta ombrófila mista no Sul do Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Luana de Almeida
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFPR
Texto Completo: http://hdl.handle.net/1884/43749
Resumo: Orientador : Prof. Dr. João Marcelo D. Miranda
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spelling Pereira, Luana de AlmeidaUniversidade Federal do Paraná. Setor de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em ZoologiaMiranda, Joao Marcelo Deliberador2016-09-19T13:38:14Z2016-09-19T13:38:14Z2016http://hdl.handle.net/1884/43749Orientador : Prof. Dr. João Marcelo D. MirandaDissertação (mestrado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Zoologia. Defesa: Curitiba, 24/02/2016Inclui referências : f. 12-15;35-43;58-64Resumo: Resumo: O uso diferencial do espaço tem se apresentado como um componente importante na estruturação das comunidades de morcegos, pois permite que espécies semelhantes utilizem diferentes estratos. O presente capítulo teve como objetivo apresentar a estruturação espacial de duas assembleias de morcegos de dois remanescentes de Floresta Ombrófila Mista no Sul do Brasil. As amostragens foram realizadas em duas localidades no estado do Paraná (Parque Municipal São Francisco da Esperança no município de Guarapuava e Jardim Botânico Faxinal do Céu no município de Pinhão). Nestas localidades a fitofisionomia ocorrente é a Floresta Ombrófila Mista. Em cada localidade foram utilizadas 20 redes de neblina dispostas: dez no sub-bosque (6x3m); cinco em áreas abertas como bordas de mata e clareiras (12x3m) e cinco no dossel (12x3m) totalizando 20 pontos de amostragem. As redes permaneceram abertas do pôr ao nascer do sol durante duas noites consecutivas por mês em cada área entre os meses de setembro de 2014 e agosto de 2015. O uso do espaço foi avaliado através da comparação da riqueza, abundância, diversidade Shannon, diversidade filogenética, diversidade funcional e composição de espécies obtidas entre os três ambientes amostrados. Para testar diferenças entre estas métricas foi utilizada a análise de variância não paramétrica (Kruskal-Wallis) adotando o teste post hoc Mann-Whitney, tomando cada rede como réplica para cada um dos três ambientes. A composição de espécies entre os três ambientes foi avaliada através de uma análise de variância multivariada não métrica (PERMANOVA One-way). Foi utilizado o índice de predominância para identificar as espécies predominantes em cada ambiente. Foram feitas 221 capturas de 199 indivíduos pertencentes a três famílias e 20 espécies. A família Vespertilionidae representou 45% da riqueza. A espécie mais abundante foi Sturnira lilium (59,2%), seguida de Carollia perspicillata (11%) e Myotis izecksohni (4,5%). Não houve diferenças na riqueza entre os ambientes de dossel, sub-bosque ou áreas abertas (H=3,85; p=0,127), porém o dossel apresentou menor abundância que os outros ambientes (H=9,47; p=0,007). A diversidade de Shannon, diversidade filogenética e a diversidade funcional também não apresentaram diferenças significativas entre os ambientes (H=0,93; p=0,6245; H=0,60; p=0,73 e H=3,49; p=0,09 respectivamente). A análise de variância multivariada não métrica também não apresentou diferença significativa entre os ambientes estudados (PERMANOVA=1,48; p=0,1078). O índice de predominância revelou duas espécies predominantes no sub-bosque (C. auritus e E. furinalis) e três espécies predominantes nas áreas abertas (S. lilium, C. perspicillata e M. izecksohni). Neste e em outros estudos feitos na Mata Atlântica, a estratificação vertical não é tão marcada como nos trabalhos feitos na Amazônia, pois possivelmente a estratificação é influenciada pela estrutura da vegetação. A abordagem aqui apresentada pode ser considerada mais robusta que as comumente apresentadas e também fica evidenciado que apesar de haver diferenças estatisticamente significativas apenas na abundância de espécies, algumas espécies foram predominantes de determinados ambientes e as amostragens em diferentes estratos e ambientes melhoram a eficiência de inventários de morcegos. Palavras chaves: Estruturação vertical; Ecologia espacial; Molossidae; Phyllostomidae; Vespertilionidae.Abstract: The differential use of space has been presented as an important component in the structure of bat communities because it allows similar species to use different strats. The present chapter had as its objective to present the spatial structure of two bat assemblies in two remanescents of Southern Brazilian Atlantic Forest. The samplings were made in two locations in Paraná state (Parque Municipal São Francisco da Esperança in Guarapuava municipality and Jardim Botânico de Faxinal do Céu in Pinhão municipality). In these locations, the occurring phytofisionomy is Brazilian Atlantic Forest. In each location 20 mist nest were used, disposed in: ten in the understory (6x3m); five in open areas such as forest borders and clearings (12x3m); and five in the canopy (12x3m) summing up to 20 sampling spots. The nets remained open from sunset to sunrise in two consecutive nights per month in each area between september 2014 and august 2015. The use of space was evaluated comparing richness, abundance, Shannon diversity, phylogenetic diversity, functional diversity and species composition obtained in the three sampled enviroments. To teste the differences between these metrics, a non-parametric variance analysis (Kruskal-Wallis) was used with the post hoc test Mann-Whitney, taking each net as a replica to each of the three enviroments. The species composition between the three enviroments was evaluated through a non-metric multivariated variance analysis (PERMANOVA One-way). The predominance index was used to identify the main species in each enviroment. There were made 221 captures of 199 individuals belonging to 20 species and 3 families. The Vespertilionidae family represented 45% of the richness. The most abundant species was Sturnira lilium (59,2%), followed by Carollia perspicillata (11%) and Myotis izecksohni (4,5%). There were no differences in richness between the canopy, understory and open area enviroments (H=3,85; p=0,127), but the canopy showed smaller abundance than the other enviroments (H=9,47; p=0,007). The Shannon diversity, phylogenetic diversity and functional diversity also didn't show significant differences among the studied enviroments (H=0,93; p=0,6245; H=0,60; p=0,73 e H=3,49; p=0,09 respectively). The non-metric multivariate variance analysis also didn't show significant differences between the studied enviroments (PERMANOVA= 1,48; p=0, 1078). The predominance index showed two species predominant in the understory (C. auritus and E. furinalis) and three species predominant in the open areas (S. lilium, C. perspicillata e M. izecksohni). In this and other studies made in Atlantic Forest the stratification isn't so marked as in works made in Amazon Forest, possibly because the statification is influenced by the vegetation structure. The approach presented here can be considered more robust than the usually shown and also it is evident that even having statistically significant differences only in species abundance, some species were predominant in certain enviroments and the samplings in different strats and enviroments improve the efficiency of bat's inventories. Keywords: Vertical structure; Spatial ecology; Molossidae; Phyllostomidae; Vespertilionidae.70 f. : il.application/pdfDisponível em formato digitalMorcegoFlorestasUso do espaço por morcegos em floresta ombrófila mista no Sul do Brasilinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisporreponame:Repositório Institucional da UFPRinstname:Universidade Federal do Paraná (UFPR)instacron:UFPRinfo:eu-repo/semantics/openAccessTHUMBNAILR - D - LUANA DE ALMEIDA PEREIRA.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1411https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/43749/1/R%20-%20D%20-%20LUANA%20DE%20ALMEIDA%20PEREIRA.pdf.jpg6c50a618a4dfa96f29e5bdd44d4ff9ffMD51open accessTEXTR - D - LUANA DE ALMEIDA PEREIRA.pdf.txtExtracted Texttext/plain131572https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/43749/2/R%20-%20D%20-%20LUANA%20DE%20ALMEIDA%20PEREIRA.pdf.txt82d34a371710a2118e82f5cb69dd96b8MD52open accessORIGINALR - D - LUANA DE ALMEIDA PEREIRA.pdfapplication/pdf2014054https://acervodigital.ufpr.br/bitstream/1884/43749/3/R%20-%20D%20-%20LUANA%20DE%20ALMEIDA%20PEREIRA.pdf565916a7c8071126f2321830675ed7f0MD53open access1884/437492016-09-19 10:38:14.251open accessoai:acervodigital.ufpr.br:1884/43749Repositório de PublicaçõesPUBhttp://acervodigital.ufpr.br/oai/requestopendoar:3082016-09-19T13:38:14Repositório Institucional da UFPR - Universidade Federal do Paraná (UFPR)false
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