Registros de sessão terapêutica : relato, gravação ou transcrição? considerações sobre as diferenças entre os registros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Milena da Rosa
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Barcellos, Eduarda Duarte de, Sanchez, Lívia Fração, Steibel, Denise, Fernandes, Paula de Paula, Campezatto, Paula von Mengden, Geremia, Lisiane, Klarmann, Regina Pereira
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/144294
Resumo: A temática da gravação das sessões de psicoterapia não apresenta consenso na literatura. Alguns autores referem à possibilidade de ampliação dos conhecimentos e entendimento mais aprofundado das sessões, destacando a importância da gravação para estudos de processo psicoterápico. Outros enfatizam a exposição dos pacientes e a interferência negativa da gravação no processo e no desenvolvimento da aliança terapêutica. O presente estudo teve como objetivo examinar distintas formas de registro de sessões de psicoterapia psicanalítica. Consiste em levantamento das diferenças e especificidades do registro em áudio, da transcrição e do relato pela memória do psicoterapeuta de uma sessão de psicoterapia. A fonte de informações é oriunda de três sessões consecutivas de um tratamento de uma jovem de 19 anos, as quais foram analisadas qualitativamente por um grupo de pesquisadores formado por psicanalista, psicólogos-psicoterapeutas e estudantes de psicologia. A principal diferença encontrada foi a existência, no relato da terapeuta, de contextualizações e sentimentos contratransferenciais que davam vivacidade ao material. A experiência de ouvir a gravação foi considerada cansativa pelos pesquisadores, porém trouxe a possibilidade de escutar o tom da voz e perceber aspectos afetivos da relação entre terapeuta e paciente. Estabeleceram-se considerações sobre os conteúdos presentes nas transcrições e ausentes nos relatos de memória, identificando que a essência do material permanecia a mesma, embora transformado pela experiência da terapeuta.
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A fonte de informações é oriunda de três sessões consecutivas de um tratamento de uma jovem de 19 anos, as quais foram analisadas qualitativamente por um grupo de pesquisadores formado por psicanalista, psicólogos-psicoterapeutas e estudantes de psicologia. A principal diferença encontrada foi a existência, no relato da terapeuta, de contextualizações e sentimentos contratransferenciais que davam vivacidade ao material. A experiência de ouvir a gravação foi considerada cansativa pelos pesquisadores, porém trouxe a possibilidade de escutar o tom da voz e perceber aspectos afetivos da relação entre terapeuta e paciente. Estabeleceram-se considerações sobre os conteúdos presentes nas transcrições e ausentes nos relatos de memória, identificando que a essência do material permanecia a mesma, embora transformado pela experiência da terapeuta.The theme of recording sessions is not a consensus in the literature. Authors mention the possibility of expanding knowledge and deeper understanding of what goes on in sessions, highlighting the importance of recording them for studies of the psychotherapeutic process. Others emphasize the patient´s exposure and negative interference of recording in the process and the development of therapeutic alliance. This present study aimed to examine different ways of recording sessions of psychoanalytic psychotherapy. Consists on a survey of differences and particularities of audio recording, transcription and reporting by psychotherapist’s memory of a psychotherapy session. The source of information is coming from three consecutive sessions of a treatment of a 19 years old patient, which were analyzed qualitatively by a research group formed by psychoanalysts, psychotherapists, psychologists and psychology students. The main difference was the existence of contextualization and countertransference feelings in the The theme of recording sessions is not a consensus in the literature. Authors mention the possibility of expanding knowledge and deeper understanding of what goes on in sessions, highlighting the importance of recording them for studies of the psychotherapeutic process. Others emphasize the patient´s exposure and negative interference of recording in the process and the development of therapeutic alliance. This present study aimed to examine different ways of recording sessions of psychoanalytic psychotherapy. Consists on a survey of differences and particularities of audio recording, transcription and reporting by psychotherapist’s memory of a psychotherapy session. The source of information is coming from three consecutive sessions of a treatment of a 19 years old patient, which were analyzed qualitatively by a research group formed by psychoanalysts, psychotherapists, psychologists and psychology students.El tema de la grabación de sesiones de psicoterapia no muestra consenso en la literatura. Algunos autores se refieren a la posibilidad de ampliar el conocimiento y la comprensión más profunda de las sesiones, destacando la importancia de la grabación para el estudio del proceso de la psicoterapia. Otros enfatizan la exposición de los pacientes y la interferencia negativa de la grabación en el proceso psicoterápico y en el desarrollo de la alianza terapéutica. El presente estudio tuvo como objetivo examinar las formas distintas de registro de psicoterapia psicoanalítica. Consiste en levantamiento de las diferencias y particularidades de la grabación en audio, transcripción y presentación de informes por parte de la memoria del psicoterapeuta de una sesión de psicoterapia. La fuente de información se compone de tres sesiones consecutivas de un tratamiento de una paciente de 19 años de edad, las cuales fueron analizadas cualitativamente por un grupo de investigación formado por psicoanalistas, psicoterapeutas, psicólogos y estudiantes de psicología. Se encontró que la principal diferencia fue la existencia en los informes del terapeuta de contextualizaciones y sentimientos contratransferenciales que dieron vida al material. La experiencia de escuchar el audio fue considerada por los investigadores fatigosa, pero trajo la posibilidad de escuchar el tono de voz y darse cuenta de la relación afectiva entre terapeuta y paciente. Consideraciones fueran establecidas sobre el contenido presente en las transcripciones y ausentes en los informes de la memoria, identificando que de la esencia de la material sigue siendo el mismo, aunque transformado por la experiencia del terapeuta.application/pdfporPsicologia clínica. Rio de Janeiro, RJ. Vol. 26, n. 2 (2014), p. 121-138PsicoterapiaPsicanáliseEscritaComunicação oralTranscriçãoPsychotherapyAudio recordingReporting sessionPsychoanalysisPsicoterapiaGrabación en audioPresentación de informesPsicoanálisisRegistros de sessão terapêutica : relato, gravação ou transcrição? considerações sobre as diferenças entre os registrosRegistering psychotherapy sessions : report, record or transcription? Considerations on the differences between the registries¿Registro de sesiones de psicoterapia : informes, grabación de audio o transcripción? Consideraciones acerca de las diferencias entre los registrosinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSORIGINAL000984231.pdf000984231.pdfTexto completoapplication/pdf866669http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/144294/1/000984231.pdff0d687f0adc82394147ffb6ff0251ed0MD51TEXT000984231.pdf.txt000984231.pdf.txtExtracted Texttext/plain47143http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/144294/2/000984231.pdf.txt2c825e3ce74ce3f3423b94ecf90a838eMD52THUMBNAIL000984231.pdf.jpg000984231.pdf.jpgGenerated Thumbnailimage/jpeg1505http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/144294/3/000984231.pdf.jpg99060f01bbfc95c76a0bb2c025a36e05MD5310183/1442942018-10-29 07:47:44.966oai:www.lume.ufrgs.br:10183/144294Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2018-10-29T10:47:44Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
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