Avaliação das características físico-químicas de iogurtes naturais produzidos a partir de leite contaminado por bactérias psicrotróficas proteolíticas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Goulart, Juliana Querino
Data de Publicação: 2021
Outros Autores: Barreto, Fabiano, Moraes, João Feliz Duarte de, Costa, Marisa da, Pinto, Andrea Troller
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFRGS
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10183/224298
Resumo: O resfriamento do leite na unidade produtora favorece a multiplicação de microrganismos psicrotróficos que podem produzir enzimas proteolíticas termorresistentes com potencial para degradar os componentes do leite. Visando verificar os efeitos destas enzimas em derivados lácteos, este estudo teve por objetivo avaliar as características físico-químicas do iogurte natural produzido a partir de leite contaminado com bactérias psicrotróficas proteolíticas. Para isso, microrganismospsicrotróficos produtores de enzimas proteolíticas foram isolados do leite cru refrigerado, tendo sido identificados até nível de gênero Pseudomonas sp., Alcaligenes sp. eButiauxella sp. Esses microrganismos foram inoculados em leite pasteurizado e armazenados por 48 e 72 horas a temperatura de 7°±1°C. Após o período de armazenamento, o leite foi tratado termicamente a 90°± 5°C durante 10 min e imediatamente resfriados a 43°C. Foram adicionados os ingredientes e produzidos iogurtes naturais, sendo posteriormente avaliados quanto aos seus teores de proteína, gordura e acidez. Os iogurtes naturais produzidos, quanto aos teores de gordura e proteína foram significativamente maiores em iogurtes produzidos com os leites controles (não inoculados). Além disso, a acidez do iogurte produzido com leites armazenados por 72 horas a 7°±1°C foi significativamente maior no dia zero, independente dos microrganismos intencionalmente adicionados. Com isso, pode-se concluir que as características físico-químicas dos iogurtes naturais produzidos com leites contaminados com as bactérias foram diferentes das obtidas dos iogurtes produzidos com leites não contaminados, sendo importante a reflexão sobre os tempos de armazenamento a frio devido ao favorecimento da multiplicação de microrganismos psicrotróficos proteolíticos.
id UFRGS-2_b6e6373333496ff8ae79575cb9cf6ae8
oai_identifier_str oai:www.lume.ufrgs.br:10183/224298
network_acronym_str UFRGS-2
network_name_str Repositório Institucional da UFRGS
repository_id_str
spelling Goulart, Juliana QuerinoBarreto, FabianoMoraes, João Feliz Duarte deCosta, Marisa daPinto, Andrea Troller2021-07-21T04:24:28Z20212525-8761http://hdl.handle.net/10183/224298001127334O resfriamento do leite na unidade produtora favorece a multiplicação de microrganismos psicrotróficos que podem produzir enzimas proteolíticas termorresistentes com potencial para degradar os componentes do leite. Visando verificar os efeitos destas enzimas em derivados lácteos, este estudo teve por objetivo avaliar as características físico-químicas do iogurte natural produzido a partir de leite contaminado com bactérias psicrotróficas proteolíticas. Para isso, microrganismospsicrotróficos produtores de enzimas proteolíticas foram isolados do leite cru refrigerado, tendo sido identificados até nível de gênero Pseudomonas sp., Alcaligenes sp. eButiauxella sp. Esses microrganismos foram inoculados em leite pasteurizado e armazenados por 48 e 72 horas a temperatura de 7°±1°C. Após o período de armazenamento, o leite foi tratado termicamente a 90°± 5°C durante 10 min e imediatamente resfriados a 43°C. Foram adicionados os ingredientes e produzidos iogurtes naturais, sendo posteriormente avaliados quanto aos seus teores de proteína, gordura e acidez. Os iogurtes naturais produzidos, quanto aos teores de gordura e proteína foram significativamente maiores em iogurtes produzidos com os leites controles (não inoculados). Além disso, a acidez do iogurte produzido com leites armazenados por 72 horas a 7°±1°C foi significativamente maior no dia zero, independente dos microrganismos intencionalmente adicionados. Com isso, pode-se concluir que as características físico-químicas dos iogurtes naturais produzidos com leites contaminados com as bactérias foram diferentes das obtidas dos iogurtes produzidos com leites não contaminados, sendo importante a reflexão sobre os tempos de armazenamento a frio devido ao favorecimento da multiplicação de microrganismos psicrotróficos proteolíticos.Cooling of milk in dairy favors the multiplication of psychrotrophicbacteria that can produce thermoresistant proteolytic enzymes and degrade milk components. To verify the effects of these enzymes in dairy products, this study aimed to evaluate the physical-chemical characteristics of plain yogurt produced from milk contaminated with proteolytic psychrotrophic bacteria. For this, psychrotrophicbacteria producing proteolytic enzymes were isolated from raw milk, having been identified like Pseudomonassp., Alcaligenes sp. and Butiauxella sp. These microorganisms were inoculated in pasteurized milk and stored for 48 and 72 hours at a temperature of 7°±1°C. After the storage, the milk was heated to 90°± 5°C for 10 min and immediately cooled to 43°C. The ingredients were added and plain yogurts were produced, and then evaluated for their protein, fat and acidity contents. The plain yogurts produced, in terms of fat and protein contents, were significantly higher in yogurts produced with control milk (not inoculated). In addition, the acidity of yogurt produced with milk stored for 72 hours at 7°±1°C was significantly higher on day zero, regardless of the microorganisms intentionally added. Thus, it can be concluded that the physical-chemical characteristics of plain yoghurts produced with contaminated milks were different from those obtained from yogurts produced with non-contaminated milks, being important to reflection of the cold storage periods due to the favoring of multiplication of proteolytic psychrotrophic microorganism.application/pdfporBrazilian Journal of Development. Curitiba. Vol. 7, n. 6 (June 2021), p. 57566-57577LeiteResfriamentoPeptídeo hidrolasesAcidezGorduraProteínaIogurteMilkCoolingPsychrotrophic bacteriaProteolytic enzymesProtein and fat contentAvaliação das características físico-químicas de iogurtes naturais produzidos a partir de leite contaminado por bactérias psicrotróficas proteolíticasPhysicochemical evaluation of plain yogurt produced by psychrotrophic and proteolytic bacteria contaminated milk info:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/otherinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRGSinstname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)instacron:UFRGSTEXT001127334.pdf.txt001127334.pdf.txtExtracted Texttext/plain28741http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/224298/2/001127334.pdf.txtea3c2a80aa6ac9eac1fba1671dc7236cMD52ORIGINAL001127334.pdfTexto completoapplication/pdf262341http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/224298/1/001127334.pdff071750733fd5da9f4a9610511645c1aMD5110183/2242982022-09-08 04:52:04.272596oai:www.lume.ufrgs.br:10183/224298Repositório de PublicaçõesPUBhttps://lume.ufrgs.br/oai/requestopendoar:2022-09-08T07:52:04Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Avaliação das características físico-químicas de iogurtes naturais produzidos a partir de leite contaminado por bactérias psicrotróficas proteolíticas
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Physicochemical evaluation of plain yogurt produced by psychrotrophic and proteolytic bacteria contaminated milk
title Avaliação das características físico-químicas de iogurtes naturais produzidos a partir de leite contaminado por bactérias psicrotróficas proteolíticas
spellingShingle Avaliação das características físico-químicas de iogurtes naturais produzidos a partir de leite contaminado por bactérias psicrotróficas proteolíticas
Goulart, Juliana Querino
Leite
Resfriamento
Peptídeo hidrolases
Acidez
Gordura
Proteína
Iogurte
Milk
Cooling
Psychrotrophic bacteria
Proteolytic enzymes
Protein and fat content
title_short Avaliação das características físico-químicas de iogurtes naturais produzidos a partir de leite contaminado por bactérias psicrotróficas proteolíticas
title_full Avaliação das características físico-químicas de iogurtes naturais produzidos a partir de leite contaminado por bactérias psicrotróficas proteolíticas
title_fullStr Avaliação das características físico-químicas de iogurtes naturais produzidos a partir de leite contaminado por bactérias psicrotróficas proteolíticas
title_full_unstemmed Avaliação das características físico-químicas de iogurtes naturais produzidos a partir de leite contaminado por bactérias psicrotróficas proteolíticas
title_sort Avaliação das características físico-químicas de iogurtes naturais produzidos a partir de leite contaminado por bactérias psicrotróficas proteolíticas
author Goulart, Juliana Querino
author_facet Goulart, Juliana Querino
Barreto, Fabiano
Moraes, João Feliz Duarte de
Costa, Marisa da
Pinto, Andrea Troller
author_role author
author2 Barreto, Fabiano
Moraes, João Feliz Duarte de
Costa, Marisa da
Pinto, Andrea Troller
author2_role author
author
author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Goulart, Juliana Querino
Barreto, Fabiano
Moraes, João Feliz Duarte de
Costa, Marisa da
Pinto, Andrea Troller
dc.subject.por.fl_str_mv Leite
Resfriamento
Peptídeo hidrolases
Acidez
Gordura
Proteína
Iogurte
topic Leite
Resfriamento
Peptídeo hidrolases
Acidez
Gordura
Proteína
Iogurte
Milk
Cooling
Psychrotrophic bacteria
Proteolytic enzymes
Protein and fat content
dc.subject.eng.fl_str_mv Milk
Cooling
Psychrotrophic bacteria
Proteolytic enzymes
Protein and fat content
description O resfriamento do leite na unidade produtora favorece a multiplicação de microrganismos psicrotróficos que podem produzir enzimas proteolíticas termorresistentes com potencial para degradar os componentes do leite. Visando verificar os efeitos destas enzimas em derivados lácteos, este estudo teve por objetivo avaliar as características físico-químicas do iogurte natural produzido a partir de leite contaminado com bactérias psicrotróficas proteolíticas. Para isso, microrganismospsicrotróficos produtores de enzimas proteolíticas foram isolados do leite cru refrigerado, tendo sido identificados até nível de gênero Pseudomonas sp., Alcaligenes sp. eButiauxella sp. Esses microrganismos foram inoculados em leite pasteurizado e armazenados por 48 e 72 horas a temperatura de 7°±1°C. Após o período de armazenamento, o leite foi tratado termicamente a 90°± 5°C durante 10 min e imediatamente resfriados a 43°C. Foram adicionados os ingredientes e produzidos iogurtes naturais, sendo posteriormente avaliados quanto aos seus teores de proteína, gordura e acidez. Os iogurtes naturais produzidos, quanto aos teores de gordura e proteína foram significativamente maiores em iogurtes produzidos com os leites controles (não inoculados). Além disso, a acidez do iogurte produzido com leites armazenados por 72 horas a 7°±1°C foi significativamente maior no dia zero, independente dos microrganismos intencionalmente adicionados. Com isso, pode-se concluir que as características físico-químicas dos iogurtes naturais produzidos com leites contaminados com as bactérias foram diferentes das obtidas dos iogurtes produzidos com leites não contaminados, sendo importante a reflexão sobre os tempos de armazenamento a frio devido ao favorecimento da multiplicação de microrganismos psicrotróficos proteolíticos.
publishDate 2021
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2021-07-21T04:24:28Z
dc.date.issued.fl_str_mv 2021
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
info:eu-repo/semantics/other
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10183/224298
dc.identifier.issn.pt_BR.fl_str_mv 2525-8761
dc.identifier.nrb.pt_BR.fl_str_mv 001127334
identifier_str_mv 2525-8761
001127334
url http://hdl.handle.net/10183/224298
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.ispartof.pt_BR.fl_str_mv Brazilian Journal of Development. Curitiba. Vol. 7, n. 6 (June 2021), p. 57566-57577
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRGS
instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron:UFRGS
instname_str Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
instacron_str UFRGS
institution UFRGS
reponame_str Repositório Institucional da UFRGS
collection Repositório Institucional da UFRGS
bitstream.url.fl_str_mv http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/224298/2/001127334.pdf.txt
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/10183/224298/1/001127334.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv ea3c2a80aa6ac9eac1fba1671dc7236c
f071750733fd5da9f4a9610511645c1a
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1801225027081732096