Isolamento e identificação microscópica e molecular de actinobactéria componente de consórcio microbiano termofílico quimiolitoautotrófico obtido do solo

Bibliographic Details
Main Author: Moreira, Roberto Guardatti Gambine
Publication Date: 2018
Format: Bachelor thesis
Language: por
Source: Repositório Institucional da UFRJ
Download full: http://hdl.handle.net/11422/19382
Summary: Microrganismos são capazes de colonizar os mais diversos ambientes e resistir às mais extremas condições. Centenas de milhões de anos de evolução fizeram com que estes seres se distribuíssem ubiquitariamente pelo planeta, habitando locais onde a vida macroscópica não seria possível. O fruto da adaptação às mais diversas e excepcionais circunstâncias é uma imensa diversidade metabólica com potencial biotecnológico industrialmente interessante, principalmente no caso de microrganismos extremófilos. No entanto, antes que se possa aplicá-los, é necessário encontrá-los e estudá-los. Ao redor desse aspecto consiste um dos principais desafios da microbiologia ambiental: a obtenção de uma cultura pura. Estudos de boa anotação genômica, manipulação genética e caracterização de novas espécies, só são possíveis através desta ação. O surgimento das técnicas moleculares possibilitou estudos que revelaram a porcentagem de microrganismos não-cultivados, sendo ela superior à 99%. Também, tais métodos permitem estudos independentes do cultivo, porém não são capazes de contornar todos os obstáculos da não-cultivabilidade. Portanto, a obtenção de culturas axênicas persiste como um desafio atual e novas técnicas e métodos são necessários para acessar a chamada "matéria negra microbiana". Pautado nessa questão, este trabalho é um desdobramento de trabalhos previamente realizados cujos resultados foram a obtenção de um consórcio microbiano termofílico quimiolitoautotrófico de uma amostra de solo destinado à queima de rejeitos vegetais. Seus objetivos consistiam em encontrar um sistema alternativo de fixação de nitrogênio aerotolerante, descrito como possível na literatura por Gadkari et al em 1997, porém sem descrições comprobatórias posteriores. A suposta nitrogenase seria pertencente à actinobactéria Streptomyces thermoautotrophicus, isolada também por Gadkari em 1992 e identificada como presente no consórcio deste trabalho por análises metagenômicas. No entanto, tentativas anteriores de isolar o componente de interesse foram mal sucedidas e permaneceram como um empecilho cuja superação foi o objetivo deste trabalho. A utilização de meios de cultura diferenciados associado a antibióticos para eliminar contaminantes revelou-se uma estratégia bem sucedida, levando à obtenção de uma cultura axênica da actinobactéria ao final dos experimentos. Testes de quimiolitoautotrofia apontam uma possível capacidade de fixação de nitrogênio em tensões de oxigênio por parte da actinobactéria embora análises aprofundadas sejam necessárias. Análises taxonômicas associaram o isolado ao Streptomyces thermoautotrophicus mas não permitiram uma caracterização precisa, havendo associação com diversas bactérias não cultivadas, indicando que a cepa obtida pode ser pertencente a outro gênero ou família taxonômica.
id UFRJ_c674895b94c246b5696728b8e2d7fc85
oai_identifier_str oai:pantheon.ufrj.br:11422/19382
network_acronym_str UFRJ
network_name_str Repositório Institucional da UFRJ
repository_id_str
spelling Moreira, Roberto Guardatti Gambinehttp://lattes.cnpq.br/4535240541628007Souza, Yuri Pinheiro Alves deOliveira, Selma Soares deAkamine, Rubens NobrumotoJurelevicius, Diogo de AzevedoAbreu, Fernanda de ÁvilaRosado, Alexandre Soares2022-12-15T16:13:17Z2023-11-30T03:05:24Z2018-12-06MOREIRA, R. G. G. (2018). Isolamento e identificação microscópica e molecular de actinobactéria componente de consórcio microbiano termofílico quimiolitoautotrófico obtido do solo [Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. Repositório Institucional Pantheon.http://hdl.handle.net/11422/19382Submitted by Luiza Arias (luiza@micro.ufrj.br) on 2022-12-15T16:13:17Z No. of bitstreams: 1 RGGMoreira.pdf: 2845732 bytes, checksum: c7907744c1ce68fc41883c2f00713ffd (MD5)Made available in DSpace on 2022-12-15T16:13:17Z (GMT). No. of bitstreams: 1 RGGMoreira.pdf: 2845732 bytes, checksum: c7907744c1ce68fc41883c2f00713ffd (MD5) Previous issue date: 2018-12-06Microrganismos são capazes de colonizar os mais diversos ambientes e resistir às mais extremas condições. Centenas de milhões de anos de evolução fizeram com que estes seres se distribuíssem ubiquitariamente pelo planeta, habitando locais onde a vida macroscópica não seria possível. O fruto da adaptação às mais diversas e excepcionais circunstâncias é uma imensa diversidade metabólica com potencial biotecnológico industrialmente interessante, principalmente no caso de microrganismos extremófilos. No entanto, antes que se possa aplicá-los, é necessário encontrá-los e estudá-los. Ao redor desse aspecto consiste um dos principais desafios da microbiologia ambiental: a obtenção de uma cultura pura. Estudos de boa anotação genômica, manipulação genética e caracterização de novas espécies, só são possíveis através desta ação. O surgimento das técnicas moleculares possibilitou estudos que revelaram a porcentagem de microrganismos não-cultivados, sendo ela superior à 99%. Também, tais métodos permitem estudos independentes do cultivo, porém não são capazes de contornar todos os obstáculos da não-cultivabilidade. Portanto, a obtenção de culturas axênicas persiste como um desafio atual e novas técnicas e métodos são necessários para acessar a chamada "matéria negra microbiana". Pautado nessa questão, este trabalho é um desdobramento de trabalhos previamente realizados cujos resultados foram a obtenção de um consórcio microbiano termofílico quimiolitoautotrófico de uma amostra de solo destinado à queima de rejeitos vegetais. Seus objetivos consistiam em encontrar um sistema alternativo de fixação de nitrogênio aerotolerante, descrito como possível na literatura por Gadkari et al em 1997, porém sem descrições comprobatórias posteriores. A suposta nitrogenase seria pertencente à actinobactéria Streptomyces thermoautotrophicus, isolada também por Gadkari em 1992 e identificada como presente no consórcio deste trabalho por análises metagenômicas. No entanto, tentativas anteriores de isolar o componente de interesse foram mal sucedidas e permaneceram como um empecilho cuja superação foi o objetivo deste trabalho. A utilização de meios de cultura diferenciados associado a antibióticos para eliminar contaminantes revelou-se uma estratégia bem sucedida, levando à obtenção de uma cultura axênica da actinobactéria ao final dos experimentos. Testes de quimiolitoautotrofia apontam uma possível capacidade de fixação de nitrogênio em tensões de oxigênio por parte da actinobactéria embora análises aprofundadas sejam necessárias. Análises taxonômicas associaram o isolado ao Streptomyces thermoautotrophicus mas não permitiram uma caracterização precisa, havendo associação com diversas bactérias não cultivadas, indicando que a cepa obtida pode ser pertencente a outro gênero ou família taxonômica.porUniversidade Federal do Rio de JaneiroUFRJBrasilInstituto de Microbiologia Paulo de GóesCNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIACNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIAActinobacteriaCultura axênicaExtremófilosAxenic cultureExtremophilesIsolamento e identificação microscópica e molecular de actinobactéria componente de consórcio microbiano termofílico quimiolitoautotrófico obtido do soloinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesisabertoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UFRJinstname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)instacron:UFRJLICENSElicense.txtlicense.txttext/plain; charset=utf-81853http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/19382/2/license.txtdd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255MD52ORIGINALRGGMoreira.pdfRGGMoreira.pdfapplication/pdf2845732http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/19382/1/RGGMoreira.pdfc7907744c1ce68fc41883c2f00713ffdMD5111422/193822023-11-30 00:05:24.19oai:pantheon.ufrj.br:11422/19382TElDRU7Dh0EgTsODTy1FWENMVVNJVkEgREUgRElTVFJJQlVJw4fDg08KCkFvIGFzc2luYXIgZSBlbnRyZWdhciBlc3RhIGxpY2Vuw6dhLCB2b2PDqihzKSBvKHMpIGF1dG9yKGVzKSBvdSBwcm9wcmlldMOhcmlvKHMpIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBjb25jZWRlKG0pIGFvIFJlcG9zaXTDs3JpbyBQYW50aGVvbiBkYSBVbml2ZXJzaWRhZGUgRmVkZXJhbCBkbyBSaW8gZGUgSmFuZWlybyAoVUZSSikgbyBkaXJlaXRvIG7Do28gLSBleGNsdXNpdm8gZGUgcmVwcm9kdXppciwgY29udmVydGVyIChjb21vIGRlZmluaWRvIGFiYWl4byksIGUvb3UgZGlzdHJpYnVpciBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSAoaW5jbHVpbmRvIG8gcmVzdW1vKSBlbSB0b2RvIG8gbXVuZG8sIGVtIGZvcm1hdG8gZWxldHLDtG5pY28gZSBlbSBxdWFscXVlciBtZWlvLCBpbmNsdWluZG8sIG1hcyBuw6NvIGxpbWl0YWRvIGEgw6F1ZGlvIGUvb3UgdsOtZGVvLgoKVm9jw6ogY29uY29yZGEgcXVlIGEgVUZSSiBwb2RlLCBzZW0gYWx0ZXJhciBvIGNvbnRlw7pkbywgdHJhZHV6aXIgYSBhcHJlc2VudGHDp8OjbyBkZSBxdWFscXVlciBtZWlvIG91IGZvcm1hdG8gY29tIGEgZmluYWxpZGFkZSBkZSBwcmVzZXJ2YcOnw6NvLgoKVm9jw6ogdGFtYsOpbSBjb25jb3JkYSBxdWUgYSBVRlJKIHBvZGUgbWFudGVyIG1haXMgZGUgdW1hIGPDs3BpYSBkZXNzYSBzdWJtaXNzw6NvIHBhcmEgZmlucyBkZSBzZWd1cmFuw6dhLCBiYWNrLXVwIGUgcHJlc2VydmHDp8OjbyBkaWdpdGFsLgoKRGVjbGFyYSBxdWUgbyBkb2N1bWVudG8gZW50cmVndWUgw6kgc2V1IHRyYWJhbGhvIG9yaWdpbmFsLCBlIHF1ZSB2b2PDqiB0ZW0gbyBkaXJlaXRvIGRlIGNvbmNlZGVyIG9zIGRpcmVpdG9zIGNvbnRpZG9zIG5lc3RhIGxpY2Vuw6dhLiBWb2PDqiB0YW1iw6ltIGRlY2xhcmEgcXVlIGEgc3VhIGFwcmVzZW50YcOnw6NvLCBjb20gbyBtZWxob3IgZGUgc2V1cyBjb25oZWNpbWVudG9zLCBuw6NvIGluZnJpbmdpIGRpcmVpdG9zIGF1dG9yYWlzIGRlIHRlcmNlaXJvcy4KClNlIG8gZG9jdW1lbnRvIGVudHJlZ3VlIGNvbnTDqW0gbWF0ZXJpYWwgZG8gcXVhbCB2b2PDqiBuw6NvIHRlbSBkaXJlaXRvcyBkZSBhdXRvciwgZGVjbGFyYSBxdWUgb2J0ZXZlIGEgcGVybWlzc8OjbyBpcnJlc3RyaXRhIGRvIGRldGVudG9yIGRvcyBkaXJlaXRvcyBhdXRvcmFpcyBlIGNvbmNlZGUgYSBVRlJKIG9zIGRpcmVpdG9zIHJlcXVlcmlkb3MgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIGUgcXVlIGVzc2UgbWF0ZXJpYWwgZGUgcHJvcHJpZWRhZGUgZGUgdGVyY2Vpcm9zIGVzdMOhIGNsYXJhbWVudGUgaWRlbnRpZmljYWRvIGUgcmVjb25oZWNpZG8gbm8gdGV4dG8gb3UgY29udGXDumRvIGRhIHN1Ym1pc3PDo28uCgpTZSBvIGRvY3VtZW50byBlbnRyZWd1ZSDDqSBiYXNlYWRvIGVtIHRyYWJhbGhvIHF1ZSBmb2ksIG91IHRlbSBzaWRvIHBhdHJvY2luYWRvIG91IGFwb2lhZG8gcG9yIHVtYSBhZ8OqbmNpYSBvdSBvdXRybyhzKSBvcmdhbmlzbW8ocykgcXVlIG7Do28gYSBVRlJKLCB2b2PDqiBkZWNsYXJhIHF1ZSBjdW1wcml1IHF1YWxxdWVyIGRpcmVpdG8gZGUgUkVWSVPDg08gb3UgZGUgb3V0cmFzIG9icmlnYcOnw7VlcyByZXF1ZXJpZGFzIHBvciBjb250cmF0byBvdSBhY29yZG8uCgpBIFVGUkogaXLDoSBpZGVudGlmaWNhciBjbGFyYW1lbnRlIG8ocykgc2V1KHMpIG5vbWUocykgY29tbyBhdXRvcihlcykgb3UgcHJvcHJpZXTDoXJpbyhzKSBkYSBzdWJtaXNzw6NvLCBlIG7Do28gZmFyw6EgcXVhbHF1ZXIgYWx0ZXJhw6fDo28sIHBhcmEgYWzDqW0gZGFzIHBlcm1pdGlkYXMgcG9yIGVzdGEgbGljZW7Dp2EsIG5vIGF0byBkZSBzdWJtaXNzw6NvLgo=Repositório de PublicaçõesPUBhttp://www.pantheon.ufrj.br/oai/requestopendoar:2023-11-30T03:05:24Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)false
dc.title.pt_BR.fl_str_mv Isolamento e identificação microscópica e molecular de actinobactéria componente de consórcio microbiano termofílico quimiolitoautotrófico obtido do solo
title Isolamento e identificação microscópica e molecular de actinobactéria componente de consórcio microbiano termofílico quimiolitoautotrófico obtido do solo
spellingShingle Isolamento e identificação microscópica e molecular de actinobactéria componente de consórcio microbiano termofílico quimiolitoautotrófico obtido do solo
Moreira, Roberto Guardatti Gambine
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIA
Actinobacteria
Cultura axênica
Extremófilos
Axenic culture
Extremophiles
title_short Isolamento e identificação microscópica e molecular de actinobactéria componente de consórcio microbiano termofílico quimiolitoautotrófico obtido do solo
title_full Isolamento e identificação microscópica e molecular de actinobactéria componente de consórcio microbiano termofílico quimiolitoautotrófico obtido do solo
title_fullStr Isolamento e identificação microscópica e molecular de actinobactéria componente de consórcio microbiano termofílico quimiolitoautotrófico obtido do solo
title_full_unstemmed Isolamento e identificação microscópica e molecular de actinobactéria componente de consórcio microbiano termofílico quimiolitoautotrófico obtido do solo
title_sort Isolamento e identificação microscópica e molecular de actinobactéria componente de consórcio microbiano termofílico quimiolitoautotrófico obtido do solo
author Moreira, Roberto Guardatti Gambine
author_facet Moreira, Roberto Guardatti Gambine
author_role author
dc.contributor.authorLattes.pt_BR.fl_str_mv http://lattes.cnpq.br/4535240541628007
dc.contributor.advisorCo1.none.fl_str_mv Souza, Yuri Pinheiro Alves de
dc.contributor.author.fl_str_mv Moreira, Roberto Guardatti Gambine
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Oliveira, Selma Soares de
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Akamine, Rubens Nobrumoto
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Jurelevicius, Diogo de Azevedo
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Abreu, Fernanda de Ávila
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Rosado, Alexandre Soares
contributor_str_mv Oliveira, Selma Soares de
Akamine, Rubens Nobrumoto
Jurelevicius, Diogo de Azevedo
Abreu, Fernanda de Ávila
Rosado, Alexandre Soares
dc.subject.cnpq.fl_str_mv CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIA
topic CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::MICROBIOLOGIA
CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS::IMUNOLOGIA
Actinobacteria
Cultura axênica
Extremófilos
Axenic culture
Extremophiles
dc.subject.por.fl_str_mv Actinobacteria
Cultura axênica
Extremófilos
Axenic culture
Extremophiles
description Microrganismos são capazes de colonizar os mais diversos ambientes e resistir às mais extremas condições. Centenas de milhões de anos de evolução fizeram com que estes seres se distribuíssem ubiquitariamente pelo planeta, habitando locais onde a vida macroscópica não seria possível. O fruto da adaptação às mais diversas e excepcionais circunstâncias é uma imensa diversidade metabólica com potencial biotecnológico industrialmente interessante, principalmente no caso de microrganismos extremófilos. No entanto, antes que se possa aplicá-los, é necessário encontrá-los e estudá-los. Ao redor desse aspecto consiste um dos principais desafios da microbiologia ambiental: a obtenção de uma cultura pura. Estudos de boa anotação genômica, manipulação genética e caracterização de novas espécies, só são possíveis através desta ação. O surgimento das técnicas moleculares possibilitou estudos que revelaram a porcentagem de microrganismos não-cultivados, sendo ela superior à 99%. Também, tais métodos permitem estudos independentes do cultivo, porém não são capazes de contornar todos os obstáculos da não-cultivabilidade. Portanto, a obtenção de culturas axênicas persiste como um desafio atual e novas técnicas e métodos são necessários para acessar a chamada "matéria negra microbiana". Pautado nessa questão, este trabalho é um desdobramento de trabalhos previamente realizados cujos resultados foram a obtenção de um consórcio microbiano termofílico quimiolitoautotrófico de uma amostra de solo destinado à queima de rejeitos vegetais. Seus objetivos consistiam em encontrar um sistema alternativo de fixação de nitrogênio aerotolerante, descrito como possível na literatura por Gadkari et al em 1997, porém sem descrições comprobatórias posteriores. A suposta nitrogenase seria pertencente à actinobactéria Streptomyces thermoautotrophicus, isolada também por Gadkari em 1992 e identificada como presente no consórcio deste trabalho por análises metagenômicas. No entanto, tentativas anteriores de isolar o componente de interesse foram mal sucedidas e permaneceram como um empecilho cuja superação foi o objetivo deste trabalho. A utilização de meios de cultura diferenciados associado a antibióticos para eliminar contaminantes revelou-se uma estratégia bem sucedida, levando à obtenção de uma cultura axênica da actinobactéria ao final dos experimentos. Testes de quimiolitoautotrofia apontam uma possível capacidade de fixação de nitrogênio em tensões de oxigênio por parte da actinobactéria embora análises aprofundadas sejam necessárias. Análises taxonômicas associaram o isolado ao Streptomyces thermoautotrophicus mas não permitiram uma caracterização precisa, havendo associação com diversas bactérias não cultivadas, indicando que a cepa obtida pode ser pertencente a outro gênero ou família taxonômica.
publishDate 2018
dc.date.issued.fl_str_mv 2018-12-06
dc.date.accessioned.fl_str_mv 2022-12-15T16:13:17Z
dc.date.available.fl_str_mv 2023-11-30T03:05:24Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/bachelorThesis
format bachelorThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.citation.fl_str_mv MOREIRA, R. G. G. (2018). Isolamento e identificação microscópica e molecular de actinobactéria componente de consórcio microbiano termofílico quimiolitoautotrófico obtido do solo [Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. Repositório Institucional Pantheon.
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/11422/19382
identifier_str_mv MOREIRA, R. G. G. (2018). Isolamento e identificação microscópica e molecular de actinobactéria componente de consórcio microbiano termofílico quimiolitoautotrófico obtido do solo [Trabalho de Conclusão de Curso, Universidade Federal do Rio de Janeiro]. Repositório Institucional Pantheon.
url http://hdl.handle.net/11422/19382
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.publisher.initials.fl_str_mv UFRJ
dc.publisher.country.fl_str_mv Brasil
dc.publisher.department.fl_str_mv Instituto de Microbiologia Paulo de Góes
publisher.none.fl_str_mv Universidade Federal do Rio de Janeiro
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Institucional da UFRJ
instname:Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron:UFRJ
instname_str Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
instacron_str UFRJ
institution UFRJ
reponame_str Repositório Institucional da UFRJ
collection Repositório Institucional da UFRJ
bitstream.url.fl_str_mv http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/19382/2/license.txt
http://pantheon.ufrj.br:80/bitstream/11422/19382/1/RGGMoreira.pdf
bitstream.checksum.fl_str_mv dd32849f2bfb22da963c3aac6e26e255
c7907744c1ce68fc41883c2f00713ffd
bitstream.checksumAlgorithm.fl_str_mv MD5
MD5
repository.name.fl_str_mv Repositório Institucional da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1784097274294435840