Elaboração e caracterização de farinha do resíduo de umbu-cajá (SPONDIAS SPP.)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Rodrigo Henrique Fidelix da
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Trabalho de conclusão de curso
Idioma: por
Título da fonte: Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE)
Texto Completo: https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/1783
Resumo: O umbu-cajá (Spondias spp.) é uma fruta tropical típica do nordeste brasileiro que pertence à família Anacardiaceae e ao gênero Spondias, é considerado um híbrido natural entre o umbuzeiro (Spondias tuberosa) e a cajazeira (Spondias lutea). O resíduo do umbucajá proveniente do processamento da fruta nas indústrias pode ser um componente de grande importância para a agroindústria, uma vez que o seu aproveitamento pode reduzir o impacto da atividade econômica no meio ambiente. O objetivo deste trabalho foi obter farinha do resíduo de umbu-cajá (Spondias spp.) pelo método de secagem em estufa com circulação forçada de ar em temperaturas de 60, 70 e 80°C. As frutas foram lavadas, sanitizadas e posteriormente cortadas, trituradas e submetidas a secagem em estufa com circulação forçada de ar a 60°C/3d; 70°C/2d e 80°C/2d. Os valores do rendimento 16,72%, 11,86% e 11,73% obtido para as farinhas desidratadas a temperatura de 60, 70 e 80ºC respectivamente. Tanto o resíduo quanto as farinhas obtidas foram caracterizados com análises físico-químicas (Teor de água, Teor de cinzas, pH, SST, ATT e Ratio) e físicas (Atividade de água, Densidade aparente, Densidade compactada, Estabilidade, Cor, Solubilidade, Molhabilidade e Ângulo de repouso). Para as análises físico-químicas das farinhas do resíduo, apenas o teor de água e o teor de cinzas apresentaram diferença estatística significativa, mostrando assim que a temperatura bem como o tempo de secagem, influenciaram nesses parâmetros. Em relação as análises físicas todos os parâmetros apresentaram diferença estatística significativa. A farinha do resíduo apresentou redução no teor umidade, atividade de água, molhabilidade, solubilidade e luminosidade (L*) conforme o aumento da temperatura de secagem. Para os parâmetros de molhabilidade e solubilidade, observou-se que a farinha obtida à 80ºC levou mais tempo para submergir que as farinhas obtidas à 60ºC e 70ºC. A farinha obtida a 80ºC apresentou maior valor de a*, sendo a mais vermelha e a farinha obtida a 60ºC a mais amarela, pois apresentou maior valor de b*. Durante a secagem foram realizadas pesagens das amostras contendo o resíduo de umbu-cajá, até peso constante, para construção das curvas de secagem. O comportamento das curvas de secagem foi avaliado e ajustado aos modelos de Page, Henderson & Pabis e Logarítmico. Os três modelos testados apresentaram bom ajuste aos dados experimentais da cinética de secagem do resíduo de umbu-cajá, tendo destaque para o modelo Page. O resíduo desidratado nas temperaturas de 60, 70 e 80ºC apresentou tempos de cinética de secagem iguais a 960, 810 e 660 minutos respectivamente, evidenciando-se que com o aumento da temperatura de secagem há uma redução do tempo de processamento.
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Os valores do rendimento 16,72%, 11,86% e 11,73% obtido para as farinhas desidratadas a temperatura de 60, 70 e 80ºC respectivamente. Tanto o resíduo quanto as farinhas obtidas foram caracterizados com análises físico-químicas (Teor de água, Teor de cinzas, pH, SST, ATT e Ratio) e físicas (Atividade de água, Densidade aparente, Densidade compactada, Estabilidade, Cor, Solubilidade, Molhabilidade e Ângulo de repouso). Para as análises físico-químicas das farinhas do resíduo, apenas o teor de água e o teor de cinzas apresentaram diferença estatística significativa, mostrando assim que a temperatura bem como o tempo de secagem, influenciaram nesses parâmetros. Em relação as análises físicas todos os parâmetros apresentaram diferença estatística significativa. A farinha do resíduo apresentou redução no teor umidade, atividade de água, molhabilidade, solubilidade e luminosidade (L*) conforme o aumento da temperatura de secagem. Para os parâmetros de molhabilidade e solubilidade, observou-se que a farinha obtida à 80ºC levou mais tempo para submergir que as farinhas obtidas à 60ºC e 70ºC. A farinha obtida a 80ºC apresentou maior valor de a*, sendo a mais vermelha e a farinha obtida a 60ºC a mais amarela, pois apresentou maior valor de b*. Durante a secagem foram realizadas pesagens das amostras contendo o resíduo de umbu-cajá, até peso constante, para construção das curvas de secagem. O comportamento das curvas de secagem foi avaliado e ajustado aos modelos de Page, Henderson & Pabis e Logarítmico. Os três modelos testados apresentaram bom ajuste aos dados experimentais da cinética de secagem do resíduo de umbu-cajá, tendo destaque para o modelo Page. O resíduo desidratado nas temperaturas de 60, 70 e 80ºC apresentou tempos de cinética de secagem iguais a 960, 810 e 660 minutos respectivamente, evidenciando-se que com o aumento da temperatura de secagem há uma redução do tempo de processamento.Umbu-cajá (Spondias spp.) is a typical tropical fruit from northeastern Brazil that belongs to the family Anacardiaceae and genus Spondias, and is considered a natural hybrid between umbuzeiro (Spondias tuberosa) and cajazeira (Spondias lutea). The umbu-cajá residue from fruit processing in industries can be a very important component for agroindustry, as its use can reduce the impact of economic activity on the environment. The objective of this work was to obtain flour from the umbu-cajá (Spondias spp.) Residue by the forced-air oven drying method at temperatures of 60, 70 and 80°C. The fruits were washed, sanitized and then cut, crushed and subjected to oven drying with forced air circulation at 60 °C/3d; 70 °C/2d and 80 °C/2d. The yield values 16.72%, 11.86% and 11.73% obtained for the dehydrated flours at 60, 70 and 80ºC respectively. Both the residue and the obtained flours were characterized with physical-chemical (Water content, Ash content, pH, SST, ATT and Ratio) and physical (Water activity, Bulk density, Compact density, Stability, Color, Solubility, Wettability and Rest Angle). For the physicochemical analysis of the flour of the residue, only the water content and the ash content presented significant statistical difference, thus showing that the temperature as well as the drying time influenced these parameters. Regarding the physical analyzes, all parameters presented statistically significant differences. The flour of the residue showed reduction in moisture content, water activity, wettability, solubility and luminosity (L*) as the drying temperature increased. For the parameters of wettability and solubility, it was observed that the flour obtained at 80ºC took longer to submerge than the flour obtained at 60ºC and 70ºC. The flour obtained at 80ºC presented the highest value of a *, being the reddest and the flour obtained at 60ºC the yellowest, as it presented the highest value of b *. During drying, samples containing the umbu-cajá residue were weighed to constant weight to construct the drying curves. The behavior of the drying curves was evaluated and adjusted to the Henderson & Pabis, Page and Logarithmic models. The three models tested presented a good fit to the experimental data of the drying kinetics of the umbu-cajá residue, especially Page model. The dehydrated residue at temperatures of 60, 70 and 80ºC presented drying kinetics times of 960, 810 and 660 minutes respectively, evidencing that with the increase of the drying temperature there is a reduction of the processing time.BrasilOliveira, Silvana Nazareth dehttp://lattes.cnpq.br/1494397306017064http://lattes.cnpq.br/3532547243546209Silva, Rodrigo Henrique Fidelix da2020-01-22T12:23:30Z2020-01-22T12:23:30Z2019-11-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/bachelorThesis57 f.application/pdfSILVA, Rodrigo Henrique Fidelix da. Elaboração e caracterização de farinha do resíduo de umbu-cajá (SPONDIAS SPP.). 2019. 57 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Engenharia de Alimentos) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Garanhuns, 2019.https://repository.ufrpe.br/handle/123456789/1783porAtribuição-NãoComercial-CompartilhaIgual 4.0 Internacional (CC BY-NC-SA 4.0)https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/4.0/deed.pt_BRopenAccessinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE)instname:Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)instacron:UFRPE2022-05-18T15:46:53Zoai:dspace:123456789/1783Repositório InstitucionalPUBhttps://repository.ufrpe.br/oai/requestrepositorio.sib@ufrpe.bropendoar:https://v2.sherpa.ac.uk/id/repository/106122022-05-18T15:46:53Repositório institucional da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) (RI-UFRPE) - Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)false
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