MODERNIZAÇÃO X AGRICULTURA FAMILIAR: DIALÉTICA CONTRADITÓRIA NA CITRICULTURA SERGIPANA NO NORDESTE DO BRASIL

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Vasconcelos, Vasconcelos Alberto
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Acta Geográfica (Online)
Texto Completo: http://revista.ufrr.br/actageo/article/view/2757
Resumo: A citricultura em Sergipe, um dos principais produtores da região nordeste do Brasil, tem passado por transformações territoriais no padrão tecnológico e nas relações sociais. Estas mudanças introduzidas atingiram desigualmente as regiões brasileiras, produtores e atividades agropecuárias. O projeto modernizante brasileiro beneficiou o complexo agroindustrial do centro-sul do país e grandes proprietários de terra com atividades internacionais. Com esta perspectiva, a partir de análises, vasta pesquisa bibliográfica e de campo decorrente do doutoramento em geografia, escrevemos esse artigo suscitando nos seguintes resultados e considerações: a cultura de citros qualificou e consolidou a identidade territorial da principal região citrícola do nordeste; o reconhecimento da cultura e de sua identidade foi assimilado nos movimentos de territorialização, desterritorialização e reterritorialização, ou seja, o espaço foi inicialmente territorializado com a plantação de cítricos, especificamente da laranja, e desterritorializado em determinados momentos por pastagens e pela agricultura de subsistência e territorializado novamente com o cultivo da laranja em escala industrial, configurando novos territórios, obedecendo a uma demanda capitalista. As constantes transformações verificadas no espaço, em especial no agrícola, conduzem-nos à busca de novas interpretações que expliquem as atuais características do capitalismo e da globalização, especificamente no campo, quer dizer, a instauração de uma nova racionalidade como forma de otimização dos lucros. Essa racionalidade se traduz na produção agrícola por políticas que favorecem superposições de tecnologias, derivadas, sobretudo, de pesquisas científicas, e inovações na gestão e controle da produção sob o comando de grandes empresas/indústrias.
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