VITIMIZAÇÃO POR BULLYING EM ESTUDANTES BRASILEIROS: RESULTADOS DA PESQUISA NACIONAL DE SAÚDE DO ESCOLAR (PENSE)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva,Jorge Luiz da
Data de Publicação: 2018
Outros Autores: Mello,Flávia Carvalho Malta de, Oliveira,Wanderlei Abadio de, Prado,Rogério Ruscitto do, Silva,Marta Angélica Iossi, Malta,Deborah Carvalho
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Texto & contexto enfermagem (Online)
Texto Completo: http://old.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-07072018000300317
Resumo: RESUMO Objetivo: identificar a prevalência de vitimização por bullying em estudantes brasileiros e analisar sua associação com variáveis individuais e de contexto. Método: estudo transversal, de base populacional, com dados provenientes da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar. Participaram 109.104 estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental de escolas públicas e privadas. A coleta de dados ocorreu por meio de um questionário autoaplicável. Foi testado o modelo de associação entre o bullying e variáveis sociodemográficas (idade, raça/cor da pele autodeclarada e escolaridade da mãe), de saúde mental (sentimento de solidão, insônia e falta de amigos), de contexto familiar (apanhar em casa), absenteísmo escolar (falta às aulas) e comportamento de risco para a saúde (experimentação de drogas). Foram realizadas análises uni e multivariadas. Resultados: a prevalência de vitimização foi de 7,2%. Os meninos e as meninas de 14 e 15 anos sofreram menos bullying, e as meninas menores de 13 anos sofreram mais (OR: 1,48, IC95%: 1,02-2,15). Foram mais vítimas meninos indígenas (OR: 1,37, IC95%: 1,15-1,65), meninas pretas (OR: 1,24, IC95%: 1,09-1,40) e meninas amarelas (OR: 1,43, IC95%: 1,21-1,70). Sentir-se solitário, não ter amigos, ter insônia, faltar às aulas, sofrer violência física na família e possuir mãe com baixa escolaridade foram variáveis associadas à vitimização para meninos e meninas e usar drogas, somente para as meninas (OR: 1,19, IC95%: 1,03-1,37). Conclusão: os resultados indicam que a vitimização por bullying interfere na escolaridade e na saúde dos estudantes. Dados que podem subsidiar iniciativas de enfrentamento do bullying e de promoção de saúde nas escolas.
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