Perfil fitoquímico das pastagens em diferentes sistemas de manejo de unidades de produção de leite do Oeste de Santa Catarina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Holz, Daline Taís
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/158817
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2015.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaHolz, Daline TaísKuhnen, Shirley2016-02-09T03:06:54Z2016-02-09T03:06:54Z2015336749https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/158817Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas, Florianópolis, 2015.Os sistemas de produção de leite, no Oeste de Santa Catarina, predominantemente a base de pasto, diferem no manejo das pastagens, variando do agroecológico ao convencional. Desse modo, o presente estudo teve como objetivo avaliar a influência dos manejos agroecológico (AGRO) e convencional (CON) rotativo bem como das espécies e estádio de crescimento sobre o perfil fitoquímico das pastagens, de unidades de produção de leite (UPL), do oeste de Santa Catarina. Para isso, duas áreas de pastagens (piquetes) de unidades de produção de leite (UPLs), do oeste de Santa Catarina (n=7 por manejo), foram selecionadas e uma área foi delimitada (4,25 m2), seguido de um corte inicial da pastagem (tempo inicial). Nessas áreas, as coletas das plantas ocorreram após 38 (T38) e 54 (T54) dias de repouso. As plantas foram também coletadas dos piquetes selecionados, no dia do uso pelo agricultor (TM) que foi, em média, 26 dias de repouso no AGRO e 31 no CON. Nas visitas técnicas, verificou-se que as UPLs de manejo AGRO diferiram na configuração produtiva das CON (área total da propriedade, área de pastagem perene e anual, número de animais, tipo genético dos animais e uso de adubação), cobertura e atributos físico-químicos do solo, bem como, na diversidade de espécies forrageiras nas pastagens. No AGRO, foi observada maior riqueza de espécies (em média 8 por UPL), e incluiu Axonopus sp., Avena strigosa, Lolium multiflorum, Trifolium sp. e Paspalum umbrosum, enquanto no CON, eram cultivadas apenas L. multiflorum e/ou A. strigosa. A qualidade nutricional das espécies A. strigosa e L. multiflorum, exceto para o K, não foi afetada pelo manejo. Por outro lado, nos tempos T38 e T54, observou-se redução da proteína bruta (PB) e aumento dos teores de FDA e FDN. No TM, foram encontrados valores intermediários de FDN e FDA e similares de PB aos de T38. O perfil fitoquímico de A. strigosa e L. multiflorum, por sua vez, diferiu entre tempos de repouso, espécies e manejos dependendo da classe de compostos. O conteúdo de carotenoides foi maior em T38 comparado ao T54, não tendo sido encontrada diferença entre os manejos AGRO e CON para os tempos avaliados. O conteúdo de fenólicos, por sua vez, foi maior em T38 comparado ao T54, apenas no AGRO. No CON, o conteúdo de fenólicos não diferiu entre T38 e T54, com os maiores conteúdos em TM. O efeito do manejo foi encontrado nas plantas do T38 e T54, com maiores conteúdos de fenólicos nas plantas do AGRO. Por outro lado, A. strigosa cultivada em sistema AGRO mostrou maiores conteúdos de fenólicos comparado ao CON. O conteúdo de flavonoides e a atividade antioxidantetambém diferiram com o tempo de repouso, a espécie (A. strigosa e L. multiflorum) e o manejo. Enquanto para as duas espécies do AGRO, o conteúdo de flavonoides foi maior em T38 comparado ao T54 e TM, no CON foi maior em T38 e TM para A. strigosa e similar entre os tempos de repouso para L. multiflorum. Entre os manejos, verificou-se maior conteúdo de flavonoides e atividade antioxidante em T38 e T54 do AGRO comparado ao CON e similar no TM. A comparação do perfil fitoquímico entre as forrageiras do AGRO mostrou diferenças entre as espécies e os tempos de repouso. Neste caso, a atividade antioxidante e os conteúdos dos compostos fenólicos, flavonoides e carotenoides reduziram com o avanço da maturação (T38 e T54), exceto para taninos em Trifolium sp.. Por outro lado, os resultados encontrados no TM comparados aos T38 e T54 foram influenciados pela espécie, variando de acordo com a classe de metabólitos. Em todos os tempos de repouso, A. strigosa destacou-se pelo maior conteúdo de fenólicos e flavonoides e no TM também pelo maior conteúdo de carotenoides. Em conjunto, nossos resultados mostraram a influência do estádio de crescimento, do manejo e da espécie sobre o perfil fitoquímico das pastagens, evidenciando-se o efeito da maturação sobre a diminuição no conteúdo dos metabólitos secundários. Em relação a similaridade no perfil fitoquímico das plantas do TM pode-se sugerir a influência da intensidade do manejo no AGRO e o uso de fertilizantes solúveis no CON. No entanto, sem a interferência desses fatores verificou-se que as plantas cultivadas em sistema agroecológico possuem maiores conteúdos de fenólicos e flavonoides e possuem maior atividade antioxidante comparadas as do sistema convencional. Portanto, em conjunto os resultados encontrados poderão subsidiar mudanças em práticas no manejo agroecológico, visando a produção de uma pastagem com qualidade superior e possivelmente um leite com qualidade diferenciada e, portanto, maior valor de mercado.<br>Abstract : Pasture management differs in milk production systems in Western Santa Catarina, which are predominantly pasture-based, ranging from conventional to agroecological. Thus, this study aimed to evaluate the influence of agroecological management systems (AGRO) and conventional (CON) rotation systems, as well as the species and growth stage, on the phytochemical profile of pastures in milk production units (UPL) in Western Santa Catarina. To conduct this study, two pasture areas (paddocks) from milk production units (UPLs) in Western Santa Catarina were chosen (n=7 for each management), and an area of 4.25 m2 was delimited, followed by an initial mowing of the pasture (starting time). Plant collection occurred after 38 (T38), and 54 (T54) days of rest within these areas. Farmers (TM) also collected plants from selected paddocks, which was on average 26 days of rest in AGRO and 31 in CON. During the technical visits, we found that UPLs with an AGRO management differed in productivity configuration to CON (total property area, perennial and annual pasture areas, number of animals, animal genetics, use of fertilizer), soil cover and physical-chemical attributes, as well as pasture forage species diversity. Within AGRO higher species richness was observed (on average 8 per UPL), and included Axonopus sp., Avena strigosa, Lolium multiflorum, Trifolium sp. and Paspalum umbrosum. While in the CON, only L. multiflorum and/or A. strigosa were cultivated. Management did not affect the nutritional quality of the species A. strigosa and L. multiflorum, with the exception of K. On the other hand, at times T38 and T54, a reduction in crude protein (PB) and increase in FDA and FDN levels were observed. In TM, intermediate levels of FDN and FDA were found, and a similar PB was found to T38. The phytochemical profile of A. strigosa and L. multiflorum, in turn, differed in regards to rest periods, species and management depending on the compound class. The carotenoid content was higher in T38 compared to T54, and no difference was found between AGRO and CON managements for the evaluated times. The phenolic content, in turn, was higher in T38 compared to T54, only in AGRO. In CON, the phenolic content did not differ between T38 and T54, with the most content found in TM. The effect of management has been found in plants from T38 and T54, with higher phenolic content in AGRO plants. Moreover, A. strigosa cultivated in the AGRO system showed higher phenolic content compared to CON. The flavonoid content and antioxidant activity also differed with rest period, species (A. strigosa and L. multiflorum) and management. Whereas for the two species in AGRO,the flavonoid content was higher in T38 compared to T54 and TM, in CON it was greater in T38 and TM for A. strigosa and similar between rest periods for L. multiflorum. Among managements, a higher flavonoid content and antioxidant activity was found in T38 and T54 of the AGRO system compared to CON, and similar in TM. The phytochemical profile comparison between the forage species in AGRO showed differences between species and for rest periods. Thus, the antioxidant activity and content of phenolic compound, flavonoids, and carotenoids were decreased with advancing maturity (T38 and T54), except for tannins in Trifolium sp.. Nonetheless, the results found in TM compared to T38 and T54 were influenced by species, varying according to the class of metabolites. During all rest periods, A. strigosa had the highest phenolic compound and flavonoid content, and in TM for the highest carotenoid content as well. Collectively, our results showed the influence of growth stage, management, and species on pasture phytochemical profile, further demonstrating the effect of maturation on the decrease of secondary metabolite content. Regarding the similarity of the phytochemical profile of TM plants, this could be due to the influence of management intensity in AGRO and use of soluble fertilizers in CON. However, without the interference of these factors, plants cultivated in agroecological systems were found to have higher phenolic and flavonoid content and possess greater antioxidant activity compared to the conventional system. Therefore, collectively the results may support changes in agroecological management practices, aimed at producing a pasture with superior quality, and possibly milk with a differentiated quality and, thus, higher market value.108 p.| il., grafs., tabs.porAgroecossistemasLeite -ProduçãoSanta Catarina, OestePastagensSanta Catarina, OestePlantas forrageirasSanta Catarina, OesteCompostos bioativosMetabólitosPerfil fitoquímico das pastagens em diferentes sistemas de manejo de unidades de produção de leite do Oeste de Santa Catarinainfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINAL336749.pdfapplication/pdf1627583https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/158817/1/336749.pdfa699b5610a8ecaf97a70da16a1af0f6bMD51123456789/1588172016-02-09 01:06:54.43oai:repositorio.ufsc.br:123456789/158817Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732016-02-09T03:06:54Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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