Caminhos e sertões: povos indígenas e a espacialização da sociedade colonial - Goiás (1722-1770)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Nervi, Paloma Natalia Riquetta
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UFSC
Texto Completo: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/240982
Resumo: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2022.
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spelling Universidade Federal de Santa CatarinaNervi, Paloma Natalia RiquettaOliveira, Tiago Kramer de2022-10-21T17:00:07Z2022-10-21T17:00:07Z2022378817https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/240982Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Programa de Pós-Graduação em História, Florianópolis, 2022.Esta pesquisa investiga as dinâmicas socioespaciais indígenas, em sua relação com os ambientes coloniais, no contexto da espacialização da economia colonial, em Goiás, durante o século XVIII. Analisando documentos cartográficos coevos, a correspondência administrativa trocada entre as autoridades e relatos de sertanistas e viajantes, constatamos que intensas disputas foram travadas entre os colonizadores e os povos indígenas da região. Aproximando a lente, percebemos uma dinâmica bastante complexa constituída por interesses, estratégias e agencias múltiplas. Desnuda-se, ao longo do trabalho, os conflitos e alinhamentos entre a coroa portuguesa, a administração local, os sertanistas, praças mercantis concorrentes, padres missionários e, sobretudo, os numerosos e diversos povos indígenas, que atuaram de diferentes maneiras nas disputas. A dimensão espacial, enquanto mediação e resultado do processo histórico, atravessa os três capítulos. Para tanto, destacam-se lugares-chave: os caminhos coloniais, os sertões indígenas e duas localidades resultadas da negociação ? o Arraial dos Bororo e São Francisco Xavier do Duro. Ademais, buscou-se evidenciar que tanto a resistência bélica dos indígenas, que constantemente interferia no funcionamento dos caminhos e na circulação das mercadorias, quanto o trabalho indígena gerado a partir das expedições sertanistas, e legitimado pelo título de guerra justa, foram elementos fundamentais à espacialização da economia e sociedade coloniais em Goiás. Por fim, revela-se que, mesmo num contexto de guerra contínua, havia espaço para negociação e que dessas negociações dependiam a consolidação de redes mercantis e do próprio império português. Em vista disso, a partir de um enfoque local, evidencia-se, além das especificidades e níveis de autonomia, as conexões com dinâmicas globais da economia-mundo.Abstract: This research investigates indigenous socio-spatial dynamics, in their relationship with colonial environments, in the context of the spatialization of the colonial economy in Goiás during the 18th century. Analyzing contemporary cartographic documents, the administrative correspondence exchanged between the authorities and reports from sertanistas and travelers, we found that intense disputes were fought between the colonizers and the indigenous peoples of the region. Approaching the lens, we perceive a very complex dynamic constituted by interests, strategies, and multiple agencies. Throughout the work, the conflicts and alignments between the Portuguese Crown, the local administration, the sertanistas, competing mercantile squares, missionary priests and, above all, the numerous and diverse indigenous peoples, who acted in different ways in the disputes, are exposed. The spatial dimension, as a mediation and result of the historical process, runs through the three chapters. To this end, key places are highlighted; the colonial paths, the indigenous ?sertões? and two localities resulting from the negotiation ? ?Arraial dos Borro? and ?São Francisco Xavier do Duro?. Furthermore, it was sought to show that both the warlike resistance of the indigenous people, which constantly interfered with the functioning of the roads and the circulation of goods, as well as the indigenous work generated from the sertanista expeditions, and legitimized by the title of just war, were fundamental elements to the spatialization of the colonial economy and society in Goiás. Finally, it is revealed that, even in a context of continuous war, there was room for negotiation, and that these negotiations, and sometimes alliances, depended on the consolidation of mercantile networks, and of the Portuguese empire itself. In view of this, from a local focus, it is intended to reveal, in addition to the specificities and levels of autonomy, the connections with global dynamics of the European world economy.154 p.| il.porHistóriaIndígenasCaminhos e sertões: povos indígenas e a espacialização da sociedade colonial - Goiás (1722-1770)info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisreponame:Repositório Institucional da UFSCinstname:Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)instacron:UFSCinfo:eu-repo/semantics/openAccessORIGINALPHST0749-D.pdfPHST0749-D.pdfapplication/pdf4996108https://repositorio.ufsc.br/bitstream/123456789/240982/-1/PHST0749-D.pdf0413d70ff1f8becce59642594967ff6aMD5-1123456789/2409822022-10-21 14:00:07.197oai:repositorio.ufsc.br:123456789/240982Repositório de PublicaçõesPUBhttp://150.162.242.35/oai/requestopendoar:23732022-10-21T17:00:07Repositório Institucional da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)false
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