O que os pediatras conhecem sobre avaliação e tratamento da dor no recém-nascido?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Chermont, Aurimery Gomes [UNIFESP]
Data de Publicação: 2003
Outros Autores: Guinsburg, Ruth [UNIFESP], Balda, Rita de Cássia Xavier [UNIFESP], Kopelman, Benjamin Israel [UNIFESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/1721
http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572003000300014
Resumo: OBJETIVO: analisar os conhecimentos dos pediatras que atuam com pacientes neonatais em relação à avaliação e o tratamento da dor do recém-nascido. MÉTODOS: estudo transversal com 104 pediatras (de um total de 110) que trabalhavam em 1999 a 2001, nas sete unidades de terapia intensiva e nos 14 berçários da cidade de Belém, e responderam a um questionário escrito com perguntas a respeito do seu perfil demográfico e do conhecimento de métodos de avaliação e de tratamento da dor no recém-nascido. RESULTADOS: cem por cento dos médicos referiram acreditar que o recém-nascido sente dor, mas apenas um terço deles conhecia alguma escala para avaliar a dor nessa faixa etária. A maioria dos entrevistados referia perceber a presença de dor no recém-nascido por meio de parâmetros comportamentais. O choro foi o preferido para avaliar a dor do bebê a termo; a mímica facial para o prematuro, e a freqüência cardíaca para o neonato em ventilação mecânica. Menos de 10% dos entrevistados diziam usar analgesia para punções venosas e capilares; 30 a 40% referiam empregar analgesia para punções lombares, dissecações venosas, drenagens de tórax e ventilação mecânica. Menos da metade dos entrevistados referiu aplicar medidas para o alívio da dor no pós-operatório de cirurgia abdominal em neonatos. O opióide foi o medicamento mais citado para a analgesia (60%), seguido pelo midazolam (30%). CONCLUSÃO: os pediatras demonstraram pouco conhecimento a respeito dos métodos de avaliação e tratamento da dor no período neonatal. Há necessidade de reciclagens e de atualização no tema para os profissionais de saúde que atuam com recém-nascidos doentes.
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MÉTODOS: estudo transversal com 104 pediatras (de um total de 110) que trabalhavam em 1999 a 2001, nas sete unidades de terapia intensiva e nos 14 berçários da cidade de Belém, e responderam a um questionário escrito com perguntas a respeito do seu perfil demográfico e do conhecimento de métodos de avaliação e de tratamento da dor no recém-nascido. RESULTADOS: cem por cento dos médicos referiram acreditar que o recém-nascido sente dor, mas apenas um terço deles conhecia alguma escala para avaliar a dor nessa faixa etária. A maioria dos entrevistados referia perceber a presença de dor no recém-nascido por meio de parâmetros comportamentais. O choro foi o preferido para avaliar a dor do bebê a termo; a mímica facial para o prematuro, e a freqüência cardíaca para o neonato em ventilação mecânica. Menos de 10% dos entrevistados diziam usar analgesia para punções venosas e capilares; 30 a 40% referiam empregar analgesia para punções lombares, dissecações venosas, drenagens de tórax e ventilação mecânica. Menos da metade dos entrevistados referiu aplicar medidas para o alívio da dor no pós-operatório de cirurgia abdominal em neonatos. O opióide foi o medicamento mais citado para a analgesia (60%), seguido pelo midazolam (30%). CONCLUSÃO: os pediatras demonstraram pouco conhecimento a respeito dos métodos de avaliação e tratamento da dor no período neonatal. Há necessidade de reciclagens e de atualização no tema para os profissionais de saúde que atuam com recém-nascidos doentes.OBJECTIVE: to analyze the knowledge of pediatricians who work with neonatal patients regarding the evaluation and treatment of pain in newborn infants. METHODS: cross-sectional study of 104 pediatricians (out of 110) who were working during 1999 to 2001 in seven intensive care units and 14 nurseries in the city of Belém (Pará). The pediatricians answered a questionnaire about their demographic profile and their knowledge of pain evaluation and pain relief methods during the neonatal period. RESULTS: 100% of the pediatricians believed that newborns feel pain, but only one-third of them declared to know any scale for the evaluation of pain for this age group. The majority of the interviewees perceived the presence of pain in newborns by means of behavioral parameters. Crying was the preferential parameter to evaluate pain in full-term newborns; facial activity was the parameter chosen for premature infants; and heart rate for mechanically ventilated neonates. Less than 10% of the pediatricians reported using analgesia for venous and capillary puncture, while 30 to 40% said that they used analgesia for lumbar puncture, venous dissection, chest tube placement and mechanical ventilation. Less than half of those interviewed reported applying postoperative pain relief measures following abdominal surgery. Opioid was the most frequent medication for analgesia (60%), followed by midazolam (30%). CONCLUSION: these results demonstrate that it is necessary to refresh and update pediatricians' knowledge about pain assessment and relief.Universidade Federal do Pará Departamento Materno-InfantilUniversidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Medicina Disciplina de Pediatria NeonatalUNIFESP, EPM, Disciplina de Pediatria NeonatalSciELO265-272porSociedade Brasileira de PediatriaJornal de Pediatriadormedicação da dorrecém-nascidopainpain measurementnewborn infantO que os pediatras conhecem sobre avaliação e tratamento da dor no recém-nascido?What do pediatricians know about pain assessment and treatment in newborn infants?info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0021-75572003000300014.pdfapplication/pdf54608${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1721/1/S0021-75572003000300014.pdf1980e292666f7db4baca7692c3eaafd7MD51open accessTEXTS0021-75572003000300014.pdf.txtS0021-75572003000300014.pdf.txtExtracted texttext/plain40193${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1721/21/S0021-75572003000300014.pdf.txt360ee2608df19cbc01ca9b738fbe68ccMD521open accessTHUMBNAILS0021-75572003000300014.pdf.jpgS0021-75572003000300014.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg5745${dspace.ui.url}/bitstream/11600/1721/23/S0021-75572003000300014.pdf.jpgdf6b9bbeb3c4c473e0c651b0101e5491MD523open access11600/17212023-06-05 19:48:00.003open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/1721Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-05T22:48Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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