Discordância entre pais e profissionais de saúde quanto à intensidade da dor no recém-nascido criticamente doente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Elias, Luciana Sabatini Doto Tannous [UNIFESP]
Data de Publicação: 2008
Outros Autores: Guinsburg, Ruth [UNIFESP], Peres, Clovis de Araujo [UNIFESP], Balda, Rita de Cássia Xavier [UNIFESP], Dos Santos, Amelia Miyashiro [UNIFESP]
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Institucional da UNIFESP
Texto Completo: http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/4211
http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572008000100007
Resumo: OBJETIVO: Verificar se pais e profissionais de saúde que trabalham em unidades de terapia intensiva neonatal avaliam de maneira semelhante a presença e a magnitude da dor no recém-nascido (RN). MÉTODOS: Estudo transversal com 52 RN e 154 adultos. Os critérios de inclusão foram: internação em unidade de terapia intensiva neonatal, presença de sonda gástrica, cânula traqueal e acesso venoso. Cada RN foi observado de modo simultâneo por um trio diferente de adultos (pai/mãe, pediatra e auxiliar de enfermagem) durante 1 minuto para avaliar presença e intensidade da dor do paciente. A análise quanto à homogeneidade da avaliação de dor foi realizada por meio do gráfico de Bland-Altman modificado e do coeficiente de correlação intraclasses (CCI). A associação de fatores próprios do recém-nascido com a heterogeneidade da avaliação da dor do RN pelos adultos foi avaliada por meio de regressão linear múltipla. RESULTADOS: O CCI mostrou discordância entre os três grupos de adultos quanto à avaliação da dor (CCI 0,066, concordância > 0,75). A análise de Bland-Altman mostrou que houve concordância entre os adultos quanto à ausência de dor no RN. Porém, quando os adultos achavam que a dor estava presente, houve heterogeneidade na avaliação da intensidade de dor neonatal. A análise de regressão múltipla indicou que apenas 10% desta heterogeneidade foi explicada pelo sexo e via de parto do RN. CONCLUSÕES: A heterogeneidade na avaliação feita por adultos da intensidade da dor de RN é um marcador da dificuldade de se decidir a respeito da necessidade de analgesia em pacientes pré-verbais.
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spelling Elias, Luciana Sabatini Doto Tannous [UNIFESP]Guinsburg, Ruth [UNIFESP]Peres, Clovis de Araujo [UNIFESP]Balda, Rita de Cássia Xavier [UNIFESP]Dos Santos, Amelia Miyashiro [UNIFESP]Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)2015-06-14T13:38:22Z2015-06-14T13:38:22Z2008-02-01Jornal de Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria, v. 84, n. 1, p. 35-40, 2008.0021-7557http://repositorio.unifesp.br/handle/11600/4211http://dx.doi.org/10.1590/S0021-75572008000100007S0021-75572008000100007.pdfS0021-7557200800010000710.1590/S0021-75572008000100007WOS:000254503700007OBJETIVO: Verificar se pais e profissionais de saúde que trabalham em unidades de terapia intensiva neonatal avaliam de maneira semelhante a presença e a magnitude da dor no recém-nascido (RN). MÉTODOS: Estudo transversal com 52 RN e 154 adultos. Os critérios de inclusão foram: internação em unidade de terapia intensiva neonatal, presença de sonda gástrica, cânula traqueal e acesso venoso. Cada RN foi observado de modo simultâneo por um trio diferente de adultos (pai/mãe, pediatra e auxiliar de enfermagem) durante 1 minuto para avaliar presença e intensidade da dor do paciente. A análise quanto à homogeneidade da avaliação de dor foi realizada por meio do gráfico de Bland-Altman modificado e do coeficiente de correlação intraclasses (CCI). A associação de fatores próprios do recém-nascido com a heterogeneidade da avaliação da dor do RN pelos adultos foi avaliada por meio de regressão linear múltipla. RESULTADOS: O CCI mostrou discordância entre os três grupos de adultos quanto à avaliação da dor (CCI 0,066, concordância > 0,75). A análise de Bland-Altman mostrou que houve concordância entre os adultos quanto à ausência de dor no RN. Porém, quando os adultos achavam que a dor estava presente, houve heterogeneidade na avaliação da intensidade de dor neonatal. A análise de regressão múltipla indicou que apenas 10% desta heterogeneidade foi explicada pelo sexo e via de parto do RN. CONCLUSÕES: A heterogeneidade na avaliação feita por adultos da intensidade da dor de RN é um marcador da dificuldade de se decidir a respeito da necessidade de analgesia em pacientes pré-verbais.OBJECTIVE: To verify whether parents and health professionals homogeneously evaluate presence and intensity of neonatal pain. METHODS: This cross-sectional study enrolled 52 neonates and 154 adults. Inclusion criteria for neonates were admission to neonatal intensive care unit, presence of gastric tube, tracheal tube, and venous lines. Each newborn was observed by a different group of three adults (parent, nurse assistant and pediatrician) for 1 minute at the same time to evaluate presence and intensity of infant's pain. Homogeneity of pain evaluation was analyzed by a modified Bland-Altman plot and by intraclass correlation coefficient (ICC). Multiple linear regression analysis was used to evaluate association of neonatal characteristics and heterogeneity of pain scores for adults. RESULTS: ICC showed disagreement of the pain scores given by the three groups of adults (ICC 0.066, agreement > 0.75). Bland-Altman analysis showed agreement among adults when they thought pain was absent. When they thought pain was present, there was heterogeneity of opinions regarding intensity of neonatal pain. Multiple regression analysis indicated that 10% of this disagreement could be explained by infant's gender and mode of delivery. CONCLUSIONS: Disagreement among adults about intensity of neonatal pain is a marker of the difficulty in deciding the need for analgesia in preverbal patients.Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Escola Paulista de Medicina Divisão de Pediatria NeonatalUNIFESP-EPM Departamento de EpidemiologiaUNIFESP, EPM, Divisão de Pediatria NeonatalUNIFESP, EPM Depto. de EpidemiologiaSciELO35-40porSociedade Brasileira de PediatriaJornal de PediatriaDoravaliação da dorrecém-nascidoPainpain measurementinfantnewbornDiscordância entre pais e profissionais de saúde quanto à intensidade da dor no recém-nascido criticamente doenteDisagreement between parents and health professionals regarding pain intensity in critically ill neonatesinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Institucional da UNIFESPinstname:Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)instacron:UNIFESPORIGINALS0021-75572008000100007.pdfapplication/pdf111784${dspace.ui.url}/bitstream/11600/4211/1/S0021-75572008000100007.pdfaaa0d9bb4bc983ad23d45b2bb5dbdb80MD51open accessTEXTS0021-75572008000100007.pdf.txtS0021-75572008000100007.pdf.txtExtracted texttext/plain26158${dspace.ui.url}/bitstream/11600/4211/21/S0021-75572008000100007.pdf.txt0591f413262f6e049756eaed61b9893cMD521open accessTHUMBNAILS0021-75572008000100007.pdf.jpgS0021-75572008000100007.pdf.jpgIM Thumbnailimage/jpeg6098${dspace.ui.url}/bitstream/11600/4211/23/S0021-75572008000100007.pdf.jpg06e9213e24d36b87999f6d1f25c91159MD523open access11600/42112023-06-05 19:52:50.264open accessoai:repositorio.unifesp.br:11600/4211Repositório InstitucionalPUBhttp://www.repositorio.unifesp.br/oai/requestopendoar:34652023-06-05T22:52:50Repositório Institucional da UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP)false
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