Associação do nível de atividade física com a presença de sintomas osteomusculares e com a capacidade para o trabalho em profissionais de Enfermagem

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Main Author: SOUZA, Lara Andrade
Publication Date: 2017
Format: Master thesis
Language: por
Source: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFTM
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Summary: A saúde do trabalhador é um campo importante que vem ganhando destaque na última década. A globalização e o crescimento econômico culminaram em mudanças nas condições laborais, como aumento da carga horária, acúmulo de funções e cobranças por produtividade, considerados desgastantes e aceleradores do processo de adoecimento do trabalhador. A enfermagem tem número expressivo de profissionais no âmbito nacional, totalizando 1.922.316, considerada uma profissão estressante e desgastante, podendo levar ao adoecimento do profissional, justificando assim estudos sobre tal categoria profissional. Assim, o objetivo do estudo foi descrever o perfil sociodemográfico dos profissionais de enfermagem de um hospital público e a presença de sintomas osteomusculares (artigo 1), além de avaliar a associação entre o nível de atividade física, os sintomas osteomusculares e a capacidade para o trabalho desses profissionais (artigo 2). Participaram do estudo 37 profissionais de enfermagem, atuantes nas clínicas médica e cirúrgica de um hospital público, de ambos os sexos, com idade média de 31,9±7,9 anos, trabalhando em período matutino (56,7%), mulheres (73%), em união estável (51,3%), brancos (54%), católicos (35,1%) e com escolaridade a nível técnico (56,7%). Os profissionais foram avaliados através do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO), Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT) e International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Os sintomas osteomusculares estiveram presentes em 97,3% e 67,5% dos profissionais no período dos últimos 12 meses e dos últimos sete dias, respectivamente. As regiões de maior acometimento foram à parte inferior das costas e a parte superior das costas. A capacidade para o trabalho encontrada demonstra bons índices, com escore total médio de 39±5,7 pontos. O nível de atividade física avaliado foi correspondente à média de 1.295,2±1.382,4 minutos semanais, classificados, assim, como ativos. Não foram encontradas correlações entre o nível de atividade física e a capacidade para o trabalho (r=0,03 e p=0,08) e a intensidade dos sintomas osteomusculares (r=0,1 e p=0,39). Concluiu-se que a prevalência de sintomas osteomusculares em profissionais de enfermagem de um hospital público é alta, que os mesmos apresentam boa capacidade para o trabalho e são ativos. Destaca-se a necessidade de políticas públicas de saúde para prevenção e promoção de saúde desses profissionais, buscando sua maior valorização e, consequentemente, melhoria do atendimento prestado ao usuário.
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spelling Associação do nível de atividade física com a presença de sintomas osteomusculares e com a capacidade para o trabalho em profissionais de EnfermagemSaúde do Trabalhador.Equipe de Enfermagem.Promoção da Saúde.Nursing Team.Public Health.Occupational Health.Educação FísicaA saúde do trabalhador é um campo importante que vem ganhando destaque na última década. A globalização e o crescimento econômico culminaram em mudanças nas condições laborais, como aumento da carga horária, acúmulo de funções e cobranças por produtividade, considerados desgastantes e aceleradores do processo de adoecimento do trabalhador. A enfermagem tem número expressivo de profissionais no âmbito nacional, totalizando 1.922.316, considerada uma profissão estressante e desgastante, podendo levar ao adoecimento do profissional, justificando assim estudos sobre tal categoria profissional. Assim, o objetivo do estudo foi descrever o perfil sociodemográfico dos profissionais de enfermagem de um hospital público e a presença de sintomas osteomusculares (artigo 1), além de avaliar a associação entre o nível de atividade física, os sintomas osteomusculares e a capacidade para o trabalho desses profissionais (artigo 2). Participaram do estudo 37 profissionais de enfermagem, atuantes nas clínicas médica e cirúrgica de um hospital público, de ambos os sexos, com idade média de 31,9±7,9 anos, trabalhando em período matutino (56,7%), mulheres (73%), em união estável (51,3%), brancos (54%), católicos (35,1%) e com escolaridade a nível técnico (56,7%). Os profissionais foram avaliados através do Questionário Nórdico de Sintomas Osteomusculares (QNSO), Índice de Capacidade para o Trabalho (ICT) e International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Os sintomas osteomusculares estiveram presentes em 97,3% e 67,5% dos profissionais no período dos últimos 12 meses e dos últimos sete dias, respectivamente. As regiões de maior acometimento foram à parte inferior das costas e a parte superior das costas. A capacidade para o trabalho encontrada demonstra bons índices, com escore total médio de 39±5,7 pontos. O nível de atividade física avaliado foi correspondente à média de 1.295,2±1.382,4 minutos semanais, classificados, assim, como ativos. Não foram encontradas correlações entre o nível de atividade física e a capacidade para o trabalho (r=0,03 e p=0,08) e a intensidade dos sintomas osteomusculares (r=0,1 e p=0,39). Concluiu-se que a prevalência de sintomas osteomusculares em profissionais de enfermagem de um hospital público é alta, que os mesmos apresentam boa capacidade para o trabalho e são ativos. Destaca-se a necessidade de políticas públicas de saúde para prevenção e promoção de saúde desses profissionais, buscando sua maior valorização e, consequentemente, melhoria do atendimento prestado ao usuário.The health of the worker is an important field that has been gaining prominence in the last decade. Globalization and economic growth culminated in changes in working conditions, such as increased workload, accumulation of functions and collections for productivity, considered to be exhausting and accelerating the process of worker's illness. The nursing has an expressive number of professionals in the national scope, totaling 1,922,316, considered a stressful and exhausting profession, which can lead to the illness of the professional, thus justifying studies on this professional category. Thus, the objective of the study was to describe the sociodemographic profile of the nursing professionals of a public hospital and the presence of musculoskeletal symptoms (Article 1), as well as to evaluate the association between the level of physical activity, musculoskeletal symptoms and the ability to their work (Article 2). The study involved 37 nursing professionals working in the medical and surgical clinics of a public hospital of both sexes, with a mean age of 31.9±7.9 years, working in the morning (56.7%), women (73%), in a stable union (51.3%), white (54%), catholic (35.1%) and with technical schooling (56.7%). The professionals were evaluated through the Nordic Osteomuscular Symptoms Questionnaire (NOSQ), Work Capability Index (WCI) and International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). The musculoskeletal symptoms were present in 97.3% and 67.5% of professionals in the period of the last 12 months and seven days, respectively. The regions of major involvement were the lower back and the upper back. The capacity for work found shows good indexes, with a mean total score of 39±5.7 points. The level of physical activity evaluated corresponded to the average of 1,295.2 ± 1,382.4 weekly minutes, thus classified as active. No correlations were found between physical activity level and work ability (r= 0.03 and p= 0.08) and the intensity of musculoskeletal symptoms (r= 0.1 and p= 0.39). It was concluded that the prevalence of musculoskeletal symptoms in nursing professionals of a public hospital is high, that they have a good capacity for work and are active. It is important to emphasize the need for public health policies to prevent and promote the health of these professionals, seeking their highest value and, consequently, improving the service provided to the user.Universidade Federal do Triângulo MineiroInstituto de Ciências da Saúde - ICS::Curso de Graduação em Educação FísicaBrasilUFTMPrograma de Pós-Graduação em Educação FísicaBERTONCELLO, Dernival24623700801http://lattes.cnpq.br/7142226105648914SOUZA, Lara Andrade2017-04-01T14:10:21Z2017-01-31info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfSOUZA, Lara Andrade. Associação do nível de atividade física com a presença de sintomas osteomusculares e com a capacidade para o trabalho em profissionais de Enfermagem. 2017. 61f. Dissertação (Mestrado em Educação Física) - Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Universidade Federal do Triângulo Mineiro, Uberaba, 2017.http://bdtd.uftm.edu.br/handle/tede/368porAFECTO, M. C. 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Brasil
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